9 Roupas típicas de diferentes países que carregam mensagens secretas

Mulher
há 1 ano

A roupa típica de um país tem uma identidade própria e é uma forma de expressão artística e cultural. Todavia, nem sempre fica claro à primeira vista. O kimono, que é tradição no Japão, por exemplo, pode passar uma mensagem diferente a cada estampa ou cor da peça. O pássaro simboliza a longevidade e sorte e a cor vermelha é apropriada para moças jovens.

Como adoramos saber sobre tradições diferentes pelo mundo fomos pesquisar melhor e reunimos os significados pouco conhecidos de roupas que simbolizam um país ou povo. Confira!

1. Kimono — Japão

A vestimenta tradicional japonesa tem uma simbologia interessante. O pássaro que é retratado nos kimonos normalmente é a garça, que representa a longevidade e boa sorte, já que no Japão acredita-se que o pássaro seja um habitante da terra dos imortais, que vive mil anos.

As cores também podem passar uma mensagem, e os corantes são vistos como carregadores das potências da natureza, por isso, para a cultura japonesa, qualquer propriedade medicinal pode ser transferida para o tecido. Enquanto o azul é apropriado para repelir cobras e insetos, a cor vermelha representa glamour e fascínio juvenil, por isso, é indicado para mulheres jovens.

2. Kilt — Escócia

A herança e tradição estão representadas nessa peça escocesa, que é usada nos tempos modernos em desfiles para grandes públicos, casamentos e batizados. Os primeiros povos a usar foram os moradores da Terra Alta da Escócia, cujo clima é muito úmido, por isso, a kilt oferecia proteção contra a chuva. A kilt protegia os homens como se fosse uma armadura. O usuário tinha liberdade de movimento.

Nas noites frias era possível remover a peça com facilidade. Ela era estendida e formava-se um cobertor para o corpo todo. No passado, as peças denotavam riqueza, por isso, quem tinha mais posses poderia usar peças coloridas e com vários desenhos de xadrez ou com uma lã lisa. Os tempos mudaram e a peça é bastante popular, usada inclusive pelo Rei Charles III (foto).

3. Kishutu ou Kanga — Quênia

Essa veste é feita de tecido colorido, de leve textura e usada por homens e mulheres. A kanga é utilizada pelos moradores da África Oriental, como o Quênia e representa a cultura suaíli. Acredita-se que em meados do século XIX as mulheres tiveram a ideia de costurar seis lenços quadrados para criar um grande retângulo. Os lenços teriam sido levados à África por comerciantes portugueses.

Eram feitos de estamparias únicas que retravam a vida desse povo. Os desenhos eram de pássaros, mas também tinham estampas florais. As kangas podem trazer mensagens motivacionais, como os ditos populares, que inicialmente vinham impressos em alfabeto árabe e depois em letras romanas. Dois deles são: “O conhecimento de um pai ultrapassa o do diploma”, ou “Os pais são ouro; cuidar deles é uma bênção”.

4. Dirndl — Alemanha

Esse traje representa a cultura bávara, que surgiu no trabalho e virou uma roupa de festa. A palavra dirndl tem origem no termo diernen, como eram chamadas as mulheres que trabalhavam em fazendas na Baviera e na Áustria no século XIX. Os elegantes aventais da cultura alemã surgiram nessa época com roupas de cama reaproveitadas, feitas de veludo e cetim.

A forma em que o laço do avental é amarrado pode indicar o status de relacionamento. Se amarrado na frente, para o lado esquerdo, representa que a mulher é solteira. Se o nó estiver para o lado direito indica que a mulher é casada ou está comprometida. Se o nó estiver no meio, demonstra que não é da conta de ninguém. O nó também pode ser amarrado no centro, na parte de trás, o que é mais usado por viúvas, garçonetes ou crianças.

5. Qipao — China

O qipao é também conhecido como cheongsam. É um vestido chinês. Acredita-se que surgiu no século XVII e era longo, reto e com mangas largas. Além disso, a técnica de fabricação desse vestuário foi incluída no patrimônio cultural imaterial de nível urbano. Transmitiu mensagens progressivas de emancipação do corpo da mulher entre os anos 1930 e 1940. Seu uso também foi ligado a ideias mais modernas de busca por mais saúde, moda e beleza natural.

6. Traje regional — Portugal

Os bailinhos portugueses, que contam a história cultural do país através da música e da dança, também carregam uma simbologia nas roupas. Elas podem ser inúmeras em cada região de Portugal. Na Ilha da Madeira (foto), por exemplo, o traje mostra-se como grande parte da tradição: roupas de cores vivas e com peças listradas e predominância da cor vermelha, que representa a felicidade das jovens mulheres. Já as roupas em tons azuis ou verdes podem ser usadas em momentos de luto ou outras épocas tristes.

7. Sarong — Malásia e Indonésia

O sarongue ou kain, como também é conhecido na Malásia, é uma peça que pode ser usada tanto para homens quanto para mulheres. A peça também faz parte da cultura da Indonésia e sua simbologia é um pedaço de pano que se transforma em saia tubular ou saiote e é usado amarrado na cintura.

Pode-se desconhecer, mas os sarongues permitem que o ar circule pelo corpo, o que é um grande aliado em dias quentes e até mais úmidos. Para colorir a peça é utilizado o Batik que é um método milenar de decoração de tecidos.

8. Hanbok — Coreia do Sul

O hanbok é o vestido tradicional coreano. Sua cor simbolizava a posição social, idade e o estado civil. Cores brilhantes eram usadas majoritariamente por crianças e meninas. Enquanto tons suaves eram mais usados por homens e mulheres de meia-idade. A variedade de cores e tecidos mais nobres estava disponível para as classes mais altas. Já os plebeus usavam a peça em algodão em cor branca e somente em ocasiões especiais usavam tons como verde-claro, cinza, carvão e rosa pálido.

Peônias em um vestido de noiva simbolizavam honra e riqueza. Já desenhos de flores de lótus simbolizavam esperança de nobreza, e os morcegos e romãs indicavam o desejo de ter filhos. Somente a realeza e funcionários de alto escalão poderiam usar estamparias com dragões, fênix, garças e tigres. Quando surgiu há mais de um século, era usado diariamente. Na atualidade é usado apenas em ocasiões festivas ou aniversários especiais, como Ano-Novo ou casamento, por exemplo.

9. Capulana — Moçambique e Malawi

A capulana ou kapulana pode ser usada como saia, vestido ou ainda um porta-bebês. É usada em Moçambique e também em outras regiões da África, como o Malawi. Considerada uma peça de roupa completa, com cores vivas, é normalmente oferecida para presentear mulheres. Em suas origens, o branco representava a proteção dos ancestrais, enquanto o vermelho estava ligado ao espírito guerreiro.

Os desenhos mais comuns eram sol, leopardos, leões e desenhos geométricos vermelhos e brancos, além de pássaros selvagens manchados nas cores branco e preto. Estilos que dominaram a cultura moçambicana até o início da era colonial portuguesa no país. Na atualidade, as capulanas são usadas como lenço na cabeça ou aparecem no formato de blusas em diversas cores e desenhos. Os tecidos são utilizados para fazer inclusive roupa de praia.

Qual dessas vestimentas você achou mais curiosa? Você tem ligação com algum desses países ou já esteve lá e viu essas roupas de pertinho? Conte para a gente nos comentários!

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