Por que os bombeiros de Brumadinho merecem o prêmio Nobel da Paz

Gente
há 1 ano

O rompimento de uma barragem da Vale, no dia 25 de janeiro em Brumadinho (MG) foi um dos maiores desastres ambientais da história brasileira. O número de mortos contabilizado até agora, em meados de março, chega a 206 — e 102 pessoas continuam desaparecidas.

E, se há algo de positivo nessa história de dor e sofrimento é a demonstração de coragem, amor e autruísmo dos bombeiros, que, desde então, vêm trabalhando incansavelmente na busca pelos desaparecidos, muitas vezes dormindo poucas horas (especialmente nos primeiros dias) e correndo riscos ao entrar em locais em que poderiam, eles mesmos, ser engolidos pela lama.

Por conta desse trabalho incrível, o jornalista Juan Arias, do jornal El País, sugeriu que os bombeiros fossem indicados para o Prêmio Nobel da Paz. Seria a primeira vez que o Brasil ganharia esse prêmio, o mais famoso do mundo.

No Incrivel.club você vai entender um pouco sobre a relevância desses heróis.

Juan Arias é espanhol. Ex-seminarista, ele já foi correspondente de jornais espanhóis no Vaticano e é autor de mais de uma dezena de livros. Hoje colunista do El País — principal jornal da Espanha, mas possui uma edição em português -, Arias vive no Brasil desde 1999 e publicou um artigo sobre os bombeiros dia 4 de fevereiro.

O jornalista lembrou, em seu artigo que, como mencionamos, caso a indicação seja aceita, esse será o primeiro Nobel do Brasil — independentemente da categoria. Ele lembrou, ainda, que outros países latinoamericanos, como a Argentina, o México, e até a Guatemala já conquistaram o prêmio Nobel.

prêmio, que é concedido por instituições suecas e norueguesas, é um reconhecimento para instituições ou pessoas que contribuíram de alguma forma para o mundo naquele ano. Criado pelo sueco Alfred Nobel, o prêmio teve sua primeira edição em 1901.

Juan Arias afirma que vê, nesses bombeiros quase anônimos, uma coragem que é característica dos heróis, que se doam para salvar vidas desconhecidos e não apenas pelo dever da profissão, mas pelo amor à vida.

Em entrevista, o porta-voz do corpo de bombeiros, tenente Pedro Aihara (provavelmente o rosto mais conhecido dos Bombeiros nessa tragédia), ilustrou um pouco do sentimento de sua equipe: “Podem estar certos de que estamos trabalhando como se essas pessoas fossem nossas mães e nossos pais”. Não muito tempo depois, lembrou Arias, uma mulher publicou nas redes sociais um post elogiando Aihara e dizendo que sentia, por ele “o mesmo orgulho de que se fosse meu filho”.

“Foram eles, anônimos, mal pagos, que não hesitaram em colocar as próprias vidas em perigo para salvar a de outros. Foram eles que nos ofereceram um pouco de oxigênio quando começávamos a desconfiar de tudo e de todos”.

Gostou da ideia de indicação para os bombeiros?

Você acredita que é possível recompensar os bombeiros de outra maneira? Conte pra nós.

Imagem de capa maispolitica/instagram

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