10 Teorias sobre o comportamento humano que ajudam a entender melhor o mundo

Psicologia
há 4 anos

Psicólogos evolucionistas consideram que a natureza humana é a razão para a maioria de nossas ações. As pessoas realmente tomam decisões que não estão relacionadas ao pensamento consciente. Nossa propensão a arriscar ou comprar coisas caras é um mecanismo psicológico desenvolvido. Nós não escolhemos o perigo e o prestígio conscientemente, apenas nos parece que tornam nossa vida mais interessante.

Neste post, o Incrível.club quer enfatizar os fatores biológicos e sociais que influenciam o comportamento humano. Algumas descobertas podem parecer imorais, destituídas de bom senso ou mesmo ofensivas. De maneira alguma pretendemos que você concorde com os autores de todos os estudos, mas queremos apenas mostrar que existem diferentes pontos de vista que explicam as razões de nossas ações.

1. Uma pessoa desagradável nos parece maior e mais forte do que na realidade é

Dois antropólogos da Califórnia, Daniel M.T. Fessler e Colin Holbrook, acreditam que o tamanho era o critério mais importante de nossos ancestrais para avaliar o inimigo. O grande é o forte e poderoso.

Eles realizaram um experimento interessante. Alguns dos indivíduos foram amarrados a um assento pesado para estudar os efeitos psicológicos da paralisia das extremidades. Então, a essas pessoas foram mostradas fotos de homens agressivos e pedido para que estimassem sua altura e musculatura. Descobriu-se que os sujeitos presos ao assento estimavam o tamanho do alegado adversário como muito maior do que aqueles que estavam soltos.

Uma pessoa desagradável aos seus olhos pode parecer maior do que realmente é. Isso é causado pela falta de desejo ou incapacidade de colocá-la em seu lugar. É por isso que você não tem pressa em justificar o injustificável e analisa todos os riscos possíveis.

2. Temos tendência a acreditar nas profecias quando estamos de mau humor

Katharine Greenway, da Austrália, realizou um experimento muito interessante. Ela dividiu as pessoas em 3 grupos. Pediu-se que um deles recordasse de alguns momentos de triunfo e alegria de suas vidas; a outro, que lembrasse de qualquer tolice; e ao terceiro, que rememorasse algo humilhante. Em seguida, foram feitas várias perguntas relacionadas a presságios, previsão e habilidades extrassensoriais. Aqueles que se lembravam dos episódios desagradáveis ​​estavam muito mais dispostos a aceitar as afirmações de que as profecias se realizavam.

A Drª. Greenaway formulou suas conclusões no artigo “Perder o controle aumenta a crença na precognição e a crença na precognição aumenta o controle”. Realmente é muito mais fácil influenciar uma pessoa quando ele está de mau humor. Os videntes caloteiros possivelmente sabem disso muito bem.

3. O dinheiro realmente traz a felicidade

Em 1964, os Beatles cantaram que “o amor não pode ser comprado com dinheiro”. Mas eles não disseram nada sobre se era possível comprar a felicidade com dinheiro. Agora os cientistas encontraram a resposta para esta pergunta: sim, é possível.

Um estudo de Grant Donnelly mostrou que a riqueza realmente importa. Mas depois de ter alcançado um certo nível de renda, um aumento adicional de dinheiro torna a pessoa cada vez menos satisfeita. A origem da riqueza também influencia nossa felicidade. Ganhar na loteria ou um casamento de conveniência dá a uma pessoa menos felicidade do que se trabalhasse para ganhar esse dinheiro.

As principais razões pelas quais o dinheiro traz felicidade são a liberdade, a possibilidade de escolha e a falta de preocupações associadas à sua falta. E a oportunidade de fazer os entes queridos mais felizes.

4. Ao mesmo tempo, a aquisição de coisas caras que não sejam práticas indica nosso nível de pobreza

Provavelmente, em todos os lares há muitas coisas inúteis. Fritadeiras, máquinas de fazer waffles, uma esteira que acumula poeira num canto e sapatos bonitos que são impossíveis de usar. Elas se tornam eternas “malas sem alça”: são inúteis, mas é uma pena jogá-las fora.

O mais interessante é que as pessoas com renda acima da média preferem carros práticos com um preço médio, mas as pessoas cujas rendas estão abaixo da média geralmente compram veículos caros e de prestígio que devem enfatizar seu status.

O fato é que as pessoas ricas estão cientes do custo de manutenção e gasto de combustível para um determinado modelo. E os pobres raramente pensam em como vão garantir o seu BMW e como vão pagar a gasolina. O principal é conseguir o atributo de uma vida rica, o resto não importa.

O limite dos sonhos dos pobres é enriquecer para comprar novos “brinquedos”. Se você tem dinheiro extra, imediatamente compra alguma coisa: uma televisão de plasma enorme ou um novo modelo do iPhone. É verdade que sua riqueza é uma ilusão, porque assim que a renda acabar, você tem que se limitar novamente em tudo.

5. As pessoas que fogem dos fatos contradizem suas crenças

Em qualquer tema controverso, como a reforma da saúde ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o debate se intensificará imediatamente. Mas, por que, mesmo na presença de fatos inegáveis, as pessoas não mudam seu ponto de vista? Após uma série de pesquisas, concluiu-se que as pessoas se recusam a aceitar provas que contradizem a sua opinião.

Muitas pessoas criticam a vacinação, afirmando que isso leva ao autismo. Se os fatos mostram que não há conexão entre a vacina e o autismo, é improvável que a pessoa renuncie a seus pontos de vista e se oponha a isso apenas por causa de seus princípios.

