9 Erros que precisamos evitar em uma conversa

Psicologia
há 3 anos

Demonstrar desprezo pelo outro é sinal de violação dos limites pessoais. Às vezes, é preferível ficar calado em vez de começar um discurso, mesmo que ele pareça inofensivo e até motivador. “O que você está lendo? O mesmo livro de sempre? É melhor comprar um de ficção científica!” Essa fala inocente à primeira vista provoca uma irritação incontrolável. Além de desvalorizar os interesses alheios, propõe uma substituição por algo que se acha melhor, sob o disfarce das boas intenções. Afinal, basta apenas uma frase para subestimar emoções, conquistas e sentimentos do outro.

Incrível.club reuniu as frases mais comuns que influenciam a eficácia do processo de comunicação. Indubitavelmente, todos somos livres para expressar a nossa opinião da maneira que mais nos convém, mas precisamos sempre ficar atentos ao interlocutor.

“Deveria ter pensado antes”

A vida é imprevisível. Escolher a profissão certa ou um parceiro que não mudará de comportamento depois de um tempo de namoro é uma tarefa extremamente complicada. Ninguém está sempre certo ou é capaz de prever o futuro com precisão, todos erram. Portanto, é melhor pegar leve e aprender a tratar as situações problemáticas com humor.

“A Cátia vai dividir seus brinquedos com os outros, não é, filha?”

Imagine seus parentes dando sua bolsa favorita ou seu carro tão desejado para um desconhecido, dizendo: “Ele (ou ela) não é mesquinho(a), é claro que vai dividir seus pertences!” Será que isso o deixaria feliz? Então vamos pensar nos sentimentos de uma criança que mal consegue lidar com suas emoções. Aos 3 anos, ela forma um pouco de sua identidade, e é por isso que é tão necessário pedir permissão para pegar as coisas dela, propor um jogo alternativo ou trocar seu brinquedo por outro. Se a criança recusar, ela não quer dizer nada além de um simples “não”. É na infância que aprendemos a proteger os nossos interesses e a estabelecer os limites pessoais de forma certa.

“Não chega nem aos pés de Brad Pitt, mas não é a pior opção”

Ou, uma frase semelhante é: “Não é uma Gisele Bündchen, mas serve”. Tais observações de pessoas tóxicas podem ser um sinal de inveja, sem contar que criticar a aparência alheia é inadmissível. Um comentário desses não deve ser deixado pra lá. É melhor acabar de vez com esse tipo de atitude no início, antes que ofender você ou alguém de seu círculo de convivência se torne um costume.

“Que bobagem você está vendo?”

Você pode passar um mês planejando assistir a um novo filme de terror ou reviver os eventos de uma série em um dia específico, mas quando finalmente se acomodar com salgadinhos no sofá, pode ser interrompido no momento mais interessante por alguém da família: “Está assistindo à sua novela ridícula outra vez?”. Gostos não se discutem, é importante saber, mas desprezar os interesses alheios é uma falta de noção. Uma pessoa adulta pode escolher ver absolutamente tudo o que desejar. Quanto às crianças e aos adolescentes, é possível organizar uma sessão de cinema em casa e assistir a programas interessantes e filmes de família todo fim de semana.

“Você ficaria melhor se...”

Tais frases são fáceis de confundir com piadas leves ou críticas construtivas, mas é aí que o perigo se esconde. Essas observações não são piadas nem críticas, mas comentários depreciativos, que podem acarretar graves problemas com autoestima se não forem erradicados desde o início. É importante saber identificá-los e reagir de forma adequada.

“Vocês, mulheres, demoram muito para se vestir”

É comum ouvirmos também a variante “Todos os homens são iguais”. Frases como essas são extremamente ofensivas. Generalizar e criticar alguém por ter nascido homem ou mulher é errado. Uma pessoa educada sabe respeitar seu interlocutor e nunca recorre à característica inerente a ele para humilhá-lo.

“Passamos por tempos piores, mas conseguimos criar e educar você”

Boa parte da sociedade moderna reconhece a depressão pós-parto como doença, mas sem compreender a gravidade do problema ou simpatizar com as mulheres. “O que você esperava?”, “Mas você tem uma máquina de lavar roupa!”, “Por que está tão cansada? Passa todos os dias em casa!”, “Seu filho ainda usa fraldas?”. Essas e outras frases comuns compõem uma lista de coisas que cada mulher cansada já ouviu pelo menos uma vez na vida. Pedir para ajudar a lavar uma pilha de roupas sujas de bebê ou tirar as manchas que a criança deixa passando o dia inteiro sem fraldas pode servir de calmante para qualquer sabichão.

“Como todos vocês moram neste apartamento pequeno?”

“Quando vão comprar uma casa maior?”, “Têm certeza de que todos vão caber aqui?”, “Oh, que despensa pequena!” Depois desses comentários, todos os esforços dos últimos anos destinados a comprar o próprio imóvel se tornam insignificantes, privando da alegria de consegui-lo. Na tentativa de desvalorizar conquistas e aquisições alheias, é criado um mecanismo de defesa, com a finalidade de proteger o estado mental, manter a harmonia interna e evitar a experiência de sentimentos intoleráveis. Para alguém que se recusa a ficar feliz pelo outro ou a admitir que sente inveja, será mais fácil ofender e, assim, anular os próprios esforços, provando a si mesmo que não há motivos para inveja.

“Quer dizer que este é todo o seu salário?”

“Você é um homem, e isto é tudo que conseguiu ganhar?” ou “Esse seu emprego não dá muito dinheiro, hein? É melhor parar com isso e cuidar da casa”. Se você costuma ouvir tais frases “motivadoras” com frequência, trata-se de um alarme. Repreender alguém pode fazer com que a pessoa comece a duvidar de suas próprias conquistas. Como já falamos acima, todos erram, mas é importante apoiar e inspirar confiança em quem é próximo.

Quais afirmações constrangedoras você acrescentaria a essa lista e quais dicas gostaria de compartilhar para aprender a lidar com elas? Comente!

Imagem de capa Hannah Nelson / Pexels

Comentários

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Acho q a gente n tem q forçar as coisas... é melhor conversar e ir construindo um raciocínio no meio do caminho

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