Como o amor, a amizade à primeira vista existe, mostra estudo
Você acredita em amor à primeira vista? Então, temos boas notícias: a ciência descobriu que também existe amizade à primeira vista. Um estudo determinou que a primeira impressão é fundamental para determinar se uma pessoa será ou não uma boa amiga. E tudo isso acontece sem você se dar conta. Já imaginou?
O Incrível.club quer explicar o que o estudo mostrou e ajudá-lo a entender como você escolheu seus melhores amigos.
Estudando o mecanismo da amizade
O estudo, publicado na revista acadêmica Journal of Social and Personal Relationships, confirmou que a primeira impressão é essencial para estabelecer amizades duradouras. Para chegar a essa conclusão, um grupo de cientistas observou a reação de um certo número de pessoas enquanto escaneava os cérebros desses voluntários.
Os participantes foram convidados a olhar fotografias de várias pessoas enquanto liam frases sobre elas. Três sentenças indicavam traços positivos desses personagens das fotos e as outras três, traços negativos. Cada participante teve de comunicar que impressão que teve de cada um dos perfis.
O escaneamento do cérebro identificou duas áreas do órgão que são ativadas quando alguém é visto pela primeira vez. Uma é a amígdala, responsável pelas emoções. A segunda é o córtex cingulado posterior, ligado à memória autobiográfica.
Cérebro em ação
Segundo especialistas, a amígdala (que nada tem a ver com as glândulas da garganta) recebe informações de todos os nossos sentidos e nos ajuda a tomar decisões. Se fosse danificada, perderíamos o medo e a consciência de que algo é ruim.
Por outro lado, o córtex cingulado posterior nos ajuda a avaliar cada decisão e valoriza os objetos. No caso das pessoas que conhecemos, determina se vale a pena abordá-las e torná-las parte de nosso círculo social.
Amizade “química”
É assim que o mecanismo da amizade funciona. Graças aos impulsos químicos que ativam áreas específicas do cérebro, determinamos, sem perceber, se aquela garota legal ou aquele garoto sorridente podem ou não ser nossos amigos.
De acordo com a professora de Psicologia Kelly Campbell, da Universidade Estadual da Califórnia (EUA), responsável pela realização do estudo, quando vemos uma pessoa pela primeira vez, nosso cérebro coleta informações para nos ajudar a julgar se as qualidades que vemos são ideais para fazer amizade com ela.
Em questão de segundos, sabemos se queremos nos aproximar e convidar essa pessoa para o nosso círculo, se ela é leal, confiável ou divertida, diz a Dra. Campbell
O cérebro escolhe
Outro estudo, publicado na mesma revista, acrescenta que estabelecemos relações com as pessoas com base na expectativa de gratificações futuras. Do mesmo modo, nos afastamos daquelas que nosso cérebro “julga” incompatíveis ou insatisfatórias.
Então, o que entendemos como um vínculo instantâneo de amizade, na realidade, implica inúmeros julgamentos, decisões e conexões internas das quais, é claro, não temos ideia. Tudo ocorre em nível subconsciente. Algo muito parecido com o que acontece quando nos apaixonamos à primeira vista
Você já teve uma conexão instantânea com algum amigo? Sua opinião nos interessa. Compartilhe-a nos comentários.