Técnica psicológica ajuda a se livrar do desnecessário em sua casa

Psicologia
há 3 anos

Já foi comprovado por especialistas que jogar fora coisas desnecessárias acumuladas em casa é tão difícil quanto parar de fumar. Além disso, as pessoas com tendência a acumular objetos sentem uma dor sincera diante da ideia de limpar a casa e abrir mão daquilo que é supérfluo. Pelo mesmo motivo, psicólogos desenvolveram uma estratégia que impede as pessoas de se apegar àquilo que é material e obriga qualquer acumulador a colocar ordem na casa.

Incrível.club resolveu, então, investigar esses conselhos e resumir para você a essência deles.

Ao fim do post, revelaremos como seria possível viver com um acumulador.

Por que é tão difícil “desacumular”

Para começar, vale ressaltar que nem todas as pessoas se apegam às coisas. Há aquelas que têm facilidade em dizer adeus a objetos desnecessários, mantendo a casa em ordem. No entanto, há também pessoas que dão “alma” a cada um dos seus objetos. Assim, jogá-los fora seria o mesmo que cometer uma traição.

Psicólogos já identificaram as diferenças entre esses dois grupos de gente. Esses especialistas afirmam que, quando um acumulador tem que jogar algo fora, as partes do cérebro responsáveis pela dor são ativadas, assim como acontece com o córtex pré-frontal ventromedial, ligado à avaliação moral dos conflitos éticos e à percepção de si mesmo.

Por conta disso, os acumuladores não apenas associam essas coisas com seus objetivos e desejos, achando que elas podem ser úteis, como também consideram que alguns desses itens são parte delas mesmas. Pelo mesmo motivo, afirmam os psicólogos, esse grupo de pessoas considera que jogar algo fora seria o mesmo que cortar o dedo de uma mão.

Técnica de entendimento

Essa técnica permite que os acumuladores comecem a abrir mão das coisas desnecessárias. É interessante saber que ela pode ser aplicada para acabar com outros hábitos prejudiciais.

A essência é a seguinte: é preciso estar muito atento aos próprios instintos, sabendo encontrar as diferenças entre uma motivação real e uma “de mentira”, criada por nosso cérebro. Mais adiante, revelaremos como é possível aplicar essa técnica e outras áeas da vida.

Passo 1. Regra dos alguns segundos

Se você tende a guardar algum objeto desnecessário, não se apresse em decidir, e espere alguns segundos. Pense no valor real daquela coisa. Reflita sobre o número de vezes em que você pensou em jogar aquilo fora. Quantas vezes usou aquilo durante determinado período de tempo? Convença a si mesmo de que o objeto não serve mais.

Passo 2. Estudar a tentação

Observe seus sentimentos que aparecem na hora de jogar algo fora. Geralmente, a tentação surge como um sinal quase imperceptível, crescendo até o nível de ansiedade ou medo real.

Os psicólogos dizem que cualquer tentação momentânea acaba. Como uma onda, ela enfraquece e desaparece após atingir o seu ápice.

Passo 3. É um objeto único?

Quase todas as crianças têm o costume de dar uma “alma” aos objetos, conferindo a eles uma personalidade. Segundo alguns estudos, as crianças não percebem que seu brinquedo predileto ou outro brinquedo igualzinho, porém novo, são o mesmo. Para elas, o novo é apenas um objeto e seu brinquedo predileto é parte de sua consciência.

Algumas pessoas continuam fazendo isso quando adultas. Durante aqueles segundos em que está tentando se livrar do algo supérfluo, pense o seguinte: o importante não é o objeto (vários deles são produzidos todos os dias), e sim as lembranças ligadas àquilo. E ainda que você jogue fora aquela coisa, seus lembranças não desaparecerão.

Repensando o valor material

Isso se refere a um tipo especial de acumuladores. São pessoas que não conseguem jogar algo fora por lembrarem do preço que pagaram por aquilo. Nesses casos, para se livrar do objeto, você poderia colocá-lo à venda.

E se ninguém se interessar pelo item, será uma mensagem muito clara: é preciso parar de pensar no dinheiro, pois esses objetos já perderam valor.

Evitar a bagunça

Se você tende a acumular, tente não comprar coisas que enchem sua casa sem motivo algum.

  • Não compre lembranças durante as férias.
  • Peça que seus amigos parem de dar coisas como bibelôs de presente pelo seu aniversário.
  • Compre um leitor de livro digital, para deixar de comprar tantos livros em papel.
  • Não compre coisas de que não necessita: não viva em busca de descontos, não compre nada imitando outras pessoas, não compre nenhum objeto que não estava em sua lista de prioridades até aquela hora em que deu de cara com ele.

Bônus: uma dica para pessoas que moram junto com acumuladores

É muito difícil viver com uma pessoa que não está acostumada a jogar coisas fora. E quando elas são pressionadas para que limpem e arrumem o ambiente, a situação pode até piorar (elas se apegam ainda mais aos objetos, já que, a nível inconsciente, estarão formando uma equipe contra essa ideia).

A única alternativa correta seria conversar com essas pessoas, fazendo-as admitir o problema para que, juntos, seja possível avaliar o real valor de cada objeto acumulado.

Alguns podem agir de forma mais radical, simplesmente jogando tudo fora enquanto o acumulador está fora de casa. E na maioria dos casos, ele nem notaria. Mas a dica é que cada um tome sua decisão. Afinal, antes de tudo, é preciso haver respeito.

E você, conhece algum acumulador entre as pessoas próximas? Como é sua convivência com ele ou ela? Ou então será que é você quem tem essa tendência? Como se sente ao jogar algo fora? Deixe seu comentário!

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