Mitos e verdades sobre a fertilização in vitro que todos que planejam ter um bebê precisam saber

Mulher
há 5 anos

Embora a inseminação artificial já exista há 40 anos, exitem muitas pessoas que sabem muito pouco sobre esse procedimento. Como resultado, tal técnica, totalmente segura, foi exposta a um grande número de mitos, e a verdade é conhecida apenas pelos profissionais.

No Incrível.club decidimos refutar os mitos mais comuns sobre a fertilização in vitro (FIV) e contar aos nossos leitores fatos reais sobre as modernas tecnologias reprodutivas.

Mitos

1. A FIV é uma fertilização feita em um tubo de ensaio

Ao contrário da crença popular, a inseminação artificial não é realizada em um tubo de ensaio, mas em uma placa de Petri.

2. Crianças concebidas por FIV nascem fracas e são muito propensas a adoecer

Este também é um mito que não tem confirmação. Pelo contrário: as crianças concebidas com a ajuda da fertilização in vitro serão mais saudáveis do que seus pares.

Por quê? Primeiro, a FIV seleciona os embriões mais resistentes. Em segundo lugar, este não é um procedimento barato. O que significa que essas crianças nascerão em famílias com renda muito boa, com acesso a bons cuidados médicos.

3. Os futuros pais podem escolher o gênero do bebê

Isso não é bem assim. O procedimento de fertilização in vitro segue protocolos rígidos e obrigatórios para todos os médicos do mundo. O único caso em que pode se escolher o sexo é se um dos pais corre o risco de passar a seu filho uma doença genética ligada ao sexo.

4. A FIV sempre resulta em gravidez múltipla

Isso é um mito. No entanto, a verdade é que a gravidez múltipla por meio de uma procriação artificial é mais frequente do que de maneira natural. Isso está ligado ao fato de que os médicos muitas vezes não transferem um único embrião para o corpo, mas 2 ou 3. Isso aumenta as chances de que pelo menos um deles sobreviva. Como resultado, as pessoas têm mais probabilidade de dar à luz gêmeos.

5. Para realizar a FIV, as trompas de Falópio são removidas

Este é um mito ridículo e sem qualquer justificativa. Pelo contrário, a ausência de trompas de Falópio é um indicador para a realização de uma inseminação artificial, como muitos outros problemas.

6. Agora é possível conhecer a alegria da maternidade em qualquer idade

Claro, a fertilização in vitro ajuda as mulheres a conceberem após os 40 anos de idade. Mas isso não significa que as gravidezes em uma idade adulta estejam livres de problemas. Ao realizar uma inseminação artificial, como em uma gravidez natural, os problemas e intercorrências situam-se nas extremidades da faixa etária, e quanto mais perto de 30 anos, maior a probabilidade de ela conceber com sucesso. E a FIV não é usada para planejamento familiar tardio, mas para o tratamento de pessoas com problemas de concepção.

7. Crianças dos “tubos de ensaio” são geralmente estéreis

Este também é um mito sem qualquer fundamento. A única razão pela qual essas crianças são forçadas a recorrer mais tarde à fertilização in vitro é em decorrência de doenças hereditárias ligadas ao sistema reprodutivo.

8. A FIV é uma declaração de parto cesáreo

Outro mito duradouro. As indicações para cesariana são muitas, mas a FIV não está incluída nesta lista. A decisão sobre a necessidade dessa cirurgia é tomada pelos médicos, em conjunto com a mãe, e apenas em caso de necessidade.

9. As mulheres precisam estar em repouso absoluto para que os embriões cumpram seu propósito

Este é outro dos mitos mais escutados. A opinião dos médicos sobre isso é invariável: uma mulher grávida, independentemente do modo de concepção, tem que se mexer, e se tudo estiver bem com a gravidez, deve até praticar esportes. Quanto mais intenso for o fluxo de sangue no corpo da pessoa, melhor o bebê irá se desenvolver.

10. O processo é doloroso

Na verdade, o procedimento mais doloroso durante o processo é a punção ovariana, feita com a ajuda de uma agulha fina. A transferência de embriões não causa dor nenhuma.

11. A primeira tentativa sempre falha

As estatísticas do sucesso da primeira concepção diferem em cada país, mas, em média, cerca de 30% das mulheres ficam grávidas na primeira vez que se submetem à fertilização in vitro.

12. A FIV cura a infertilidade

Isso não é verdade. Na realidade, a FIV ajuda a evitar os problemas com a concepção, mas não os cura. O tratamento da infertilidade começa muito antes da inseminação artificial e, se não der resultados, o médico da família recomendará que se vá uma clínica de especialistas em fertilidade.

