Meryl Streep, uma mulher que nunca colocou a carreira acima do amor e ainda conseguiu um sucesso incrível

Famosos
há 2 anos

Meryl Streep possui todos os recordes de números de indicações para o Oscar. São nada menos que 20. Além disso, é uma mãe dedicada e uma esposa afetuosa, que está casada com o seu marido há mais de 40 anos. Essa fantástica atriz possui uma biografia impecável e uma carreira que vem agradando os fãs há quase meio século.

Nós, do Incrível.club, sempre soubemos que Meryl Streep é uma atriz excelente. O que não conhecíamos eram outras histórias de sua vida que fizeram com que nos tornássemos ainda mais fãs. Confira só!

Menina talentosa

Mary Louise Streep, ou Meryl, como a chamavam em família, nasceu em 1949 na cidade de Nova Jersey, EUA. Seu pai era gerente de uma empresa farmacêutica e a mãe, artista. Aliás, Meryl tem ascendência suíça, irlandesa e alemã.

Foi a mãe, Mary Wilkinson Streep, que incentivou, nela, o amor pela arte e sempre apoiou os esforços criativos da menina, estimulando a autoconfiança desde muito jovem. Ela dizia algo como: “Meryl, você é capaz de fazer qualquer coisa. Você é maravilhosa. Pode fazer o que quiser se não tiver preguiça”. E, mesmo que, na infância, a futura estrela tenha sido bastante fechada e tímida, acreditou em si mesma graças às lições da mãe.

Meryl foi líder de torcida no ensino médio, 1966

Depois de se formar no ensino médio, a futura profissão de Meryl já havia sido determinada. Ela era capaz de interpretar perfeitamente seus colegas de escola e professores; por isso, escolheu a carreira de atriz sem pensar duas vezes. Streep se formou com excelência no curso de “drama”, e depois ganhou uma bolsa e completou mestrado em artes na famosa Universidade de Yale. Durante seus estudos, atuava em um teatro amador e fazia vários personagens, como jovens bonitas, mulheres idosas e muitos outros. Pouco depois disso, a jovem, até então, chamada de Mary (seu nome de batismo), decidiu adotar o nome artístico de Meryl e foi conquistar a Broadway.

O primeiro papel no cinema e a indicação ao Oscar

Quando Meryl se mudou para Nova Iorque, vários diretores de teatro logo a notaram; a atriz mergulhava de cabeça em cada papel que interpretava. Ela não apenas memorizava as falas, mas mudava completamente seu estilo, maneira de andar e expressões faciais. Literalmente “entrava” nos personagens. Streep fez papéis principais em peças clássicas e contemporâneas, sendo aplaudida de pé e recebendo críticas positivas.

A jovem também sonhava com uma carreira no cinema, mas entrar nesse mundo era muito difícil. Ela teve de aceitar alguns papéis secundários, muitas vezes excluídos dos filmes durante a edição final. Em 1975, participou de um teste para a personagem principal no filme “King Kong”. O produtor do projeto, falando sobre Meryl, disse em italiano: “Ela é tão feia. Por que você a trouxe pra cá?” Mas como a atriz falava italiano, respondeu: “Sinto muito que decepcionei você”.

Ela só apareceria na telona dois anos depois, em um papel sem destaque no filme “Julia”. A partir desse momento, a carreira da futura estrela começou a dar certo. Aos 28 anos, atuou no drama de guerra “O Franco Atirador” (The Deer Hunter) junto com Robert De Niro e Christopher Walken. O filme ganhou 5 Oscars, e Meryl foi indicada pela primeira vez, como Melhor Atriz Coadjuvante. “Streep é a melhor atriz de todos os tempos. Para sempre”, — foi o comentário que recebeu dos críticos na época. Porém, ficou sem a estatueta.

No mesmo ano, a moça conseguiu um papel na minissérie “Holocausto” (Holocaust), na qual interpretou uma alemã que se casou com um artista judeu. Por esse trabalho, recebeu seu primeiro prêmio Emmy como Melhor Atriz em Minissérie. Um ano depois, fez “Jill” em um filme de comédia de Woody Allen chamado “Manhattan”. Já era 1979.

Depois, teve papéis no drama político “The Seduction of Joe Tynan” e em “Kramer versus Kramer”, no qual atuou com Dustin Hoffman.

Pelo papel de Joanna Kramer, conquistou seu primeiro Oscar, como melhor atriz coadjuvante.

Como perder e encontrar o amor verdadeiro em um ano

Assim que a sua carreia começou a decolar, Meryl conheceu o ator John Cazale. Eles atuaram juntos em uma peça e logo descobriram que havia algo mais que um trabalho em comum. O público conhecia John pelo papel de um dos filhos de Don Corleone no clássico “O Poderoso Chefão” (The Godfather). Muitos acharam estranha a relação do pouco famoso e tímido ator de 40 anos com a então jovem atriz com um futuro claramente promissor. Mas o amor era verdadeiro.

