Espécie de tartaruga é salva da extinção em templo indiano e volta à natureza 17 anos depois de ter sido declarada extinta

Animais
há 4 anos

De acordo com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) em uma pesquisa avaliativa realizada em 2014, 318 espécies da fauna brasileira estão criticamente em perigo e correm risco de extinção. E não há dúvidas de como a degradação ambiental, a poluição (tanto terrestre quanto marinha), as mudanças naturais, e alguns outros fatores resultantes das ações humanas contribuem para o perigo do desaparecimento dessas espécies no planeta.

Da mesma forma, a espécie de tartaruga Bostami, em decorrência da perda de habitat e pela ação predatória do homem utilizando-a excessivamente como fonte de alimento, foi declarada extinta pela comunidade científica há 17 anos, e teria desaparecido do planeta, caso algumas não tivessem sido preservadas secretamente pelos guardiões de um templo Hindu na Índia.

Hoje, o Incrível.club traz as informações por trás dessa notícia, que é capaz de nos fazer refletir sobre como o respeito do ser humano pelos animais pode, além de salvá-los, contribuir para a preservação do ecossistema do nosso planeta.

A exploração excessiva fez com que elas fossem declaradas extintas

Em 2002, a União Internacional para a Conservação da Natureza declarou a tartaruga preta Softshell ou Bostami (uma das espécies de água doce que pode ser encontrada na Índia ou em Bangladesh) extinta da natureza. O estado de Assam, portanto, já foi o lugar com a maior concentração dos répteis, mas a exploração excessiva extinguiu rápida e massivamente seu bando.

Mas graças à fé elas foram preservadas

Porém, felizmente, os guardiões do templo indiano chamado Hayagriva Madhava, há tempos, proporcionaram de forma secreta, um refúgio calmo e seguro para as tartarugas, evitando o seu desaparecimento por completo do planeta.

Para eles, a tartaruga é a reencarnação do Deus Hindu Vishnu, e por isso prezam de forma veemente pelo zelo e pela proteção do animal — que já foi inclusive, um alimento local popular. O zelador da lagoa do templo, Pranab Malakar, conta que costumava cuidar dos bichos, pois gostava deles. Hoje, o cuidado virou uma responsabilidade; no templo todos respeitam as tartarugas, e ninguém seria capaz de prejudicá-las, pois convivem com elas desde que são crianças.

Essa novidade trouxe a esperança de que é possível lutar pela preservação da espécie

A notícia veio à luz após uma parceria entre as autoridades do templo e o grupo conservacionista Good Earth, que se uniram em um programa com o fim de reintroduzir a espécie na natureza. Em janeiro deste ano, os frutos da organização entre as duas entidades foram colhidos quando 35 filhotes de tartaruga foram soltos em um santuário de vida selvagem local — sendo 16 deles criados no templo.

“A população de tartaruga em Assam diminuiu em grande escala nos últimos anos. Então, pensamos que precisávamos intervir e fazer algo para salvar a espécie da extinção.” disse Jayaditya Purkayastha, do Good Earth à AFP.

Para ajudar, o zelador recolhe os ovos postos pelo bando nas margens arenosas do rio em Madhava, e os põe em uma incubadora. Antes de serem reintroduzidas à natureza, a estimativa era de que cerca de 40 tartarugas eram criadas no local.

Elas agora não precisam mais se preocupar em caçar alimentos... os visitantes do local se encarregam disso

O projeto foi tão bem sucedido, que os integrantes do Good Earth localizaram mais 18 rios na área para funcionar como habitats naturais propícios a receber iniciativas similares, de forma a expandir a permanência das tartarugas na natureza.

Além do mais, com a constância de visitantes ao lugar, que chegam às centenas, os animais acabam sendo alimentados com diversas coisas, que eles claramente gostam, como pães e outras comidas. “Esse ato acabou provocando algumas mudanças biológicas entre as tartarugas na lagoa. Elas, que antes caçavam por comida, agora parecem ter perdido essa tendência natural”, disse Purkayastha, um dos responsáveis pelo plano ter saído do papel e estar dando bons resultados.

A conscientização é a premissa básica para ajudar os animais. De que forma essa história o inspirou? Quais hábitos você mantém que podem contribuir para combater a extinção dos bichos? Conte para nós na seção de comentários!

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