Segundo estudo, os homens são mais sensíveis à lembrança da dor que as mulheres

Psicologia
há 1 ano

Embora em muitos filmes e séries, personagens como Rambo, por exemplo, pareçam não ter nenhum registro de dor, e nós os vemos recebendo todo tipo de golpes e ferimentos sem uma única queixa, os homens “reais” podem estar longe desses estereótipos heroicos. E não se trata apenas de uma opinião feminina, já que um estudo realizado por duas universidades canadenses respalda essa afirmação.

Incrível.club, sempre atento às pesquisas que nos permitem compreender melhor os seres humanos, quer compartilhar com você os resultados de um estudo que acrescenta argumentos contra a posição daqueles que ainda consideram que “os homens não podem chorar”.

A masculinidade

Nossos avós e pais cresceram com um mandamento bem claro: os homens não choram, não sentem medo ou dor. As manifestações de fragilidade não eram permitidas, portanto, eles tinham que escondê-las, negá-las e contradizê-las com desculpas nem sempre confiáveis. Mas foi apenas uma encenação que a sociedade impôs a todos eles. Porque, na realidade, os homens choravam, experimentavam o medo e sentiam dor.

Para as novas gerações, as coisas, felizmente, parecem estar mudando. O questionamento da ideia de que o “sexo forte” é o masculino permite que os homens tenham um comportamento mais genuíno, e que, sem dúvida, modifica a maneira como interagem com as mulheres e com o lugar que ocupam em um relacionamento. Poderia até ser dito que isso tira de cima dos homens um grande peso.

O estudo

Um estudo realizado pela McGill University e pela Toronto Mississauga University, ambas canadenses, começou a analisar como os homens sentem a dor. Para isso, foi escolhido um grupo de homens e mulheres que foram expostos a uma sensação dolorosa na pele causada por uma pulseira. No dia seguinte, mediu-se a sensibilidade dessas pessoas na área onde o acessório entrou em contato com a pele no dia anterior.

O resultado obtido através desse teste simples permitiu aos pesquisadores chegar a uma série de conclusões interessantes.

Resultados

Por causa das reações obtidas, concluiu-se que os homens apresentaram maior sensibilidade na área em que a pulseira foi colocada, justamente por estarem aguardando a repetição da dor vivenciada no dia anterior.

Isso levou os pesquisadores a confirmar que a memória afeta a forma como sentimos a dor. Portanto, esse é um ponto que deve ser levado em conta nos estudos que enfocam a obtenção de avanços no tratamento da dor crônica.

Conclusões

Que lugar a memória ocupa quando se trata de sentir dor? O desconforto que sentimos só se dá a partir do tempo presente? Ou também do passado? Essas questões, sem dúvida, levarão a novos trabalhos que terão esse estudo como uma de suas fontes.

Para explicar o motivo dessa diferença entre os gêneros quando se trata de perceber a dor, os especialistas indicaram como responsáveis ​​os hormônios sexuais. A testosterona, como eles descobriram, tem uma forte ligação com a forma como os homens se lembram de uma sensação incômoda ou de um mal-estar. Por esse motivo, sua relação com a dor sentida é mais intensa.

O que você acha dos resultados obtidos por esse estudo? Concorda que os homens têm um limite de dor mais alto que as mulheres? Ou acha que outras pesquisas devem ser realizadas para se chegar a uma conclusão que não deixe dúvidas? Por favor, conte para a gente nos comentários.

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