Como interpretar o comportamento dos seus filhos sem cometer estes 10 erros prejudiciais

Psicologia
há 8 meses

Educar uma criança é uma tarefa complicada e que não vem com um manual de instruções. No entanto, apesar de não haver uma conduta modelo para criar um filho, existem alguns comportamentos normalmente mal-interpretados e que, na hora de corrigi-los, podem piorar ainda mais a situação e frustrar tanto os pais como os filhos. Contudo, existem algumas explicações para determinados comportamentos, e é importante saber quando a criança está de fato agindo mal.

Pensando nisso, o Incrível.club fez uma pesquisa e reuniu 10 comportamentos infantis que os pais normalmente se equivocam e interpretam como incorretos.

1. Tentar controlar todos os impulsos da criança

É muito comum os pais ficarem frustrados quando precisam proibir os filhos de fazer alguma coisa. Mas também é importante que os pais entendam que as crianças nem sempre conseguem controlar seus impulsos. O autocontrole costuma se desenvolver completamente apenas na adolescência, ou seja, é um processo relativamente lento.

Portanto, a chave para poder lidar com uma situação desse tipo é manter a calma e fazer tudo no seu tempo, sem pressa, para que a melhor resposta seja encontrada.

2. A superestimulação

É igualmente importante que as crianças se mantenham ativas e saibam quais são os seus limites. Encher o dia delas com atividades e compromissos pode causar uma superestimulação, isto é, uma situação em que há excesso de movimentos, experiências, sons e outros fatores que podem deixá-las esgotadas. Os comportamentos variam segundo a idade da criança que sofre essa superestimulação:

  • Recém-nascidos e bebês: mau-humor, cansaço, punhos cerrados e outros movimentos das mãos.
  • Crianças em idade pré-escolar: cansaço, mau-humor, choro sem capacidade de explicar as emoções, birras, recusa na hora de fazer as atividades.
  • Crianças: comportamento desajeitado, vontade de chamar atenção, pedido de ajuda com as tarefas de casa mais frequente que o normal.

Nesse sentido, o recomendado é equilibrar as atividades com momentos de tranquilidade, pensando sempre na segurança e no bem-estar da criança.

3. Não saber ler as emoções em condições especiais

É comum as pessoas se comportarem de maneira diferente quando estão cansadas, quando dormem mal ou quando sentem fome. Com as crianças acontece a mesma coisa, mas a capacidade delas de manter o autocontrole em situações assim é muito menor que a dos adultos. Por isso, é importante ficar de olho nessas alterações de humor, já que a criança nem sempre sabe o que está se passando com ela.

Existem várias maneiras de se aproximar da criança e mostrar que ela pode confiar no adulto. Claro que é importante que isso seja feito em um ambiente tranquilo onde você possa lhe perguntar o que está acontecendo. Entender o que a criança está sentindo é fundamental. Para isso, uma opção é contar uma história pessoal parecida com a dela. Dessa forma, consegue-se criar uma conexão emocional e empática que ajuda a criança a se abrir.

4. Não deixar a criança expressar os sentimentos negativos

Embora as crianças sintam os mesmos sentimentos que os adultos, elas não conseguem escondê-los ou reprimi-los. Além disso, elas nem sempre sabem se expressar com palavras, e é nessa hora que nós, adultos, podemos ajudá-las a falar sobre o que estão passando. Como? Perguntando diretamente, dando espaço, ou mesmo com séries e filmes do gosto delas, para entenderem melhor o que estão sentindo.

5. Não compreender a necessidade da criança se mover

Essa situação pode ser muito frustrante, mas às vezes é simplesmente impossível fazer uma criança ficar quieta. E isso é muito natural, já que elas têm muita energia e uma grande necessidade de se mexer. Em vez de brigar ou de impedir que ela se mova, o melhor é ajudá-la a canalizar a energia para algo “produtivo”, como uma ida ao parque, uma volta de bicicleta, um jogo de futebol, ou qualquer outra atividade.

6. Frear seu impulso por autonomia

Crianças adoram se sentir independentes e donas de suas próprias decisões. É por isso que muitas vezes elas ficam bravas quando os pais oferecem ajuda para algo que elas sentem poder fazer sozinhas. Ou seja, se a criança quiser fazer a cama sem ajuda, é melhor deixá-la, sobretudo para sentir ser capaz de tomar decisões.

7. Não diferenciar comportamento de forma de ser

Todo ser humano é especial e tem diferentes habilidades: uns são mais focados, outros mais intuitivos, e também há os mais cuidadosos e perfeccionistas. Assim como as moedas, as capacidades têm duas faces, e elas podem se destacar ou se retrair dependendo da situação. Uma criança que normalmente se concentra muito na escola costuma ser um pouco avoada em casa, por exemplo.

Nesse sentido, é importante saber distinguir o que é comportamento e o que é forma de ser. Também é importante identificar os comportamentos não desejados para corrigi-los, e não apenas indicar que uma forma de ser é incorreta, pois, isso pode causar sérios problemas psicológicos no futuro.

8. Não deixar a criança brincar

Como mencionado anteriormente, crianças têm muita energia e costumam sentir muita necessidade de brincar, o que é fundamental para o seu crescimento e desenvolvimento. O que acontece é que às vezes os adultos não entendem os convites que elas nos fazem para participar da brincadeira, ou seja, pensamos que elas estão apenas se comportando de maneira errada, quando, na verdade, a única coisa que querem é dividir suas emoções. Por isso, aceite os convites para uma boa brincadeira, ainda que tenha de interromper um pouco a sua rotina.

9. O contágio emocional

Crianças são como esponjas, ou seja, absorvem, reagem e entendem todas as emoções dos pais. Nesse sentido, se os adultos estiverem estressados, é bem provável que os filhos também mostrem esse estado de ânimo. Isso pode ser explicado pela expressão “contágio emocional”, um efeito de imitação que, segundo a neurociência, vai além da simples cópia de gestos e pode levar a criança a copiar emoções. Por isso, procure manter um ambiente agradável em casa, para que os pequenos absorvam apenas emoções positivas.

10. Estipular limites inconsistentes

A inconsistência na hora de estipular limites costuma ser um fator de confusão para as crianças, já que elas não entendem por que um dia são compensadas por alguma ação e no dia seguinte, após realizarem a mesma coisa, nada acontece. É muito importante manter uma certa consistência na hora de estipular limites e de premiar, porque regras não claras apenas causam confusão na cabeça da criança.

Que outros comportamentos, na sua visão, os adultos costumam interpretar de maneira errada? Se tiver alguma outra dica, compartilhe nos comentários.

Comentários

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Ser mãe não eh nada fácil e não tem muita orientação a gente vai no erro e acerto

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Ah essa geração sem “chineladas”… os resultados estão aí, a cada dia mais visíveis

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