9 Habilidades que ajudam a salvar um relacionamento

Psicologia
há 1 ano

Guy Winch, psicólogo familiar que tem ajudado casais há mais de 20 anos, acredita que a felicidade e a satisfação nos relacionamentos dependem de 3 habilidades importantes que não surgem sozinhas, mas que os casais possuem desde o começo. São habilidades que precisam ser desenvolvidas, o que requer muita prática. E os colegas de profissão de Winch identificaram outros hábitos que também ajudam os casais a prolongar a felicidade.

Incrível.club resolveu revelar que hábitos e habilidades são esses. E ao fim do post você encontrará um bônus sobre higiene emocional que, segundo psicólogos, é tão importante quanto a higiene bucal diária.

1. Empatia

Empatia é a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa e dar uma resposta adequada: dar apoio, entristecer-se ou alegrar-se juntos.

Após conviver com seu parceiro ou parceira por muitos anos, é normal que você ache que conhece a pessoa amada profundamente. Mas isso impede o casal de desenvolver a empatia mútua.

Para evitar este erro, pratique a empatia. Tente se colocar no lugar do outro. Feche os olhos, considerando a natureza da pessoa e as circunstâncias do contexto, imagine o que a pessoa sente. Deixe de lado sua visão do problema, preencha-se com as emoções do seu ente querido. É isto que permitirá sentir a empatia, tão necessária para um relacionamento saudável e feliz.

2. Compreensão emocional

Este ponto deriva do anterior, e consiste em não apenas se colocar no lugar da pessoa amada quando ela não está num bom momento, mas também durante as discussões acaloradas entre vocês.

É óbvio que são poucas as pessoas que diriam ao ente querido: “Você tem todo o direito de sentir o que sente, eu o entendo” no meio do calor de uma briga. Num primeiro momento, você pode até pensar que uma frase assim só pioraria o conflito. Mas isso não é verdade. Palavras como essas podem fazer milagres. Seu companheiro ou companheira perceberá que você compreende seus sentimentos e, ao mesmo tempo, apesar dos pontos negativos, aceita aquela pessoa. É exatamente o que nos pode levar a sentir um alívio e nos afastar das emoções negativas.

3. Atenção e boa educação

Nós podemos tender a subestimar o poder dos pequenos sinais de atenção e boa educação. Muitas vezes o casal entra num círculo vicioso: um dos integrantes expressa sua irritação, o outro responde da mesma forma e isso continua até surgir um conflito de grandes proporções. Em casos assim, sinais de atenção como um buquê de flores, aquele chocolate favorito, um jantar gostoso ou um abraço ajudam a aliviar a tensão e romper o círculo.

Mas é claro que atenção e a boa educação não poderão corrigir uma situação que tenha provocado grandes danos na outra pessoa. O que não pode acontecer é os dois se descuidarem mutuamente na vida cotidiana.

4. Companheirismo

Alguns casais se acostumam tanto um com o outro que começam a ver o parceiro ou parceira como um colega de quarto. Ao mesmo tempo, cada um parece seguir com a própria vida. Muitas vezes, numa situação assim, as pessoas esquecem na opinião do outro na hora de tomar decisões.

E isso é um erro grave. O mais provável é que essa postura conduza a brigas frequentes e à separação. Para evitar, só tome decisões importantes após ouvir a opinião do seu companheiro ou companheira. Afinal de contas, é muito provável que as consequências afetem não só sua vida, mas também a da outra pessoa.

5. Especulações

Numa situação em que a outra pessoa diz algo neutro ou mesmo agradável, não tente procurar um significado oculto nem especular deduzindo o que há de pior. Com isso você apenas se preocuparia à toa e provocará discussões desnecessárias.

Em qualquer caso, em vez de especular, é sempre melhor perguntar diretamente o que a pessoa amada quis dizer.

6. Gratidão

Sempre que possível, diga ao ser amado palavras de agradecimento. Você pode não acreditar, mas elas têm um poder mágico. Ao ouvi-las, a pessoa se sentirá necessária e útil, e perceberá que você a valoriza. O mais provável é que, ao mesmo tempo, você também comece a escutar muitos agradecimentos, não só por uma ajuda “importante”, mas também por pequenas atitudes rotineiras.

7. Não considere tudo uma certeza

Este ponto deriva do anterior. Estar num relacionamento traz consigo deveres e restrições, mas isso não é desculpa para dar tudo como certo.

Para que os dois integrantes do casal vivam a relação de forma satisfatória, é preciso trabalhar, conversar, aprender a resolver os problemas e dar o braço a torcer. Não considere como uma certeza nenhuma palavra ou atitude do outro. Assim, a postura em relação a você será recíproca.

8. A felicidade

Muitas pessoas tendem a pensar que o ser amado, por si, as fará felizes. Claro que, em parte, isso pode ser real. Mas a base da sua felicidade não pode estar em outra pessoa, e sim em você mesmo. Se antes do início da relação você não estava feliz com sua vida e consigo mesmo, é possível que o relacionamento melhore as coisas temporariamente, mas é certo que as emoções negativas de antes retornarão.

Não limite sua felicidade à pessoa amada, achando que só com ela você será feliz. Você é o criador de sua felicidade. Não esqueça disso.

9. Piadas pelas costas

Nunca fale mal do seu parceiro ou parceira pelas costas. Não apenas pelo fato de que, muito provavelmente, ele ou ela acabará ficando sabendo, e não gostará nada. O problema real surge porque, com o tempo o conflito ficará no passado, mas sua mãe ou amigos, com quem você reclamou da situação, lembrarão para sempre das palavras cruéis saídas da sua boca. E sejamos francos: você só quer compartilhar com os outros o seu descontentamento para receber apoio, não por querer saber quem ou não razão.

Seja mais inteligente: discuta com seu companheiro ou companheira sobre os problemas do relacionamento, fale dos defeitos mútuos, mas não durante uma briga acalorada, e sim com calma e sem a intenção de ofender. Assim, as chances de vocês continuarem juntos e felizes por um bom tempo aumentarão consideravelmente.

Bônus: a higiene emocional

Quase ninguém dá tanta atenção à saúde emocional quanto à física. E ao mesmo tempo, sofremos de traumas psicológicos com muito mais frequência do que acontece com lesões físicas. Guy Winch acredita que o inimigo mais perigoso para a saúde mental é o que ele chama de síndrome ruminante.

Este transtorno é caracterizado pelo pensamento obsessivo, a “mastigação” constante dos mesmos pensamentos. Ao ser rejeitada ou ao falhar em alguma tentativa, a pessoa pensa naquela mesma coisa repetidamente, de forma cíclica.

Winch orienta que, sempre que você começar a “mastigar” pensamentos negativos, deve se distrair propositalmente, obrigando-se a pensar em outra coisa. Após alguns minutos, sua mente estará focada em pensamentos mais agradáveis e, com o tempo, isso virará um hábito.

Qual sua opinião? Qual é o segredo dos relacionamentos saudáveis e felizes?

Ilustrador Igor Polushin exclusivo para Incrível.club

Comentários

Receber notificações
Sorte sua! Este tópico está vazio, o que significa que você poderá ser o primeiro a comentar. Vá em frente!

Artigos relacionados