De lavador de carros a ídolo em seu país. A incrível história de superação de um goleiro

Gente
há 1 ano

A história de vida do goleiro do Irã, Alireza Beiranvand, não é muito diferente da de tantos jogadores de futebol pelo mundo afora, que tiveram uma infância pobre, mas, com muito esforço e dedicação, conseguiram melhorar de vida. Para chegar lá, Alireza viveu nas ruas, ganhando algum dinheiro lavando carros.

O Inrível.club apresenta mais uma bela e inspiradora história de superação.

Alireza nasceu em uma família simples de nômades e passou boa parte da infância pastoreando ovelhas para ajudar a família. Durante as horas de folga, jogava futebol com outros meninos. Também brincava de ’dal paran’, um jogo comum entre as crianças iranianas que consiste em arremessar pedras. Mal sabia ele que a prática desse ’esporte’ acabaria sendo útil para desenvolver suas futuras habilidades de goleiro.

O pequeno Alireza era um apaixonado por futebol, sobretudo por jogar no gol. Mas seu pai não via com bons olhos essa paixão e chegou, inclusive, a rasgar seu uniforme e suas luvas.

Mas ele insistiu no sonho. E, quando cresceu um pouco, conseguiu algum dinheiro emprestado com a família e se mudou para Teerã, capital do País, para tentar a vida no futebol.

Como diz um velho ditado, a sorte sorri para quem trabalha duro. E o jovem goleiro teve sua primeira oportunidade na equipe Vahdat, graças ao técnico Hossein Feiz, que viu nele um talento a ser lapidado. Vivendo na capital iraniana sem muitos recursos, Alireza chegou a dormir na rua.

Naqueles tempos difíceis, ele aceitava qualquer emprego digno para sobreviver enquanto corria atrás do sonho. Trabalhou em uma fábrica de tecidos, num lava-rápido, numa pizzaria e como auxiliar de limpeza. Como é de se imaginar, foram tempos difíceis e, quando não estava trabalhando em algum bico, Alireza se dedicava aos treinamentos. Ele sabia que não aguentaria essa vida por muito tempo e pensou em desistir do sonho.

Mas o trabalho duro foi recompensado. Logo, o goleiro foi chamado para o “Naft Teherán Football Club”, uma equipe mais respeitada do país, e pôde mostrar todo o seu talento. A técnica de arremessar pedras, treinada durante os anos como pastor, acabou servindo de base para suas incríveis reposições de bola.

As grandes atuações renderam convites para as seleções sub-20, depois sub-22 e, por fim, em 2015, para o time principal do Irã. E suas estatísticas à frente do gol iraniano são respeitáveis. Ele passou 12 dos 13 jogos das eliminatórias para o mundial sem tomar um gol sequer. E na fase de grupos da Copa, quando a equipe foi eliminada, tomou apenas dois gols, sendo um de Portugal e
um da Espanha.

Na última partida da fase de grupos, justamente contra Portugal, num jogo darmático e que quase rendeu a classificação ao Irã, Alireza entrou para a história do futebol de seu país. Ele teve a frieza de, em um dos momentos mais críticos da partida, defender um pênalti cobrado por ninguém menos que Cristiano Ronaldo.

Era uma vez um menino pastor que, contra a vontade da família, resolveu correr atrás de seus sonhos. Ele largou tudo, foi viver na capital de seu país e trabalhou duro. Mas sua dedicação foi recompensada. A história de Alireza mostra como é importante não desistir.

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