10 Dicas para seu filho ser mais independente nos deveres escolares

Psicologia
há 1 ano

O ano letivo está em sua temporada de provas finais e, além dos estudantes, muitos pais também estão quase esgotados. Tudo porque, além de suas tarefas profissionais e domésticas, a maioria dos adultos se veem condenados a assumir também as responsabilidades escolares de seus filhos, o que acaba sendo bastante cansativo e, muitas vezes, frustrante. Como conseguir delegar os estudos ao aluno e deixar de controlá-lo de maneira constante? Este post revelará justamente como lidar com essa situação.

Com frequência, os pais anseiam pelo final de ano escolar, até mesmo com mais impaciência e ansiedade do que seus filhos.

O Incrível.club acredita que esse problema pode ser amenizado ou até solucionado. Por isso, foi em busca de respostas para ajudar pais e filhos a encontrarem um ponto de equilíbrio.

1. Não faça tarefas pela criança

Os pais não devem assumir a responsabilidade pelos estudos de seu filho. É muito mais fácil adquirir o hábito de estudar aos sete anos que aos 12 anos. O papel dos pais é o de guiar e apoiar e, se for necessário, ajudar para que a criança compreenda algo complexo, mas em nenhum caso fazer tudo por ela. Ensine seu pequeno a preparar a mochila e a anotar na agenda suas atividades, mostre de que maneira organizar seus deveres e, logo, o oriente a assumir pequenas responsabilidades.

Se você está observando seu filho resolver algum erro, proponha que ele encontre e corrija sem direcioná-lo diretamente a esse erro. Seu controle, pouco a pouco, pode ir sendo reduzido ao fato de verificar se a tarefa está terminada ou não: se há quatro exercícios, todos eles devem estar prontos. Agindo assim, a criança cometerá erros, mas é assim que desenvolverá e assumirá sua responsabilidade, percebendo por si só os seus equívocos. Isso fará com que seu rendimento seja real, e não “turbinado” por sua ajuda.

2. Ensine seu filho a estudar

Os primeiros deveres podem gerar confusão na criança: por onde começar? Os pais são importantes na hora de ensiná-la a como fazer uma tarefa. Explique por que é necessário fazer as coisas com uma certa ordem. Você pode detalhar toda a sequência completa de ações em voz alta e até mesmo escrever uma pequena nota com orientações. O importante é mostrar um modelo. Por exemplo: começe lendo textos da matéria da qual você gosta menos; em seguida, resolva exercícios dessa matéria para, só no final, estudar a matéria da qual gosta mais.

Depois disso, ele terá que realizar todas as ações passo a passo. Garanta que todos os exercícios serão resolvidos por completo. Ensine a usar livros de referência, como dicionários, gramáticas, manuais e enciclopédias. Muitas vezes, tudo isso se torna o melhor apoio de uma pesquisa, superando até mesmo a Internet. Afinal, no papel, é mais fácil encontrar informações sem se distrair com coisas supérfluas, como redes sociais.

3. Organize adequadamente o espaço

O lugar onde a criança estuda influencia notoriamente em sua produtividade. Organize o espaço onde ela possa estudar de tal modo que tenha suficiente iluminação e tudo o que precisa esteja ao alcance de sua mão; retire tudo aquilo que não faz falta, com o objetivo de evitar distrações. Agrupe os livros, cadernos materiais, manuais e similares de tal modo que será muito mais simples encontrar a informação necessária. Se há irmãos, assegure-se de que os demais não atrapalhem durante suas horas de estudo.

4. Ensine-o a noção de tempo

Muitas vezes, as crianças não têm noção de tempo; não sabem quantas horas se passaram desde que começaram a estudar e quantas ainda restam. Pode-se resolver esse problema com a ajuda de um cronômetro e um cronograma de tarefas diárias. Para começar, tente medir, junto ao seu filho, quantos minutos ele leva para concluir suas atividades diárias: ver desenhos, comer, arrumar o quarto, fazer as tarefas da escola... a partir disso, organize seus horários e solicite que ele os cumpra. Para isso, controle tudo com o despertador, de modo que cada tarefa deve ser concluída dentro do tempo pré-estabelecido. Desse modo, a criança começará a ter noção de quanto tempo deve dedicar para cada atividade. Isso pelo menos nos primeiros dias. Depois, o controle do tempo tende a se tornar algo automático.

5. Ensine-o a ter prioridades

Tanto para que a aprendizagem como para que a vida seja mais fácil, ensine seu filho a se concentrar no mais importante. Por exemplo, fazendo os deveres, é importante poder avaliar o seguinte: 1) a quantidade de tarefa e quanto tempo poderá levar para cada uma 2) que exercícios levarão mais tempo e quais levarão menos 3) que tarefas a criança poderá realizar por si mesma e em quais poderia precisar de ajuda.

