10 Lições de vida que aprendemos apenas após cometer os mesmos erros inúmeras vezes

Psicologia
há 3 anos

Os problemas da humanidade são tão antigos quanto o mundo. As situações se repetem de tempos em tempos, e algumas pessoas continuam cometendo os mesmos erros. Em vez de aceitar certos postulados de vida, elas preferem “dar murro em ponta de faca”, girando em um círculo vicioso de fracassos pessoais.

Nós, do Incrível.club, acreditamos que nem sempre o empirismo é válido e que podemos aprender muito com os erros dos outros. Por isso, selecionamos 10 princípios contundentes, que nos ajudam a olhar para certas verdades com sinceridade, ainda que com amargor. No bônus, vamos compartilhar algumas descobertas irônicas que você talvez perceba apenas com a idade. Confira!

A pessoa que critica os outros está, na verdade, falando de si mesma

Palavras maldosas, comentários sarcásticos e piadas de mau gosto podem doer tanto quanto uma agressão física. Às vezes, pessoas sensíveis à opinião alheia passam anos se lembrando de insultos que receberam e remoendo sobre o que poderia haver de errado com elas mesmas.

Na verdade, o crítico está falando de si mesmo e dos próprios complexos. As declarações hostis de um repreensor não passam da projeção dos seus problemas sobre o outro. Por exemplo, uma garota que chama a amiga de gorda está, de fato, morrendo de medo de engordar. A fim de reprimir esse pânico, ela precisa de uma vítima, em comparação com a qual ela “até que não está tão gorda”.

Ninguém quer que você se sacrifique

Alguns sacrificam seus interesses e carreira pela pessoa amada. Outros trabalham em três empregos para que as crianças tenham conforto. Há ainda aqueles que se limitam de quase tudo só para que todos à sua volta fiquem bem. Qualquer que tenha sido a ajuda, ela se esgotará. Os altruístas, geralmente, se sentem exaustos e, em vez de gratidão, escutam o seguinte: “E quem pediu para você fazer isso?” É claro, ninguém quer ser responsável pelos sacrifícios de outra pessoa.

  • Antes eu liderava um pequeno negócio. Nas minhas apresentações sobre técnicas de segurança, sempre começava com a frase: “Não banquem o herói”. Não existe dinheiro ou produto no mundo que custe mais do que a sua vida. Se um incêndio tiver início, por exemplo, e você não encontrar formas de apagá-lo, o que você faria? Eu diria para fugir!
    Alguém o está ameaçando e exigindo dinheiro? Dê. Os ladrões serão encontrados depois, pois há câmeras por todos os lados. No fim das contas, não é o seu dinheiro. Se em alguma empresa disserem que, em tais casos, o dinheiro desfalcado deverá sair do seu bolso, saia de lá. © Pernatyi / Pikabu

Não é obrigatório conversar com pessoas de quem você não gosta. Mesmo que sejam seus parentes

Muitas vezes, os relacionamentos em família, que, em princípio, deveriam ser de amor e apoio, estão permeados por divergências de opiniões, brigas e intimidações. Não compensa manter contato com pessoas tóxicas, mesmo que sejam seus parentes. Se tudo o que você recebe em resposta a uma tentativa de aproximação é desvalorização, manipulação e humilhação, então a única saída é limitar essa comunicação — ou cessá-la de vez.

  • A irmã do meu marido tentava me ofender a cada oportunidade: “Você trabalha de casa? Prefere deixar todo o trabalho para o meu irmão, não é?”, ou “Olha, não sei nem dizer que cor estranha é essa do seu vestido” e ainda “O pessoal da sua casa come essa comida?!” Um dia, minha paciência se esgotou e soltei tudo o que estava entalado: “A sua vida deve estar tão ruim que você tenta me pôr para baixo a qualquer custo só para se sentir melhor. Você não tem sequer uma fonte de felicidade?” Ela não respondeu, e a conversa terminou ali. Fiquei bastante satisfeita, pois, independentemente do grau de parentesco que tenhamos, minha paz interior vale mais.

Para estar em um relacionamento feliz, não é preciso ser a “dona da casa” ou o “provedor para a família”

Em muitas culturas, ainda existe a mentalidade de achar que a mulher precisa desenvolver a sua “energia feminina”. Em certos países, propagam-se os estereótipos mais ultrapassados sobre o papel feminino em relação ao masculino, como “A mulher deve inspirar o seu marido para o sucesso” ou “ela deve ser subserviente e cuidar da casa” — como se as pessoas ainda vivessem nos jardins do século XVIII.

Esse modelo de relacionamento tem muitas falhas. Ao tentar ser a “fada doméstica”, a mulher pode abdicar de seus próprios interesses e cair na dependência. Por outro lado, o “provedor” pode não suportar o fardo da responsabilidade que lhe é conferida. Relações mais estáveis são aquelas em que ambos os parceiros são indivíduos independentes com suas próprias ambições e desejos. O segredo de um relacionamento feliz está no respeito e aceitação mútuos.

O amor é medido pelo nível de felicidade, não de sofrimento

Aqueles que cresceram com filmes e livros que explicitavam o amor romântico perfeito podem criar uma associação equivocada entre o amor intenso e verdadeiro e as “dores do coração”: quanto mais os relacionamentos se assemelham a uma montanha-russa, quanto mais um parceiro controla ou tem ciúme do outro, maior o sentimento. Mas, calma, não é bem assim.

