Uma psicóloga traduziu mais de 30 problemas do comportamento infantil para um idioma que os adultos entendem

Psicologia
há 1 ano

Crianças pequenas, em geral, não são capazes de fazer com que os adultos entendam as questões que mais as preocupam. Em geral, quando querem se manifestar em relação a isso, elas recorrem à linguagem corporal e às emoções. Aos pais, parece que o filho está se comportando de maneira inadequada ou fazendo birra, mas a realidade é que, dessa forma, a criança está procurando exteriorizar seus problemas. A psicóloga russa Evgenia Zaburdaeva criou um “dicionário adulto-criança” para que os pais compreendam as causas do comportamento de seus filhos.

Incrível.club apresenta frases de um livro publicado por Evgenia sobre o assunto e espera ajudá-lo a encontrar uma linguagem comum com seu pequeno.

Agressivo

Muito agressivo: “Tenho muito medo, preciso de limites e de alguém em quem me apoiar.”

Apático: “Tenho medo de cometer um erro. Temo que os adultos julguem minha espontaneidade e tudo o que faço.”

Desamparado: “Me sinto muito confortável quando os adultos fazem tudo por mim. Dessa forma, cuido da minha mãe e a ajudo a se sentir útil.”

Bate nos seus pais: “Não conheço outra forma de expressar minha raiva com meus pais. É uma maneira de informar à minha mãe que preciso de limites.”

Tem pesadelos: “As imagens do meu sonho me dizem do que eu tenho medo na vida real.”

Rouba

Puxa o cabelo: “Estou muito assustado, sinto um forte estresse.”

Fala muito baixo: “Tenho medo de me mostrar, falar sobre meus desejos e me proteger. Receio que não me aceitarão como sou.”

Não fala direito: “Sinto-me cômodo quando os adultos falam e fazem algo por mim. Além disso, dessa maneira ajudo minha mãe a ser sempre útil e a não cair em depressão.”

Rói as unhas: “Tenho medo, sofro e estou sujeito a um forte estresse, muitas vezes devido à separação de minha mãe.”

Não sabe fazer amigos: “Não sei como me proteger interagindo com outras crianças e como encontrar uma linguagem comum com elas.”

Fala palavrões

Não compartilha: “Considero que minhas coisas me pertencem por direito. Falta-me conforto emocional e apoio.”

Tem inveja: “Tenho medo de ser pior do que os outros e de ser rejeitado.”

Faz muitas perguntas:

  1. “Descubro o mundo”.
  2. “Sinto falta de atenção”.
  3. “Preciso de informações importantes que desconheço sobre mim e minha família.”

Gagueja:

  1. “Um dia, uma relação muito importante para mim se rompeu e fiquei muito assustado”.
  2. “Sinto-me culpado de alguma coisa.”
  3. “Sinto-me reprimido pelos adultos e tenho medo de me expressar.”

Faz birras: “Não posso expressar meus desejos diretamente; assim, as birras me ajudam a alcançar meus objetivos.”

Não termina a refeição

Come muito: “A comida me permite lidar com a ansiedade. Com isso, tento substituir a falta de proximidade emocional de que eu realmente preciso.”

Preguiçoso:

  1. “Não me interessa fazer o que me propõem.”
  2. “Tenho medo de não ter sucesso e ninguém me incentivará.”
  3. “Acho cômodo quando os outros fazem tudo para mim.”

Não quer ir à escola:

  1. “Não recebo apoio suficiente para encarar meus fracassos nos estudos.”
  2. “Meus pais têm expectativas muito elevadas sobre minhas qualificações.”
  3. “Tenho dificuldades para me comunicar e não sei como enfrentá-las.”

Não quer ir à escolinha:

  1. “Tenho muito medo de deixar a mamãe sozinha. Temo que não consiga ficar só.”
  2. “Tenho medo de ficar sem a mamãe.”

Não ouve ninguém:

  1. “Não tenho regras consistentes e claras em casa.”
  2. “Não recebo atenção suficiente, não sei como chamar a atenção de uma maneira diferente.”

Brinca pouco

Só brinca com aparelhos eletrônicos: “Não sei brincar com as crianças, tenho medo. Apenas com os videogames sinto que posso fazer alguma coisa, só neles me saio bem.”

Rabugento: “Não tenho permissão para ficar irado e, com a ajuda da irritação, mostro minha raiva para com os outros.”

Mantém a ordem de maneira obsessiva: “Se eu não mantiver uma ordem estrita e seguir uma sequência de ações, algo terrível acontecerá. Dessa forma, protejo a todos.”

Range os dentes enquanto dorme: “Estou com raiva e não consigo expressar meu aborrecimento por meio de palavras.”

Dorme mal:

  1. “Receio não poder enfrentar a escuridão e o desconhecido.”
  2. “Temo que mamãe não volte.”
  3. “Acredito que o direito de dormir com a mamãe seja só meu.”

Apegado a um brinquedo

Machuca-se:

  1. “Sinto uma dor insuportável em minha alma e é mais fácil processar essa dor fisicamente.”
  2. “Sinto-me muito culpado e tento eu mesmo me castigar.”

Fantasia demais: “Meu mundo de fantasia me ajuda a lidar com meus medos.”

Alguma vez foi difícil para você entender o comportamento de seu filho? Escreva nos comentários como lidou com isso. Seu depoimento pode ajudar outros pais.

Ilustrado por Xenia Shalagina exclusivo para Incrível.club

Comentários

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E MUITO TRISTE QUNDO A FAMILIA N CONSEGUE PERCEBER Q OS PEQUENOS N ESTAO BEM ISSO DEVERIA SER PRIORIDADE MAS INFELIZMENTE N E ASSIM

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Resposta

Todas as vezes q eu vejo uma criança muito agressiva eu sempre penso q ela está praticamente gritando por socorro.

Me da muita pena

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Resposta

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