Por que é difícil não levar as mãos ao rosto?

Psicologia
há 3 anos

Em determinados momentos queremos controlar os nossos gestos e movimentos, mas muitos deles são involuntários e boa parte envolve as mãos. Por exemplo, tocar a face é uma das reações mais comuns na hora de se expressar. Um gesto que costuma passar tão despercebido que você vai se surpreender ao saber quantas vezes o repete diariamente.

Considerando diversos fatores, o Incrível.club deseja compartilhar com você, leitor, algumas das razões pelas quais é tão difícil não levar as mãos ao rosto. E, claro, traz dicas para evitar esse gesto.

Uma resposta natural do corpo

Você já viveu aquela situação em que, em uma conversa, seu interlocutor de repente deixa claro que não está interessado no que você está dizendo simplesmente levando as mãos ao rosto? Sim, esse gesto é uma sinalização clara de tédio. Isso ocorre porque nossas reações estão involuntariamente relacionadas aos nossos estímulos emocionais e são inatas e primitivas.

Formas de expressão

Além de ser um movimento instintivo, o ato de levar as mãos ao rosto está, muitas vezes, associado ao fato de outras pessoas fazerem o mesmo. Com isso, acabamos incorporando facilmente esse gesto à nossa forma de expressão.

Aprendemos uns com os outros porque somos geneticamente programados para repetir o que vemos — algo conhecido como aprendizagem por imitação. Esse processo ocorre por meio da rede de neurônios espelho, ligada aos comportamentos imitativos, sociais e empáticos, como “bocejar “em cadeia” — aquele momento em que o bocejo de um amigo é “contagioso” e faz você bocejar também. Levar as mãos ao rosto é só mais um exemplo na mesma linha.

Um reflexo do estresse

estresse pode nos levar a desenvolver movimentos involuntários, como colocar as mãos no rosto. Esse gesto ajuda, em certa medida, a relaxar, ativando o sistema nervoso parassimpático, responsável por controlar os movimentos involuntários do corpo.

Linguagem corporal ao flertar

Podemos colocar as mãos no rosto até 23 vezes por hora ou quase três vezes por minuto. Agora vamos imaginar que estamos diante daquela pessoa em que estamos interessados. Em situações como essa, entre 60% e 70% da nossa comunicação ocorre de maneira não verbal. Por isso é natural que levemos as mãos aos lábios ou ao rosto como forma de enviar sinais de que estamos sentindo prazer e dando toda a nossa atenção ao “crush” da vez.

Como eliminar esse hábito

  • É aconselhável, no início, detectar aquilo que desencadeia a reação de colocar a mão no rosto. Ao identificar o motivo, você consegue reforçar sua atenção, reduzindo a possibilidade de repetir o movimento.
  • Você pode usar uma bola antiestresse para manter as mãos ocupadas em momentos de ansiedade.
  • Também ser útil colocar notas adesivas (Post-Its) como lembrete, especialmente para quem já costuma usá-las no dia a dia.
  • Outra ideia é usar loções ou perfumes nas mãos para lembrar de que é hora de movimentá-las em outra direção quando estão “a caminho do rosto”.
  • Se o estresse for o gatilho, é melhor tratar o problema pela raiz com meditação, ioga, exercícios respiratórios ou até mesmo umas boas férias.
  • Para modificar os hábitos, como tossir e espirrar colocando a mão no rosto, é preciso ser disciplinado, mas também sereno. Qualquer mudança exige um certo treinamento.

O comportamento humano geralmente obedece à maneira de ver e encarar o mundo. Portanto, é possível repensar expressões e hábitos como esses, principalmente quando se trata de higiene e saúde pública.

Como um conselho final, é importante sempre tentar manter as mãos limpas, pois os germes estão aí para tentar invadir nosso corpo. E, embora seja necessária uma grande quantidade deles para afetar o nosso organismo, alguns podem acabar nos causando problemas.

Você coloca as mãos no rosto com muita frequência? Qual outro conselho poderia acrescentar à nossa lista? Conte-nos na seção de comentários. Queremos saber sua opinião!

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As expressões corporais são inerentes as respostas emocionais que sentimos com o passar dos anos, quando um bebê nasce ele vai aprendendo sobre a culrura familiar e social e consequentemente adquirindo trejeitos já enraizado e característicos nosso. Muito legal notar que tido tem um fundo de história.

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