Verdades

1. Ovócitos podem ser congelados para que sejam usados em melhores condições

Se você quiser adiar ter filhos, mas teme pela qualidade dos ovócitos, pode congelá-los e mantê-los por décadas. Isso é importante principalmente para pessoas cujo trabalho está ligado a condições prejudiciais ou que estão passando por tratamento agressivo (por exemplo, quimioterapia).

Além disso, após os 35 anos de idade, os médicos recomendam fortemente a verificação da qualidade dos ovócitos e, caso seja baixa, o congelamento dos espermatozoides ou óvulos.

2. 6 milhões de crianças nasceram graças à fertilização in vitro

Segundo as estatísticas, mais de 6,5 milhões de crianças nasceram graças à fertilização in vitro. Apenas imagine, mais de 6 milhões de pessoas receberam o direito de viver graças à medicina! Isso é muito mais do que a população da Dinamarca.

3. A mãe mais velha do mundo deu à luz com a ajuda da FIV

Rajo Devi, 75 anos, é a mãe mais velha do mundo. Seu primeiro filho foi Naveen, que agora tem 5 anos. Ela é uma habitante de uma pequena cidade na Índia que, junto com seu marido, tentou conceber um bebê desde o momento de seu casamento, quando a mulher tinha apenas 12 anos de idade. No entanto, todas as tentativas falharam, e foi só recentemente que o casal aproveitou os serviços da ciência moderna para a gestação de um bebê.

Rajo deu à luz aos 70 anos, após a primeira tentativa de fertilização in vitro. O nascimento estava ligado a várias dificuldades devido à idade da mãe, mas graças à medicina moderna tudo culminou em segurança.

Considerando que na Índia uma mulher vive em média 68 anos, tornar-se mãe aos 70 é um milagre completo. No entanto, a verdadeira idade de Rajo não pode ser totalmente confirmada: nas aldeias do país, os nascimentos raramente são regulamentados e muitas pessoas não sabem exatamente sua idade. Presumivelmente, ela mentiu na clínica, já que mulheres com mais de 50 anos são proibidas de realizar FIV.

4. FIV é algo difícil. Após 9 meses de tentativas:

O procedimento em geral não é tão perigoso quanto parece. No entanto, é um pouco difícil: a preparação para a FIV envolve tomar uma série de medicamentos hormonais destinados a preparar o corpo de uma mulher para a gravidez.

Além disso, para não receber um único óvulo fertilizado (como no contexto de um ciclo normal), mas rapidamente mais de uma dúzia, os médicos realizam tratamentos hormonais para uma maturação precoce destes. Posteriormente, eles são removidos com a ajuda de uma agulha fina. Este é o único estágio que pode apresentar complicações, uma vez que a reação de cada organismo é diferente.

5. A FIV pode ser gratuita

Praticamente todos os governos alocam taxas anuais para a realização de FIV. Em grande medida, uma ou duas tentativas são pagas, mas a preparação para isso e os exames necessários são custeados pelos próprios pais. No entanto, este é um bom passo para ajudar os casais que não conseguem conceber um bebê.

6. O primeiro bebê concebido através de fertilização in vitro cresceu saudável e feliz

O primeiro bebê gerado com a ajuda de tecnologias reprodutivas nasceu na Grã-Bretanha. O nome da menina é Louise, e ela nasceu com a ajuda de uma cesariana. Seus pais, Lesley e John Brown, tentaram uma criança por muitos anos sem ver resultados. Desesperados, aceitaram um tratamento experimental: um ginecologista que havia trabalhado no desenvolvimento desse método, ofereceu-lhes a alternativa da fertilização in vitro.

A primeira tentativa foi cuidadosamente escondida, mas a imprensa, no entanto, descobriu e perseguiu Lesley durante toda sua gravidez. De acordo com as palavras da mulher, ela recebeu uma quantidade colossal de cartas com ameaças. Foi assim que a sociedade reagiu à primeira tentativa de inseminação artificial.

Depois de alguns anos, Lesley voltou à clínica para dar à luz outro bebê, Natalie.

Bônus: toda a controvérsia sobre a FIV empalidece quando este procedimento dá uma nova vida e felicidade aos pais

“6 anos, 3 ciclos de inseminação intrauterina, 6 tentativas de fertilização in vitro, 3 abortos espontâneos, 1 perda tardia de um bebê, despesas médicas de 100 mil dólares, mais de mil injeções, 9 meses de preocupação, 30 horas difíceis durante o parto... Tudo isso valeu a pena, porque este é meu filho, Lincoln”.

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