Erros comuns que os pais cometem na educação dos filhos

há 1 ano

Segundo as estatísticas, a maioria dos pais têm certeza de que educam os filhos perfeitamente bem, e, por isso, costumam avaliar as próprias habilidades pedagógicas de maneira positiva. Mas na prática a coisa não é bem assim. Muitos erros são cometidos na educação dos filhos e levam ao aparecimento de medos e atitudes não tão positivas em relação à vida quando se tornarem adultos. Hoje, queremos mostrar de que maneira podemos romper com esse ciclo de erros.

Juntamos alguns conselhos de psicólogos que ajudam os pais a não cair na armadilha dos estereótipos negativos pedagógicos.

1. “Nunca fale demais”

Desde muito cedo os pais dizem aos filhos que eles não devem ficar ’de conversa mole’. Mas, segundo os psicólogos, a tendência de silenciar um problema pode ser preocupante no ambiente escolar. Isso faz com que muitas crianças simplesmente não contem nada sobre assédios ou casos de bullying que possam estar sofrendo, o que é muito ruim.

Na realidade, os adultos devem ensinar os filhos que é importante falar sobre as injustiças, e mostrar apoio às crianças que tiveram a coragem de falar de seus problemas.

2. “Uma criança não deve expressar seus sentimentos negativos”

Para os pais, é doloroso ver o filho sofrer. Portanto, às vezes parece mais fácil gritar ’não chore!’ ao invés de entender o que realmente aconteceu.

Reagir desta forma ao comportamento negativo de uma criança é o pior que você pode fazer, já que as emoções precisam de liberdade para não sobrecarregar o sistema nervoso. Saber expressar a negatividade é uma qualidade própria de uma pessoa madura, e é importante que o seu filho aprenda a fazê-lo o quanto antes.

3. “A criança deve agradar aos professores, aos amigos e aos vizinhos”

Todos os pais querem que os filhos vivam em paz com os outros, sem brigas e discussões. Mas a estratégia de precisar ser bom com todos, ou seja, a busca por essa perfeição, não é boa.

Claro que é muito importante a criança saber se comunicar com os demais de maneira respeitosa, mas não é preciso exagerar, porque ser considerado amável por todos vai exigir sacrifício de desejos e de interesses. Mostre-a que a importância de às vezes falar ’não’.

4. “Quem tira nota ruim na escola não encontra um bom trabalho quando adulto”

Muitos pais acreditam que os resultados acadêmicos dos filhos determinam o seu sucesso na vida adulta. Claro que a educação tem um papel muito importante na formação de uma criança e, como tal, deve ser estimulada, mas não é o único fator para conseguir um bom emprego.

O professor da Universidade de Harvard Howard Gardner destacou 8 tipos de intelecto presentes em uma pessoa e afirmou que a maioria das provas de QI avalia apenas a lógica formal, enquanto a inteligência espacial, musical, cinético-corporal e outras são ignoradas. Algo positivo é que o número de pesquisas sobre inteligência emocional está crescendo e o tema tem assumindo cada vez mais importância. Sim, não descuide dos estudos. Mas não deixe seu filho perder a cabeça porque tirou uma nota baixa.

5. “Diferentemente de quando eu era criança, meu filho vai ter somente do bom e do melhor”

Sociólogos dos Estados Unidos destacam que os gastos desnecessários com as crianças têm amentado a cada ano. Ashley Eneriz, uma especialista em finanças, afirma que alguns pais são irracionais quando se trata de gastar dinheiro com os filhos, e recomenda que parem para pensar no que é e no que não é necessário para uma criança. Muitos pais querem dar a elas tudo o que não tiveram quando eram crianças, ou querem resolver problemas de comportamento por meio de presentes e brinquedos.

Desde que feita de maneira racional, a economia com a educação dos filhos não faz de um pai uma má pessoa. Ao contrário, os pais que economizam podem ensinar aos filhos que é importante tratar o dinheiro com cuidado.

6. “Tirar coisas do filho é um bom tipo de castigo”

Alguns pedagogos afirmam que tirar alguma coisa da criança não é a melhor maneira de castigá-la por uma conduta errada. É muito perigoso quando os pais adquirem o costume de agir como deuses inquestionáveis. As regras desse jogo nem sempre são claras.

Privar uma criança de algo não é uma maneira de ensiná-la. Pelo contrário, ela vai pensar que os pais têm o poder de dar e tirar tudo que quiserem.

7. “Sempre precisamos fazer tudo pelas crianças”

“Eu não quero que minha filha fique sem fazer nada”, afirma a mãe que inscreve a criança em todo tipo de atividade, ou que compra jogos para que a criança não passe um minuto sem ser ’produtiva’. Esse é um grande erro por parte de alguns pais: não deixar a criança ter tempo livre para decidir o que quer fazer.

Alguns psicólogos dizem que as crianças nunca aprendem a ser independentes se os pais assumem um papel de animadores e de secretárias, transformando suas vidas em um sem-fim compromissos.

8. “As crianças precisam dividir seus brinquedos”

A ideia errada de que as crianças precisam aprender a compartilhar tudo é muito comum entre os adultos. Na verdade, é pouco provável que uma criança obrigada a dividir algo sinta um desejo sincero de abrir mão de um brinquedo. O tiro pode sair pela culatra e a criança pode se transformar em uma pessoa que não gosta de dividir nada.

Os psicólogos recomendam aos pais que avaliem a situação e se coloquem no papel da criança. Você emprestaria a sua camiseta ao seu vizinho apenas porque ele disse que ela é bonita? É muito provável que a resposta seja ’não’.

O que você achou dessas dicas? Para você, qual é a melhor maneira de educar uma criança?

Ilustradora Natalia Tylosova exclusivo para Incrível.club

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