“Com ele é ruim, mas sem ele é pior”, “Se tem ciúme é porque ama” e outras declarações similares não representam amor. Esse paradigma está, na verdade, relacionado a relações tóxicas em que o amor é substituído por medo e dependência.

Se uma pessoa está presa em um estado de vitimização é porque está se beneficiando disso

Uma mulher lamenta para suas amigas de que o namorado com quem vive não esconde que não pretende se casar. Embora não goste da situação, ela continua a agradá-lo e satisfazê-lo, esperando que um dia ele mude de ideia. As amigas se perguntam por que ela não larga o rapaz, por que prefere continuar sofrendo. Mas a resposta é simples: há certas pseudovantagens em estar na posição de vítima.

Na psicologia, existe o conceito de ganho secundário. Esse é o caso em que uma pessoa, estando em uma situação ruim, tenta extrair o máximo de benefícios. Por exemplo, todos têm pena da vítima, que, ao contar aos amigos e familiares sobre suas infelicidades, recebe atenção e compadecimento. Há pouca demanda sobre ela, que pode se dar ao luxo de ser fraca e irresponsável. Ao ajudar o parceiro a se sentir melhor, a vítima se sente não apenas nobre e misericordiosa, mas também necessária para alguém. Dando tudo de si, a pessoa acredita ser merecedora de amor e respeito.

Portanto, nem sempre é uma boa ideia tentar “salvar” essa pessoa, que não se cansa de reclamar da vida. Talvez, inconscientemente, ela esteja realmente satisfeita e não consiga se imaginar vivendo de outra forma.

A felicidade não está no dinheiro, mas não há felicidade sem dinheiro

Realmente, nem tudo pode ser comprado com dinheiro, como, por exemplo, amor e amizade sinceros, talento e experiência. Porém, o resto pode. Embora muitos pensem de outra forma, com dinheiro há muito mais chances de ser feliz, saudável e realizado.

  • Pessoas que dizem que “a felicidade não está no dinheiro” são hipócritas. Ser feliz custa caro. Comer alimentos saudáveis? Caro. Quer saber se você está saudável? Caro. Quer ter um corpo bonito? Muito caro. E se quiser conhecer o mundo, então prepare-se para abrir a carteira. © Rhymeslive / Twitter
  • Os que dizem “A felicidade não está no dinheiro” são somente aqueles que têm pelo menos as necessidades básicas. Em outros casos, é muito difícil ser feliz quando não se tem dinheiro para pagar o aluguel da casa ou quando se come mingau todos os dias — não porque está na dieta, mas porque não há outra opção. © catherine_lo / Twitter

O dia apropriado para começar uma vida nova nunca chega

Quantos grandes planos já foram adiados sob os pretextos de “vou começar na segunda-feira”, “depois do Ano-novo” ou “quando minha agenda estiver mais livre”? A maioria deles provavelmente não foi nem iniciada.

Você pode passar a vida inteira esperando o momento oportuno. Haverá sempre alguma urgência ou circunstâncias desfavoráveis que lhe convencerão de adiar o início de sua “nova vida” pelo menos um pouco. Inconscientemente, o cérebro busca fugir do desconforto associado a um estilo de vida novo e desconhecido e, por isso, tenta encontrar justificativas para evitá-lo. Se você realmente quiser mudar de vida, comece agora mesmo — sem esperar o início da semana que vem, do mês ou do ano.

Boas notas na escola não são garantia de emprego na vida adulta

Boas notas na escola, ou até mesmo na faculdade, não são garantia de uma carreira de sucesso. Como mostra a experiência, alunos que tiravam notas médias muitas vezes se tornam mais bem-sucedidos do que aqueles que tiveram notas altas. Enquanto o grupo “nota 10” passava noites em claro decompondo as informações dos livros e tentando ganhar o apreço dos professores, o grupo “nota 6” focava mais no contato social e estudava apenas as matérias de maior interesse.

Para alunos exemplares, que estão acostumados a receber elogios, pode ser um grande estresse enfrentar a dura realidade, em que, para se ter sucesso, é necessário não apenas conhecimento em determinado assunto, mas também competência social e flexibilidade psicológica.

A felicidade não é uma coincidência favorável, mas uma escolha consciente

Muitos afirmam: “Não serei feliz até encontrar a minha outra metade” ou “Se eu tivesse casado com aquela pessoa em vez desta, eu seria mais feliz”. Por essa lógica, a responsabilidade pela própria felicidade recai sobre os ombros do outro. A prática mostra, contudo, que nem um parceiro ideal, nem circunstâncias promissoras — seja uma promoção no trabalho ou uma herança repentina — podem fazer com que alguém seja feliz.

Em seu livro A Bailarina de Auschwitz, a psicóloga Edith Eger, sobrevivente de Auschwitz, diz que ser feliz é uma decisão que cada um nós é capaz de tomar. Não podemos mudar o passado ou prever o futuro. A única coisa ao nosso alcance é decidir como lidar com o que já passou e o que fazer adiante. São as respostas a essas perguntas que determinam se uma pessoa viverá sujeita aos arrependimentos do passado e ao medo do futuro ou optará por se libertar deles, fazendo uma escolha em favor da própria felicidade.

Bônus: cinco verdade que aceitamos apenas com a idade

Se você pudesse voltar no tempo para dar a si mesmo um conselho valioso do seu “eu futuro”, qual seria? Comente!

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