11 Coisas que deixei de fazer porque acho que estou velha demais — e estou feliz com isso

Psicologia
há 1 ano

Muito em breve completarei 40 anos e ouço vários pitacos sobre o que devo ou não fazer da minha vida. As lojas oferecem cosméticos que prometem magicamente me transformar em uma jovem de 20 anos, minha mãe tenta me fazer usar brincos de ouro porque “não se usa mais bijuterias nessa idade”. Mas acho que tudo isso são estereótipos, então fiz minha lista de coisas que deixei de fazer por causa da minha idade.

Ficar calada diante de injustiças

Já me falaram muitas vezes que ficar calada iria me fazer passar por esperta. Hoje em dia, não concordo com isso, mas houve um tempo em que todo mundo me dizia que era uma menina quieta. Eu tinha medo de dizer algo estúpido ou inapropriado. Nas reuniões da empresa, sempre ficava quieta no meu canto, e quando saia com meus amigos sempre alguém me provocava perguntando se eu estava ali ainda ou se já havia saído.

Agora estou pronta para me posicionar diante de qualquer pessoa que me critique, me acuse injustamente ou faça comentários maldosos.

Minha filha participou inteiramente das reuniões de formatura, minha participação era apenas pagar. Até que a professora me disse que a quantia seria maior do que minha filha tinha me dito. Quando a questionei sobre o valor, a professora disse: “As outras mães estão ajudando e você já está pegando tudo pronto”. Fiquei em silêncio por um minuto, então decidi esclarecer: “Talvez, eu deva ir conversar com a diretoria sobre essa injustiça, então”. Ela me olhou com uma cara de repugnância, mas fiz exatamente o que devia ser feito.

Seguir estereótipos de idade

Dizem que na minha idade não dá mais para fazer tatuagem, pintar o cabelo com cores vibrantes e usar uma roupa de banho mais aberta. Acredito que tudo isso são estereótipos e ninguém pode me proibir de fazer o que quero. Dentro da lei, claro.

Ano passado, minha filha queria pintar o cabelo de azul. E não a dissuadi, aliás, fomos ao salão juntas e saímos com o cabelo da cor do céu. “E você não tem medo?” Nem minha filha acreditou que fiz tal mudança na aparência. Embora eu pudesse ver em seus olhos que ela estava feliz em ter uma mãe meio maluquinha. E gostei do meu novo visual, além disso, posso pintar novamente se ficar entediada.

À noite, minha mãe me ligou e disse que ia me dar os brincos de ouro da minha avó. Ela me disse que mulheres na minha idade não usam mais bijuterias. Ri calada. Se ela soubesse o que tinha feito no meu cabelo.

Não cuidar da minha saúde mental

Costumava ler livros sobre psicologia e seguir as recomendações de renomados especialistas. Até que descobri que mesmo um especialista precisa de um psicólogo. Ou seja, ter conhecimento não significa que você possa resolver seus próprios problemas sozinha. Por exemplo, os dentistas não tratam seus próprios dentes, mas recorrem aos seus colegas de profissão.

Eu faço sessões com um psicólogo e não me envergonho de ter alguém que me leve até meus traumas de infância, corrija minhas atitudes e até me leve às lagrimas de vez em quando. Em primeiro lugar, isso é feito com meu dinheiro e consentimento. Em segundo lugar, tudo fica mais claro ao lado de um especialista. Eu mesma fiquei chocada com a quantidade de coisas óbvias que perdi sem me conhecer.

Preocupar-se com a opinião dos outros

Recentemente encontrei com colegas de classe. Alguns moram fora e vêm apenas visitar. Outros já estão abrindo seu terceiro negócio. Outros têm um casamento perfeito e estão construindo uma casa em uma área nobre. Eu não tenho nada disso.

Falei abertamente que não tenho nada disso na minha idade, mas tenho um marido carinhoso, um emprego legal e uma filha inteligente. Se alguém pensar que não estou à altura, não dou a mínima. Eu vivo minha vida ao máximo, e a opinião de ninguém pode mudar isso.

Guardar coisas desnecessárias

Eu gostava muito de todo tipo de coisa fofa: cadernos, lembrancinhas trazidas de viagens, canecas lindas e camisetas coloridas. Então, quando tive de me mudar para muito, muito longe, a ficha caiu. Essas tralhas ocupavam um monte de caixas. Calculei e seria muito difícil carregar tudo sozinha, além de que não queria gastar muito com a mudança. Então, comecei a me desfazer de várias coisas.

