7 Grandes erros na criação dos filhos que acabam por transformar as crianças em ditadores da casa

Psicologia
há 5 anos

Nos últimos anos, os parâmetros para criar uma criança subiram para um nível quase inatingível. De repente, parece que se tornou essencial que, a partir do nascimento, o bebê precisa de roupas da moda, vários itens para desenvolvimento, aparelhos eletrônicos modernos e visitas a locais de entretenimento. Muitos de nós caímos na armadilha dessas tendências e começamos a fazer todo o possível para nos tornarmos pais “exemplares”. Mas os psicólogos já estão enviando “sinais de alarme”, e não lhes faltam argumentos para afirmar que algumas atitudes fazem com que as crianças se sintam quase as donas do mundo, enquanto no fundo de suas almas permanecem infelizes e inseguras de si mesmas.

Incrivel.club se perguntou que tipos de argumentos estavam firmemente embutidos nas cabeças dos pais modernos e se essa atual onda de informações está correta. Assim, fomos capazes de identificar os princípios dessas crenças.

1. “A criança está entediada? Então, isso significa que somos pais ruins”

O que está acontecendo: enquanto a criança está acordada, tentamos preencher cada segundo de seu tempo com jogos e entretenimento. O filho ou a filha entram em um mundo artificial, onde sua vida gira em torno apenas de “animadores” engraçados, representados por pais ou avós. Outra opção poderia ser passar para o universo virtual, para o habitat dos personagens de desenhos animados ou jogos de computador.

O que fazer: lembre-se que o tédio é um dos fatores de desenvolvimento emocionais necessários. Além disso, é nesse momento em que a fantasia das crianças começa a “funcionar”. De vez em quando, permita que seu filho fique “sem fazer nada” e verá que ele pode completar seu tempo livre sozinho, encontrando maneiras de se divertir.

2. “Vamos resolver seus problemas agora mesmo, mas não chore”

O que está acontecendo: todos os pedidos da criança são atendidos a uma velocidade assustadora. Ela quer comer um sorvete? Vamos já comprar. Ela está cansada de seu carro de brinquedo? Hoje mesmo iremos comprar algo novo. Ela não tem nada para fazer durante a viagem? Pode pegar o celular do pai e da mãe e brincar até acabar a bateria.

O que fazer: Os psicólogos afirmam que a capacidade de adiar a enorme lista de desejos das crianças é um bom treinamento para enfrentar as situações estressantes que elas passarão no futuro. Desde cedo, é preciso ensinar que as coisas nem sempre são do jeito que desejamos ou esperamos, e as crianças que aprendem isso e não fazem birra quando não podem ter um brinquedo novo, ou quando algo não acontece como elas querem, serão adultos muito mais conformados quando algo
der errado na vida deles.

3. “Mas ele está apenas brincando, não faz mal”

O que está acontendo: parece que cada vez mais estamos adotando o comportamento daquela avó, protagonista da seguinte piada: “Joãozinho, nem pense em bater com essa pá na cabeça do menino, você pode cair”. Parece que muitos pais quase não se preocupam com o fato de seus filhos não saberem brincar ou “chegar a um acordo” com outras crianças, serem rudes com os adultos ou que “brinquem” de forma cruel com os animais, utilizando a clássica frase “Mas são crianças, o que podemos fazer?”.

O que fazer: Na verdade, a criança entende perfeitamente o que está fazendo. E se, mesmo quando fizer algo errado, sentir o apoio invisível de seus pais, acreditará sinceramente que tudo o que faz de errado é parte da ordem natural das coisas. Portanto, a educação para que se comportem bem em sociedade é exatamente o que os pais devem focar, desde uma idade muito precoce. O mais correto é ensinar corretamente às crianças que demonstrem empatia pelos mais fracos; que não se sintam ofendidas quando perderem; que cheguem a um acordo em um jogo de equipe; que digam “obrigado” e “por favor”; e sejam gentis com todos, sem distinção e sem preconceitos. Além disso, tratar bem os animais é outro fator essencial para se tornarem bons seres humanos.

