Esta americana, pela eterna juventude, tornou-se a primeira pessoa geneticamente modificada

Histórias
há 1 ano

Mais de uma vez, as invenções dos autores de ficção científica tornaram-se realidade graças aos cientistas. O telefone, o submarino, os mísseis e muitas outras coisas. E mais de uma vez, uma ideia de romances fantásticos encontrou uma base real: desta vez, no campo da engenharia genética. É possível que a mítica “fonte da eterna juventude” já tenha sido encontrada e seja mérito dos geneticistas. Afinal, embora os mecanismos precisos do envelhecimento não sejam conhecidos, foi demonstrado que os processos de enrugamento da pele dependem diretamente do estado dos telômeros, seções finais dos cromossomos que, quanto mais longos, mais tempo permitem que uma pessoa viva.

Elizabeth Parrish, diretora da BioViva USA Inc., afirma que sua equipe desenvolveu um novo método que permite aumentar o comprimento dos telômeros de maneira rápida, eficiente e segura. O Incrível.club é a favor deste tipo de novas descobertas científicas e é por isso que queremos compartilhar com você este novo avanço no campo da terapia genética.

Em 2016, Elizabeth Parrish, de 45 anos, diretora da BioViva USA Inc., disse que passou com sucesso em um curso de terapia genética contra o envelhecimento. Consistia em eliminar dois efeitos principais do processo de envelhecimento: encurtamento dos telômeros e perda de massa muscular.

Os telômeros são zonas dos cromossomos responsáveis ​​pelo número de divisões celulares antes de sua destruição. Embora o comprimento dos telômeros em cada indivíduo seja particular, uma pessoa nasce com o comprimento dos telômeros de 15-20 mil pares de nucleotídeos e morre com um comprimento entre 5-7 mil. Seu comprimento diminui gradualmente devido a um processo chamado limite de Hayflick: é o número de divisões das células que equivale, mais ou menos, a 50. Depois disso, o processo de envelhecimento começa nas células. Durante os estudos, descobriu-se que o DNA pode ser recuperado graças à enzima telomerase, que, interagindo com os telômeros, “retorna” ao seu comprimento original.

O processo de recuperação de telômeros, atualmente, é ativado por um RNA modificado que transporta o gene da transcriptase reversa da telomerase (TERT). Depois que o RNA é introduzido no telômero, a atividade da telomerase aumenta por 1-2 dias. Durante esse tempo, ele alonga ativamente os telômeros e depois se desintegra. As células resultantes se comportam de maneira semelhante às “jovens” e se dividem muitas vezes mais intensamente do que as do grupo-controle.

Graças a esse método, foi possível estender os telômeros em mais de 1.000 nucleotídeos, o que equivale aproximadamente a vários anos da vida humana. Este processo é seguro para a saúde e não leva a modificações e mutações desnecessárias das células, uma vez que o sistema imunológico não tem tempo para reagir ao RNA introduzido no corpo.

O laboratório de SpectraCell confirmou que o sucesso desta terapia é possível. Em 2015, antes do seu início, foram realizados exames de sangue em Elizabeth: o comprimento dos telômeros dos leucócitos foi de 6,71 mil pares de nucleotídeos. Em 2016, após o término da terapia, novamente, uma amostra de sangue Parrish foi levada para análise: o comprimento dos telômeros de leucócitos aumentou para 7,33 mil pares. E isso significa que os leucócitos do sangue dessa pessoa submetidos ao teste “rejuvenesceram” aproximadamente 10 anos. A terapia foi realizada na Colômbia, uma vez que nos Estados Unidos tais experimentos são proibidos.

Os resultados deste estudo foram confirmados por duas organizações independentes: a organização belga sem fins lucrativos HEALES (Healthy Life Extension Company) e a Fundação Britânica de Pesquisa em Biogerontologia (Biogerontology Research Foundation). Os resultados ainda não foram avaliados por especialistas.

O segundo objetivo da terapia foi tentar suprimir a produção da proteína miostatina: ela inibe o crescimento e a diferenciação do tecido muscular. É formada nos músculos e depois liberada no sangue. Nos humanos, a miostatina é codificada no gene MSTN. Estudos em animais já demonstraram que o bloqueio da função da miostatina leva a um aumento significativo na massa corporal magra com quase completa ausência de tecido adiposo.

Sobre isso, a mesma Elizabeth acredita: “O tratamento atual de ’alongamento’ dos telômeros, por enquanto, apenas propõe mudar o estilo de vida do paciente: abandonar a carne, praticar esportes e evitar situações de estresse. Mas isto é ineficaz. No entanto, os avanços na biotecnologia se tornaram a melhor solução e se os resultados do experimento realizado em mim forem confirmados, nós fizemos um grande avanço para a ciência”.

Essa terapia ajudará a realizar novos experimentos no estudo de novos medicamentos, modelando
as doenças de maneira mais rápida e eficiente e, no futuro, ela também poderá ser usada para prolongar a vida.

Talvez Elizabeth Parrish tenha se tornado uma pioneira no campo da terapia genética associada à luta contra o envelhecimento, e mais ainda, este pode ser o primeiro passo para a imortalidade. E você, o que acha? Estamos perto de um avanço científico ou é um movimento “para inglês ver” em grande escala? Deixe sua opinião nos comentários abaixo.

Imagem de capa ParrishLiz / twitter

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