E me senti bem. Afinal, nem lembrava mais dessas coisas e estavam ocupando metade dos meus armários. Agora estabeleci uma regra: faço uma limpa a cada 3-4 meses. Se durante esse tempo nunca usei determinada coisa, ela vai para o lixo. E se tiver algum valor, mas é desnecessária, eu vendo.

Preocupar-se com a idade

Eu tenho uma amiga. Ela é quase 10 anos mais jovem que eu, está prestes a completar 30 anos. Quando lhe lembrei que seria bom comemorar seu aniversário em grande estilo, ela começou a chorar. Afinal, ela já estaria fazendo 30 anos, já teria rugas e cabelos brancos. Apressei-me para tranquilizá-la: “30 ainda é jovem. E 40 anos de idade também. E 50. E enquanto viver. A mídia lhe diz que depois de 30 anos sua vida acabou e você tem que fazer o que for preciso para parecer ter 20 anos de idade. É que se você aceitar todas as rugas e cabelos grisalhos, eles não terão como ganhar dinheiro”.

Acredito sinceramente que a beleza é diferente para cada idade e não há necessidade de tentar adequá-la a alguns padrões. Eu até genuinamente me pergunto como vou aparentar com 50 ou 60 anos de idade. E aos 70, então?

Manter contato com pessoas tóxicas

Costumava manter contato com meus amigos de infância por pensar “somos amigos há tantos anos”, embora tenha ficado claro há muito tempo que estamos indo em direções completamente diferentes. Sempre após nossos encontros, me sentia sugada. Não estou falando para cortar todos os laços que não convêm. Porém, manter o mínimo de contato é bastante realista.

E antes também “fechava os olhos” para pessoas ruins. Eu tinha um amigo que ganhava a vida encontrando brechas na lei e aproveitando-as descaradamente. Embora não fosse um crime, tudo parecia terrivelmente errado para mim. Mas justificava para mim mesma pensando que ele era órfão, que a vida era dura, e assim por diante. E então, percebi: quantas pessoas têm uma vida e despreocupada? Isso lhe dá o direito de agir assim? Resolvi parar de falar com ele e não me arrependi.

Não cuidar do meu corpo

Lutei contra a balança a vida toda. Costumava perder peso para parecer magra. Então, relaxei e aceitei o fato que não conseguiria manter minha forma física sem me submeter a dietas extremas. Eu meio que aceitei minha aparência, mas um dia a conta chega e meu corpo disse: “Por quanto tempo você vai ignorar isso?”

Meu peso ficou acima do saudável e comecei a ter dificuldades para andar, meu rosto ficava super inchado de manhã e estava cansada o tempo todo. Tentei fazer exercícios em casa. Não gostava de praticar esportes, mas agora não consigo mais viver sem. Para ser sincera, me sinto muito melhor agora do que aos 20 anos de idade: nem as costas, nem o pescoço doem mais e o cansaço parece ter desaparecido.

Negligenciar meu próprio conforto

Me sentia constrangida em deixar meus convidados ficarem até a hora que quisessem, então não dormia bem e ia trabalhar muito cansada. Se precisar, chamo um táxi sem pensar duas vezes e digo a hora que vou dormir.

Comprei cortinas com blecaute, umidificador de ar e um colchão ortopédico. E em vez de saltos altos, tenho sapatos confortáveis com palmilhas feitas sob medida.

Tentar parecer muito inteligente

Antes eu tentava agradar todo mundo. No entanto, uma hora tive certeza de que para isso você precisa saber a resposta para qualquer pergunta ou ser capaz de resolver qualquer problema. Eu costumava fazer tudo sem pedir nada em troca. Às vezes, até me envergonhava de não saber alguma coisa.

Agora consigo, sem nenhum remorso ou arrependimento, dizer que não sei sobre algo ou pedir para a pessoa procurar na internet. Afinal, não sou uma enciclopédia.

Desvalorizar suas realizações

Sim, ainda não comprei uma casa, não ganhei um prêmio Nobel ou um Oscar e não tenho dinheiro para me mimar. No entanto, aprendi a reconhecer minhas pequenas conquistas: voltei a treinar após passar um tempo doente e tenho um plano de carreira. Aprendi a fazer do limão, uma limonada. Estou de parabéns!

Em dias realmente ruins, eu me elogio mentalmente por ter feito pequenas tarefas, e, às vezes, até por conseguir sair da cama. Nunca desanimei, porque não posso me sentir mal por não ter feito grandes conquistas. Minha paz interior se tornou muito mais valiosa do que o meu orgulho.

E você, o que deixou de fazer ou, ao contrário, o que começou a fazer quando atingiu certa idade? Conte para a gente na seção de comentários.

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