4. “Você está usando casaco? Vamos fazer uma chamada em vídeo, quero ver”

O que está acontecendo: nossos filhos crescem em uma atmosfera de controle total. Por isso, até surgiu o termo “pais-helicóptero”, uma analogia com aqueles pais que sempre “sobrevoam” seu filho. Esta abordagem mata completamente a aspiração por independência de uma criança. É mais fácil para ela se esconder nas costas de seus pais, pois sabe que sempre verificarão se todos os livros estão em sua mochila, se não esqueceu a roupa para a aula de educação física e se está com todas as suas responsabilidades em dia.

O que fazer: permita que seu filho ou filha tome decisões com mais frequência, sempre explicando que cada ação tem suas consequências. Se não levar roupas para fazer as aulas de educação física, não irá participar. Mas, se passar a tarde inteira sozinho, preparando-se para um projeto de biologia, irá adquir novos conhecimentos e tirar uma boa nota.

5. “Ainda é muito pequeno para certas tarefas”

O que está acontecendo: ao tentar criar uma infância perfeita para os filhos, os pais temem sobrecarregá-los com tarefas domésticas, e assim permitem que façam o que quiserem. O triste resultado desta abordagem educacional pode ser um problema na vida, começando por sua escola, onde os professores irão proibi-lo de brincar com seu tablet favorito e, em troca, exigirão disciplina e insistirão em tarefas que nem sempre são interessantes. Além disso, não é necessário mencionar que ela verá sua mãe como sua “faxineira” e seu pai como um “caixa eletrônico”, nesses casos.

O que fazer: lembre-se da existência da frase “é necessário” e envolva a criança pouco a pouco nas tarefas domésticas. Até mesmo uma de três anos é capaz de pendurar cuidadosamente suas roupas, ou guardar seus brinquedos. Tal ajuda em casa e trabalho “monótono”, como lavar louça, são excelentes treinamentos para realizar tarefas chatas, mas obrigatórias, na escola e na vida. Além disso, isso permitirá que a criança mantenha sua rotina de trabalho quando atingir a idade adulta.

6. “Meu filho não gosta de legumes, odeia vestir-se sozinho e vai para a cama quando quer”

O que está acontecendo: com grande frequência isso é considerado por muitos pais como uma característica “fofa” da criança, sua personalidade, a peculiaridade que a difere das demais. Ele é assim, o que mais podemos fazer? Como resultado, a criança literalmente começa a ditar aos pais como eles devem se comportar e se torna uma pequena tirana em casa.

O que fazer: é preciso pensar o que realmente é bom para as crianças, pois um dia elas irão agradecer. Sem uma rotina diária rígida, qualquer criança ficará irritada e não terá uma percepção clara da realidade. Sem uma alimentação adequada e passeios necessários, ela irá adquirir problemas de saúde, excesso de peso e muitos complexos.

7. “Claro, nós compraremos um brinquedo novo para você. Eu ainda posso continuar usando minha jaqueta velha”

O que está acontecendo: muitas famílias modernas têm como único propósito e objetivo o bem-estar de seus filhos. Sendo assim, toda a atenção dos adultos é focada exclusivamente na criança. Sua vida está dividida, literalmente, por horas: escola, atividades extracurriculares, atividades dirigidas, aulas com professores particulares... Os pais não poupam tempo nem dinheiro para atender às crescentes demandas de seus filhos. Ao mesmo tempo, suas próprias necessidades são gradualmente deixadas para depois.

O que fazer: não é certo deixar de lado seus desejos. É importante que as crianças entendam que o mundo inteiro não gira apenas em torno delas. No futuro, isso as ajudará a construir relacionamentos maduros com outras pessoas.

Você se reconheceu em alguma dessas situações? Está disposto a compartilhar suas próprias opiniões sobre ser pai ou mãe?

Imagem de capa Depositphotos

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