“Se hoje fosse meu último dia de vida, eu gostaria dele?” e mais 3 questões que Steve Jobs se fazia para ter uma vida mais feliz

Psicologia
há 11 meses

Você já se perguntou qual é o segredo para viver feliz e plenamente? Steve Jobs, o famoso fundador da Apple, deixou um poderoso legado para quem busca motivação para se levantar da cama todas as manhãs. Ele revelou as poucas perguntas que fazia a si mesmo diariamente e que mudaram a sua perspectiva para uma vida que valoriza apenas o que é essencial. E nós falamos um pouco sobre essas questões nas próximas linhas.

Poucas pessoas no mundo podem dizer que nunca ouviram falar de Steve Jobs. Conhecido principalmente pela fundação da Apple, o empresário também já esteve na direção de corporações como Pixar, Disney e NeXT, uma empresa especializada em computadores para universidades. Ele se destacou pela sua criatividade e inovação, além do seu modo de vida peculiar.

Steve Jobs partiu em 2011, devido a uma doença no pâncreas. Ele foi diagnosticado em 2003 e passou esses anos resistindo bravamente, recorrendo a variados tipos de tratamento e alterando a sua dieta. Em todo esse tempo, nunca deixou de trabalhar e lançar novos produtos, para a alegria dos apaixonados pela sua marca.

Essa sua busca por saúde lhe rendeu uma lição poderosa sobre como viver a vida da melhor maneira possível. Em 2005, pouco tempo após receber o diagnóstico, Jobs fez um discurso aos formandos da Universidade de Stanford, em que compartilhou essas valorosas lições. Se você quiser assistir ao discurso original, ele está no YouTube e é possível ativar a legenda em português.

Os alunos presentes devem ter guardado os ensinamentos do empresário como se fosse um tesouro. E, se pensarmos bem, realmente é. Para Jobs, apenas quatro questões são suficientes para ter uma vida plena e feliz. Vamos conhecê-las?

“Estou vivendo a vida que desejo e fazendo o trabalho que quero fazer?”

ASSOCIATED PRESS/East News

A doença que Steve Jobs tinha era muito grave. Por isso, de repente, ele se viu na necessidade de viver cada dia como se fosse o último. Ele não fazia isso por demagogia, mas porque realmente poderia ser. Entretanto, diferentemente de muitos, Jobs não via a possibilidade de partir como uma coisa deprimente. Pelo contrário, ele transformou isso em motivação, um desafio para usar esse precioso tempo significativamente. Mas que fosse significativo, principalmente, para ele mesmo.

Jobs, em seu discurso, disse que esse confronto com o fim era “a estratégia mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões na vida”. Para um homem na posição que ele ocupava, tomar decisões era algo essencial, já que afetava a vida de milhões de pessoas, entre funcionários, clientes, sócios e até mesmo nós, os consumidores. E a sua decisão mais importante foi ser mais feliz a cada dia.

Por isso, o seu próprio fim acovardou Steve Jobs. Segundo ele, os nossos medos, fracassos e orgulho enfraquecem ou desaparecem, “deixando apenas o que é verdadeiramente importante”. Oras, se todos os seus sentimentos ruins desaparecessem, você só ficaria com os agradáveis, certo? Então, para Jobs, era importante viver apenas por coisas que trazem felicidade, incluindo o trabalho. Se você não tem a vida que quer nem o trabalho que gosta, talvez seja hora de “recalcular a rota”.

“Se hoje fosse o último dia da minha vida, eu gostaria de fazer o que estou prestes a fazer hoje?”

Imagine você se levantando pela manhã e indo ao banheiro. Você já sabe quais serão as suas tarefas naquele dia, geralmente ir para o trabalho. Agora, imagine-se olhando para o espelho e se perguntando se aquilo que você tem para fazer é realmente o que você gostaria de fazer. Steve Jobs afirmou fazer essa pergunta para si mesmo todos os dias, literalmente na frente do espelho, depois que soube do seu diagnóstico.

Talvez nem sempre o seu reflexo no espelho responda “sim”, pois mesmo quem tem o emprego dos seus sonhos, às vezes, precisa fazer alguma tarefa chata. E isso acontecia com Jobs também: “Sempre que a resposta é ‘não’ por muitos dias seguidos, eu sei que preciso mudar algo”. Assim, quem perceber, logo pela manhã, que passa os dias fazendo coisas que não curte, pode estar longe de ter uma vida feliz.

“Estou fazendo o que amo?”

Além daquela pergunta matinal, para Jobs, é essencial que você sempre se pergunte se está mesmo fazendo o que ama. Pode ser difícil, para algumas pessoas, responder com sinceridade e admitir que não, não está fazendo o que realmente ama. Ter consciência que você passou a vida toda fazendo algo que não gosta pode causar um grande impacto na sua vida, mas se você quer mesmo mudá-la, se quer viver algo novo, isso é necessário.

Quando afirmou ter essa preocupação em sempre estar se perguntando se fazia o que ama, o que nasceu para fazer, Jobs tinha consciência que o trabalho tomava a maioria do seu tempo. Para se sentir satisfeito com isso, ele precisou se certificar que estava fazendo algo grande, algo importante. E para fazer um excelente trabalho, é preciso amar o que você faz.

A Harvard Business Review publicou uma pesquisa comprovando ser preciso sentir que o seu trabalho ajuda a construir algo importante, para se sentir completamente engajado nele. Ou como disse Warren Buffett, é o que nos dá motivação suficiente de “dançar para trabalhar” todas as manhãs, ou seja, ir feliz ao trabalho. Pessoas que encontram esse propósito não são apenas mais felizes, como também mais produtivas.

“Seu tempo é limitado, não o desperdice vivendo a vida de outra pessoa”

Não fique preso ao dogma, ou seja, viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixe que o barulho das opiniões dos outros abafe a sua própria voz interior. E o mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e intuição.

Essas foram as palavras ditas no discurso aos formandos de uma universidade por um homem que havia recentemente descoberto ter uma doença e pouco tempo de vida. Um homem que, ainda assim, trabalhou duramente por muitos anos e buscou uma vida mais saudável, mais feliz e com mais realizações.

Mas as palavras de Steve Jobs não foram ouvidas apenas por esses alunos sortudos. Elas ficaram como um exemplo para o mundo todo refletir e descobrir o que realmente importa em suas vidas. Um convite para olharmos no espelho, como Jobs costumava fazer, e cobrar de si mesmo a felicidade que cada um merece.

Como ele mesmo disse, é preciso coragem para libertar o seu pensamento e ouvir mais o seu coração e a sua intuição. Então, lembramos de outra valiosa lição de Steve Jobs: “Seja faminto, seja tolo”. Ser faminto é sempre querer crescer, ser mais e melhor. Mas ser tolo, apesar de parecer algo negativo, é sobre se arriscar a errar.

Quando alguém te desafia a fazer algo que você sabe que não acabará bem, você diz “eu não, não sou bobo”. Para Steve Jobs, é preciso ser tolo para assumir mais riscos, viver perigosamente. Essa frase complementa a outra, sobre ter coragem para seguir a intuição, mesmo quando todos dizem ser loucura! Bem, o primeiro passo pode ser difícil de dar, mas todos os que chegaram lá começaram de algum lugar, certo?

Imagem de capa ASSOCIATED PRESS/East News

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