Dicas para ter uma boa relação com seus pais

Psicologia
há 1 ano

A relação que temos com nossos pais é, a rigor, o primeiro relacionamento de nossas vidas e, portanto, influencia nossa capacidade de convívio no futuro.

Como alguns psicólogos costumam dizer, os problemas que temos com nossos pais na infância podem se transformar em questões maiores depois de adultos e se refletem em outras áreas do nosso comportamento.

Mas, por mais distante que seja nossa relação com eles, esperamos sempre que nos aceitem tal como somos e que nos admirem.

Tentar ter independência sem deixar para trás as pessoas que amamos às vezes é difícil.

Incrível.club descobriu maneiras de termos boa relação com nossos pais, em que o respeito e a gratidão predominem.

1. Elimine qualquer rancor do passado

A maioria de nós busca segurança o tempo todo, mesmo que inconscientemente. Por isso, para podermos nos desenvolver, precisamos saber se podemos confiar e ter o apoio dos nossos pais. O psicanalista e pediatra britânico Donald Winnicott acreditava que a criança centra sua atenção no que lhe foi privado ou negado, e não no que obteve. Então, não importa como os nossos pais agem, eles nunca conseguem atingir as nossas expectativas nem satisfazer todas as nossas necessidades (até porque eles são humanos, e como todo humano, também erram!). Mas as impressões “negativas” que eles nos deixam geram frustrações e ressentimentos, mesmo que de forma inconsciente. Ao sentirmos essa sensação de insatisfação, acabamos por agir irracionalmente, com o desejo de mudar nossos pais.

2. Aceite que seus pais não são perfeitos

Se na sua infância e adolescência os pais não demonstravam muito afeto, é pouco provável que mudem depois que você se tornou adulto. Ao invés de questionar suas ações o tempo todo, tente aprender a conviver com eles sem esse peso. Deixe de categorizá-los como heróis ou vilões; eles são pessoas comuns com seus méritos e defeitos. E deram a você exatamente o carinho e o amor que poderiam, dentro do possível para eles. Muitas vezes, o que a família não nos deu na infância, no futuro buscamos em nosso entorno, em outras pessoas que possam satisfazer nossas necessidades. Entretanto, vale a pena dizer para você mesmo: “Posso dar a mim mesmo tudo o que me falta ou que eu deseje”.

3. Assuma o controle da própria vida

É muito mais fácil culpar os pais por seus fracassos e problemas do que assumir a responsabilidade de sua vida. Uma pessoa dependente não sente que é importante e que é única; simplesmente é uma pessoa insegura. E essa dependência causa uma certa infantilidade no comportamento. Liberte-se, assumindo a responsabilidade por suas ações, erros e acertos. Tome as rédeas de sua própria vida. Depois de tudo, no momento em que não criar mais tantas expectativas em relação à própria família, poderá se considerar, enfim, uma pessoa madura.

4. Mostre interesse na história da família

Conhecer sua história de família ajuda a compreender e aceitar seus pais e demais familiares tais como são. Como sua mãe foi criada? Que fatos contribuíram para o modo como ela vive hoje? Preste atenção também na história familiar dentro do contexto da história do país. Pode ser que a frieza do seu pai tenha vindo de condições precárias de vida na sua infância, ou que a personalidade exagerada de sua mãe tenha a ver com um passado de insegurança. Um pai mais austero com dinheiro talvez tenha passado por situações de pobreza e até fome na infância e, por isso, valoriza os recursos que tem. Seus pais passaram por alguma situação de guerra ou desemprego, por exemplo? Sua mãe foi criada numa casa em que a mulher (sua avó) era submissa? Pense nisso. O conhecimento da história familiar dá às suas relações com eles mais compreensão e talvez você se questione se é mesmo necessário culpá-los em determinadas discussões.

5. Encontrar sua vocação

Não raro, os pais projetam seus próprios sonhos de vida em seus filhos. Por exemplo, o pai sonhava em ingressar na Marinha, mas no fim, acabou fazendo carreira em um escritório de contabilidade. Agora, ele espera que o filho ingresse na Marinha, entendendo que esse seria um bom caminho para ele. Por outro lado, muitas pessoas vivem com um pensamento constante do tipo: “Preciso ser o melhor para que meus pais se orgulhem de mim”.

Lembre-se de que seus pais não o criaram para que cumpra suas expectativas. Crescemos para tomar nossas decisões e construir nossas próprias vidas.

Algumas pessoas, no entanto, escolhem as profissões mais contrárias àquelas com que os pais sonharam justamente para confrontá-los. Seu pai queria que você fosse advogado? Você resolveu ser artista plástico. Queria que fosse médico? Você escolheu ter uma cervejaria artesanal. Não há nada de errado em tomar as próprias decisões desde que elas sejam tomadas por convicção genuína, e não apenas por contestação.

6. Ajude seus pais se eles precisarem

Sempre sentimos que devemos muito aos nossos pais porque eles nos deram muito. Sem dúvida, é importante participarmos também das escolhas deles, mesmo que elas não contemplem muito nossas próprias expectativas enquanto filhos. Uma das etapas mais importantes da maturidade é justamente essa: perceber que você e eles são 3 pessoas adultas independentes. É por isso que você pode, sim, ajudá-los sempre que perceber que eles estão em dificuldades, qualquer que seja o problema. Respeitar e apoiar sua família significa aceitar a decisão de todos, mesmo que você não esteja totalmente de acordo.

Uma relação adulta entre pais e filhos envolve respeito, apoio e, sobretudo, amor.

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Ilustrador Sergey Raskovalov exclusivo para Incrível.club

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