A falta de objetividade é tratada com boas doses de fatos, autoeducação e a capacidade de admitir que você está errado. Mas o poder dos fatos está longe de ser ilimitado. As pessoas estão prontas para “fugir” das evidências e defender suas crenças, apenas para evitar chegar a conclusões desagradáveis ​​para si mesmas.

6. O fumante sabe que a nicotina mata, mas não rejeita seu vício

Você se considera um adulto prático, e então vai e gasta seus últimos centavos em algum tênis em promoção. E em vez de alegria, sente culpa: este é o terceiro par do mês. O fumante sabe que a nicotina é prejudicial à saúde, mas continua fumando. A menina que está numa dieta quer um bolo desesperadamente, embora ela entenda que esse desejo a afasta de seu objetivo. Todas essas situações são exemplos de dissonância cognitiva.

Isso acontece quando suas ideias, crenças e comportamentos estão em conflito entre si. O problema é que, ao tentar livrar-se da dissonância cognitiva, a pessoa muitas vezes não está engajada na busca da verdade, mas na explicação e justificativa de seus maus hábitos. Eu fumo porque o prazer supera os danos e fico cheio à noite porque meu estômago quer isso. Outros pontos de vista não são considerados.

7. A presença de filhos reduz a probabilidade de divórcio

Os economistas Gordon B. Dahl e Enrico Moretti conduziram uma pesquisa que resultou num fato estranho. Casais com pelo menos um filho têm menos probabilidade de se divorciar do que casais que só têm filhas.

Os pesquisadores acreditam que nossos instintos biológicos são os culpados. Uma vez que o valor de um parceiro masculino é largamente determinado por sua condição, status e poder, o pai deve assegurar que a criança herde seus recursos. De acordo com a tendência, essa característica é vista com mais frequência em famílias ricas.

Talvez alguns séculos atrás, essa teoria parecesse crível, mas isso não faz com que você queira acreditar nisso no século 21, apesar dos resultados da pesquisa. Além disso, os papéis sociais de homens e mulheres mudaram significativamente nos últimos anos. Não é de surpreender que Edmond de Goncourt tenha chamado as estatísticas de “a primeira das ciências inexatas”.

8. Mas as pessoas atraentes têm mais filhas

De acordo com a hipótese de Trivers-Willard, os pais ricos têm mais filhos, enquanto os menos ricos, porém mais bonitos, geram mais filhas. Isto se deve ao fato de que os meninos herdam a aparência, condição e status social de seus pais.

O sexo prevalece e precisa do que pode herdar de seus pais. Se é a atração física, então é mais provável que nasça menina; se for dinheiro, então nascerá um filho. A probabilidade do nascimento de um filho na família dos milionários é de 65%. Mas durante as guerras e desastres, frequentemente nascem as meninas.

Mas aqui a vida também faz seus próprios ajustes. Howard Schulz, Jim Carrey e Tom Cruise nasceram em famílias muito pobres, o que não os impediu de alcançar o sucesso. Então aqui também é impossível cortar tudo com a mesma tesoura.

9. As pessoas buscam humilhar outras se não estão seguras de si mesmas

O desejo de ofender, insultar ou humilhar outra pessoa não surge de uma boa vida. Uma senhora escandalosa no ônibus, um homem que diz que sua esposa é gorda e burra, crianças na escola que zombam de um colega de classe são completamente inseguros e usam uma ostentação de agressão para aumentar seu senso de valor próprio.

Ao mesmo tempo, essas pessoas estão sinceramente convencidas de que uma atitude negativa em relação aos outros não tem conexão com sua autopercepção interna. Então, antes de insultar alguém, pergunte-se: você não está tentando se afirmar e elevar a autoestima instável dessa maneira?

10. Bill Gates e Paul McCartney têm algo em comum com os delinquentes

A tendência masculina a comportamentos de risco aumenta no início da adolescência, diminui rapidamente de 20 a 40 anos e amolece na idade adulta. É a chamada curva idade-crime.

O estudo do psicólogo Satoshi Kanazawa mostrou que a curva etária-gênio (a relação entre idade e produtividade entre músicos, escritores e artistas) se assemelha à curva etária-crime.

Bill Gates tornou-se um empresário de sucesso e filantropo, mas não faz mais invenções brilhantes. J. D. Salinger não publicou nada por mais de 30 anos. Esse comportamento é explicado pelo fato de que, desde cedo, os homens têm um desejo muito maior de impressionar e, com o passar dos anos, esse desejo desaparece gradualmente. Isso é mais frequentemente associado ao casamento e ao nascimento dos filhos.

Bônus: o ser humano percebe as linhas escritas em rima como as mais corretas

Numa pesquisa, os alunos foram presenteados com dois slogans relacionados ao álcool: “O que a sobriedade tenta esconder, o álcool consegue decifrar” e “O que esconde a sobriedade, o álcool desmascara”.

Ambas as declarações são exatamente as mesmas. Mas os estudantes avaliaram a declaração que rimava como a mais precisa e verdadeira — as frases da pesquisa estavam em inglês, a rima estava no primeiro slogan. A razão é que a rima aumenta a velocidade da percepção e o processamento da informação pelo nosso cérebro.

Uma pessoa acredita nas frases com rima mais voluntariamente do que nas orações simples. Os vendedores costumam usar esse efeito ao postar versos curtos em anúncios que mencionam seu produto. O mais importante na busca de ideias criativas é não exagerar.

Você acredita que todos os pesquisadores estão certos, ou alguns deles ainda superestimam a influência de fatores biológicos em nossas ações? Você concorda (ou não) com alguma teoria desta lista? Deixe sua opinião nos comentários.

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