15 Perguntas que precisamos saber as respostas antes de passarmos por uma cirurgia estética

Mulher
há 1 ano

Fazer uma cirurgia plástica por razões estéticas não é algo a ser decidido no impulso ou calor do momento. Embora tenha se tornado uma prática cada vez mais comum, quem decide fazer uma mudança em seu corpo precisa estar bem informado a respeito, porque em muitos casos é um processo irreversível que, mal executado, pode prejudicar a saúde.

Por essa razão, o Incrível.club compilou 15 perguntas cujas respostas você deve ter em mente se estiver pensando em fazer uma cirurgia estética.

1. Onde e em qual instituição se formou o médico em quem você confiará a cirurgia?

Antes de qualquer coisa, pergunte ao seu cirurgião sobre suas credenciais. Não tenha medo de questionar onde ele estudou e a quais associações ou conselhos nacionais pertence. Em geral, cada país tem uma organização que regula e certifica os profissionais. Isso não só ajuda a mantê-los atualizados em termos de avanços médicos, como a manter um alto padrão no serviço que oferecem. É possível fazer uma pesquisa sobre seu médico nos mecanismos de busca. Alguns sites, como o CREMESP — Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, têm a opção de buscar o profissional para validar suas credenciais.

2. É membro de alguma associação internacional de cirurgiões?

Além de garantir que o médico que você visita é certificado no país em que atua e procurá-lo na associação de cirurgiões plásticos nacionais, existem organizações internacionais que o ajudam a escolher alguém treinado para o trabalho. Duas das mais importantes são a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

Ambas possuem membros do mundo todo, e cada uma tem filtros de qualidade e padronização para oferecer um diretório com profissionais treinados e grande experiência na prática. Através de seus sites você pode encontrar diferentes opções para a cirurgia que deseja fazer, comparar e, assim, tomar a decisão certa.

3. Há quantos anos atua como cirurgião plástico?

Nos Estados Unidos, são necessários cerca de três anos de estudos em cirurgia geral e três anos de especialização em cirurgia estética e reconstrutiva, época em que teoria e a prática são combinadas. Além disso, a ASPS, por exemplo, pede a seus membros internacionais pelo menos três anos contínuos de experiência, o que pode dar a você uma referência ao selecionar seu médico.

4. Com que frequência ele realiza a cirurgia que você deseja fazer?

Essa questão está ligada à anterior, pois, como explicam no Conselho Americano de Cirurgia Plástica, nem todos os cirurgiões são especialistas em todas as áreas e, muitas vezes, se especializam em determinadas partes do corpo. Por esse motivo, é importante perguntar sobre a experiência na área que você deseja alterar. Inclusive, peça fotos dos trabalhos já feitos, com uma comparação entre antes e depois.

5. Existem, além da cirurgia, alternativas cosméticas para o que eu quero mudar?

Nem todos os detalhes físicos que você deseja alterar precisam passar pelo bisturi. É obrigação do seu médico explicar se existem alternativas, sejam dermatológicas (através de um medicamento) ou mesmo uma dieta. Desta forma, você pode contemplar opções menos agressivas antes de tomar uma decisão tão importante.

6. Com o passar do tempo, como a área que você deseja mudar evoluirá?

Esta é uma questão muito importante, porque, ainda que o resultado imediato lhe agrade, pode ser que em poucos anos a área que você decidiu mudar envelheça de uma forma desagradável. Isso geralmente acontece quando uma cirurgia é realizada em alguma região que ainda vai sofrer alterações, como a face, na qual é recomendado intervir após 50 procedimentos como o lifting.

7. Que tipo de materiais utiliza?

A cirurgia cosmética evoluiu e, além dos implantes de silicone clássicos, existem outros materiais e estilos, como água salina ou os conhecidos como gummy bear, por sua textura semelhante à dos ursinhos de goma. Como os especialistas explicam, cada um tem suas vantagens e desvantagens, e é por isso que você precisa conversar com seu médico sobre qual é a melhor opção para o seu corpo.