Se você ensina isso ao seu filho, será mais fácil que ele se oriente e entenda o que poderia realizar fácil e rapidamente por conta própria e o que demanda mais tempo. Isso será de grande ajuda para que se prepare para provas e exames, de modo a não dedicar todo o tempo para a realização da tarefa mais complicada e, depois, não ter tempo para resolver as demais.

6. Inspire-o e ajude-o a se motivar

Procure elogiar seu pequeno por seus esforços e pelas boas qualificações. Às vezes, é importante que ele perceba que, mesmo que não obteve a nota máxima, fez seu melhor. Para as crianças ainda no ensino fundamental, você pode utilizar uma tabela de motivação. Em uma folha de papel, anote os objetivos (“fazer a cama”, “fazer o tema”, “passear com o cachorro”, “tirar o lixo”...). Ao lado, estabeleça o dia da semana. Para cada tarefa realizada, anote um ponto. No fim da semana, recompense, por exemplo, indo ao cinema ou indo a uma piscina.

Ou, então, você também pode utilizar essa variante de motivação: “Terminados os deveres, todos juntos vão passear, ir a um parque ou convidar seus amigos para um lanche”. Mostre, com frequência, como seu filho pode aplicar na vida prática seus conhecimentos. Por exemplo, se ele sabe contar, somar e dividir, você pode pedir para que ele conte o troco do supermercado; ou, ainda, se ele sabe multiplicar, peça para que ele dê a resposta de quantas balas de 15 centavos ele poderá comprar com 3 reais. É simples e prático.

7. Ensine-o a formular perguntas corretamente

Todas as crianças sabem perguntar, mas nem todas sabem como transmitir corretamente a informação, como expressar seus pensamentos e questionamentos.

Ensine seu filho a expressar sua opinião e a direcionar suas questões corretamente. Explique como falar com o professor: a criança não deve ter medo de realizar perguntas nem a voltar a perguntar quantas vezes forem necessárias para compreender o conteúdo e concluir suas tarefas. Isso é determinante para que ele realmente cresça e aprenda com mais segurança de si mesma, entendendo que as dúvidas são naturais e fazem parte do aprendizado.

8. Ajude-o a fazer amizades com os colegas

Para uma criança, as relações com seus colegas de classe são muito importantes. Sua autoconfiança e o rendimento acadêmico dependem, em grande medida, desse aspecto. Muitas vezes, os alunos estudam longe de casa e seus pais os levam rapidamente para casa, depois de um dia de aula. Com isso, os colegas de classe simplesmente não têm tempo para brincar, conversar e fazer amizades. Os pais devem ajudar seus filhos a encontrar amizades na sala de aula. Você pode propor, por exemplo, passeios juntos nos finais de semana, convidando seus colegas para uma atividade empolgante.

9. A relação com seu filho deve vir em primeiro lugar

Não foque somente no progresso escolar de seu filho. No final das contas, isso não é o mais importante na relação entre os dois. Mostre interesse e atenção pela vida da criança, suas preferências, sentimentos, observações, aflições, desejos e amigos. Não seja um “policial”, mas sim seu maior parceiro; descubra como é o ambiente escolar dele e como seus amigos o tratam, escute-o e apoie-o. Demonstre que você tem uma vida em comum com ele. Passem mais tempo juntos, acumulem recordações vivas e felizes em comum.

10. Lembre-se de que as notas não são o único determinante do sucesso de uma pessoa

A preocupação dos pais em relação às más notas de seu filho é super justificável. Só que notas ruins não significam que uma criança seja “fraca”, “preguiçosa”, irresponsável e incapaz de trabalhar no futuro. Elas podem mostrar que a criança não gosta do conteúdo ou não o entende devido à sua complexidade. Talvez você tenha escolhido para ele a melhor escola da cidade, mas a exigência dela é muito complexa para seu filho.

Seu filho não conseguir as melhores qualificações não é nenhum problema. O mundo está cheio de gente de grande sucesso que não teve as melhores notas na escola e até mesmo que abandonou os estudos. Basta dar um Google para conferir. Pessoas assim geralmente descobrem bem cedo que é possível desenvolver outras habilidades para vencer na vida. Se esse é o caso do seu filho, tente focar naquelas disciplinas de que ele realmente gosta. Um bom desempenho escolar é um ótimo começo para garantir o futuro de seu filho, mas não é o único. Por isso, acompanhe seus estudos e invista, sim, na educação. Mas não fique paranóico com isso.

Seus filhos fazem os deveres sozinhos? Você tem experiências positivas na hora de solicitar tarefas a eles? Compartilhe sua experiência conosco!

Ilustradora Inna Grevtseva exclusivo para Incrível.club

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