John havia sido o responsável por trazer Meryl ao cinema, convencendo-a a fazer um teste para o filme “Julia” (ainda em 1977). Além disso, depois de um tempo, Streep confessou que concordou em atuar no filme de sucesso “O Franco Atirador” (The Deer Hunter) só por causa da participação de Cazale. O ator, no entanto, não viveria para ver a explosão de sucesso da namorada. Ele morreu de câncer em 1978, aos 42 anos, logo após terminar as filmagens do longa.

Também foi John quem convenceu sua amada a atuar na minissérie “Holocausto”, na Áustria. Ele simplesmente não podia permitir que a jovem atriz se tornasse sua enfermeira, cuidando do câncer, àquela altura, já bastante avançado. Mas quando a moça descobriu que John estava piorando, tratou de retornar aos EUA e passou o resto do tempo com seu amado no hospital. John Cazale morreu nos braços de Meryl. Naquele momento, ela disse para si mesma que nunca colocaria a carreira acima de sua família e entes queridos.

Meryl foi completamente devastada pela morte do namorado, mas o destino, às vezes, é imprevisível. Apenas seis meses após a morte de Cazale, surgiu, na vida da atriz, o escultor Don Grummer, um homem que era amigo de seu irmão. Naquela época, a moça estava em uma situação difícil. Depois da morte de John, ela não tinha lugar para morar e o artista ofereceu-lhe seu apartamento. Afinal, ele vivia viajando pelo mundo. Ela aceitou. Meryl e Grummer começaram a escrever um a outro, o que os aproximou tanto que logo as cartas se transformaram em um romance. Quando o escultor voltou aos Estados Unidos, eles já não tinham dúvidas de que haviam nascido um para o outro. Don pediu Meryl em casamento, e no outono de 1978, eles subiram ao altar.

Meryl e Don estão juntos há nada menos que 41 anos. Durante esse tempo, eles criaram 4 filhos: Henry, Mary, Grace e Louise.

Na cerimônia do Oscar de 2012, Meryl Streep começou o seu discurso assim: “Primeiro, eu quero agradecer ao meu marido. Porque quando você vai agradecer ao seu marido no final do discurso, a música atrapalha as palavras. E meu marido não merece isso. Eu quero que ele saiba que tudo que eu tenho na minha vida de precioso, devo a ele”.

Meryl para sempre

Aos 33 anos, Streep conquistou outro Oscar, desta vez pelo filme de drama “A Escolha de Sophia” (Sophie’s Choice), mas como Melhor Atriz. Ela se tornou, então, uma das profissionais mais requisitadas de Hollywood.

Após mais essa conquista, Meryl engatou uma sequência de grandes trabalhos, nos quais explorou todo seu talento, como na comédia “Ela é o Diabo” (She-Devil), no drama “As Pontes de Madison” (The Bridges of Madison County) e no suspense “O Rio Selvagem” (The River Wild).

Apesar do seu sucesso, àquela altura, Meryl parecia temerosa em relação ao futuro da própria carreira. Ela dizia que, a cada ano em Hollywood apareciam novas atrizes talentosas. “Eu estava com medo de que depois dos 40 anos, não conseguisse nenhum papel”, ​​disse, em entrevista à revista Woman’s Weekly.

Mas os temores não se justificavam. A cada ano, a atriz atuava em filmes mais brilhantes, como o drama “As horas” (The Hours) e a minissérie “Angels in America”, na qual interpretou quatro papéis diferentes ao mesmo tempo: uma mãe carinhosa, uma espiã, um rabino e um anjo. Logo depois, se tornou a mulher mais jovem da história a receber o Prêmio por Conquistas da Vida do Instituto Americano de Cinema (AFI na sigla em inglês).

E o reconhecimento foi muito além das fronteiras americanas. Em 2004, Meryl recebeu o prêmio russo “Acredito. Konstantin Stanislavsky”, que lhe foi entregue pelo trineto do genial ator e diretor russo.

Em 2006, Meryl conquistaria a atenção do mundo mais uma vez, com o genial “O Diabo veste Prada” (The Devil Wears Prada), no qual interpretou uma empresária poderosa inspirada na editora Anna Wintour, da revista Vogue dos Estados Unidos. O filme se tornou a segunda maior bilheteria da carreira da atriz. O primeiro é do musical “Mamma Mia!”. Para Meryl, que adorava cantar e sempre foi fã do grupo sueco ABBA (cuja canção inspirou Mamma Mia!), o papel no longa foi um presente.

O seu terceiro Oscar foi conquistado pela interpretação brilhante da primeira-ministra britânica Margaret Thatcher no filme “A Dama de Ferro” (The Iron Lady). Com ele, Meryl se tornou a única atriz viva com três estatuetas.

Hoje, Streep que tem 70 anos e ainda é muito requisitada em Hollywood. Muitos a consideram uma das melhores atrizes do nosso tempo. Recentemente chegou ao fim a segunda temporada da minissérie “Big Little Lies”, na qual fez um dos papéis principais.

“Uma vez, me disseram que o segredo da vida é aproveitar cada momento. E é isso que eu faço: estou feliz por estar vivendo aqui, fazendo o que amo, atuando em filmes”, disse Meryl certa vez, de maneira modesta.

Você concorda que Meryl Streep é uma das melhores atrizes do nosso tempo? Qual é o melhor trabalho de sua carreira?

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