O mesmo se aplica aos preenchedores faciais, porque, além do conhecido Botox, existem outras opções que funcionam de maneiras diferentes e que você precisa analisar antes de tomar a decisão certa.

8. Quais são os riscos e possíveis complicações?

Toda cirurgia tem seus riscos e é muito importante conhecê-los bem antes de entrar na sala de operação. Entre os problemas mais comuns, mas perigosos, podem ocorrer desidratação, coagulação sanguínea, embolia gordurosa, infecções pós-operatórias ou o corpo rejeita o implante, o que o levará de volta ao hospital.

9. Que tipo de anestesia é a adequada para tal intervenção?

Nem todas as cirurgias estéticas requerem anestesia geral. Por exemplo, o lifting facial ou as pequenas lipoaspirações. No entanto, existem outros procedimentos que a exigem e é importante saber, porque cada organismo reage de maneira diferente a esta substância, o que deve ser levado em conta antes de dizer sim à intervenção.

10. Qual a chance de os resultados não serem satisfatórios?

Se você já escolheu um médico certificado que inspira confiança e demonstrou que tem experiência, as chances de algo dar errado são poucas, mas isso não significa que não haja riscos, e conhecê-los lhe ajudará a tomar uma decisão estando realmente informado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos países em desenvolvimento há uma taxa de mortalidade de 5% a 10% durante a cirurgia de qualquer tipo, na maioria das vezes por uma falha cometida pelo especialista.

11. Qual é o tempo real de recuperação?

Mesmo que o médico lhe diga que, após a cirurgia, você pode ir para casa, deve levar em conta o tempo em que poderá realizar sua rotina de maneira normal, já que muitas vezes passam várias semanas antes que o paciente consiga carregar coisas ou fazer exercícios. Além disso, é preciso saber em quanto tempo você verá os resultados, já que, por exemplo, uma lipoaspiração pode levar até seis meses para parecer 100%.

12. Como será a recuperação?

A pergunta que muitas vezes não queremos fazer: “Quanto vai doer depois?” Em suma, você deve saber o quanto vai ficar dolorido e, mais importante, como seu corpo ficará imediatamente depois e com o passar do tempo. Isso o ajudará a ter uma ideia de como serão as próximas semanas em termos de sua rotina e a localizar qualquer anomalia que precise relatar ao seu médico.

13. Quantas vezes é preciso retornar depois da cirurgia?

Uma das cirurgias que requerem mais cuidados é a dos glúteos. Para começar, você não pode sentar-se durante os primeiros dez dias e deve visitar seu médico constantemente para verificar se está tudo bem, já que é uma área que não pode monitorar. Saber quantas vezes terá que visitar o profissional após a cirurgia pode ser um bom guia para entender o grau de complexidade da operação. Além disso, lhe ajudará a calcular melhor o custo total da intervenção, o que leva à próxima pergunta.

14. Qual o custo total do procedimento?

Naturalmente, em cada país os custos são diferentes e cada médico tem sua faixa de preço, mas há algo que você deve reparar: não basta perguntar quanto ele vai cobrar, pois haverá outras pessoas colaborando, como o anestesista e as enfermeiras. Além disso, você pode ter que pagar pelo uso da sala de cirurgia, o material usado antes, durante e após e, claro, medicamentos para a recuperação. Se você incluir tudo em seu orçamento, terá uma ideia real do custo do procedimento.

15. Você está pronta ou pronto para dar este passo?

Talvez essa seja uma das questões mais importantes. Segundo a psicóloga Vanessa Nahoul, do Instituto de Pesquisas em Psicologia Clínica e Social, a pessoa precisa ter certeza de sua decisão, pois, caso contrário, é provável que fique insatisfeita com o resultado. “Quando se trata de um defeito imaginário ou, melhor, de uma necessidade psicológica, as chances de a pessoa sair da cirurgia e não ficar satisfeita são muito altas. Estes pacientes são aqueles que se tornam, compulsivamente, buscadores de defeitos”.

Você faria uma cirurgia plástica? Conte para a gente!

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