14+ Atitudes de consumidores que deixam os vendedores furiosos

Gente
há 3 anos

Trabalhar com comércio é um verdadeiro teste de resistência. Vendedores precisam lidar com pessoas diferentes diariamente e tolerar algumas atitudes, por vezes, estranhas e indelicadas. Clientes ideais também existem, é claro, mas a maioria deve estar em algum universo paralelo.

Nós, do Incrível.club, descobrimos quais as atitudes dos consumidores que mais deixam os vendedores “arrancando os cabelos”. No final do post, preparamos um bônus: algumas histórias que provam que essa profissão também tem seu lado engraçado. Acompanhe!

1. Exigem desconto, mas não o usam

Nos dias de hoje, comprar qualquer coisa sem usar algum tipo de desconto já é visto como uma escolha irracional. Não importa o quão adequado seja o preço da mercadoria, os consumidores sempre querem pagar mais barato ou, se possível, levar de graça.

  • Na loja de materiais de construção onde trabalho, oferecemos um desconto de 7% mediante apresentação de comprovação da aposentadoria. Certa vez tive o seguinte diálogo. Eu: “Deu 1,50 reais, senhor”. Homem: “Ah, eu sou aposentado”. Ele parecia ser jovem, então pedi o documento. O homem foi até o carro, pegou a comprovação e voltou. Eu disse: “Tudo bem, deu 1,40”. Ele colocou duas moedas de um real no balcão e saiu andando. “Senhor, espere. E o seu troco?”, perguntei. Ele começou a rir de longe e respondeu: “Ah, que besteira, pode ficar para você”. © DonDigidonov / Pikabu
  • Trabalho em uma pequena loja de eletrodomésticos. Uma senhora entrou e estava interessada no fogão mais básico. Perguntou se a entrega seria gratuita para aposentados. Respondi que não. Ela, então, começou a dizer que uma outra loja maior fazia entrega de graça e ainda oferecia 3% de desconto para aposentados. Liguei para confirmar qual seria o valor total e descobri que, mesmo com a entrega, a mesma mercadoria sairia mais barata na nossa loja. Avisei a ela. Se você acha que ela mudou de ideia e comprou conosco, ledo engano, tudo porque “nós não respeitamos os mais velhos e queremos apenas lucrar com eles; e a outra loja entrega os produtos de graça”. Pegar uma calculadora para saber o preço final não seria uma boa ideia? Não, claro que não! Eles disseram as palavras mágicas: “de graça”. © vmikey26 / Pikabu

2. Acreditam que o cliente tem sempre razão

A famosa frase “O cliente tem sempre razão” foi inventada em 1909 por Harry Gordon Selfridge — fundador de uma loja de departamentos em Londres. Até hoje é um dos lemas de muitas empresas, que estão dispostas a acatar qualquer capricho dos seus clientes. Isso tanto lojas, como supermercados. Consumidores, no entanto, abusam desse mantra e fazem reinvindicações sem fundamentos para conseguir o que desejam. E os vendedores, por sua vez, são forçados a tolerar comportamentos desrespeitosos, caso contrário, correm o risco de perder o emprego.

  • Sou responsável pelo departamento de frutaslegumes. Um cliente aparentemente comum apareceu no outro dia e pediu: “Gostaria de um quilo de tomates e pepinos”. Nenhum problema. Coloquei os tomates na sacola e notei que o homem não parecia estar muito feliz: “O que está fazendo?”, perguntou. Em um primeiro momento, fiquei confuso: imaginei que poderia ter colocado algum tomate ruim por acidente, mas todos estavam perfeitos. Foi então que ele soltou: “Você está colocando com a parte verde do cabinho só para dar mais caro. Pode tirar isso primeiro e depois pese”. Não lidei bem com a situação e me recusei de servi-lo. Ele prometeu voltar para me “dar uma lição”. Aqui está a foto dos tomates. © radj013 / Pikabu

  • Trabalhava em um petshop. Uma vez recebi um cliente, que não queria pagar alguns centavos a mais por um saco de plástico extra e pediu para colocar as duas espécies diferentes de peixes juntas. Expliquei que não era uma boa ideia, pois um poderia comer o outro. Ignorou. Enquanto esperava na fila para pagar, o homem decidiu olhar para os novos peixinhos. Eu havia colocado um peixe dourado e outro azul, mas, antes que o cliente pudesse reagir, o dourado já comia o azul. “Pare com isso”, gritava o homem. Ele não parou. Por fim, o cliente levou um peixe, mas pagou por dois. © Sepulka77 / Pikabu
  • Trabalho com venda de baterias. Certa vez um cliente pediu para receber um desconto e estava quase implorando de joelhos: “Por favor, meu salário não é alto”, dizia. E ainda pediu para eu ajudá-lo a levar as compras até o carro dele, pois ele tinha problemas na coluna. Na época, eu ainda era muito inocente e aceitei. Levei as sacolas até o veículo dele — um Porsche Cayenne Turbo S... © “Палата № 6” / Vk

3. Atrapalham o processo de trabalho

Quando o atendente do caixa se prepara para começar o expediente, ele precisa recalcular o dinheiro, mas muitas vezes os clientes decidem fazer perguntas e atrapalham o processo. Além de atender no caixa, as responsabilidades do funcionário podem incluir fazer a disposição das mercadorias, verificar o posicionamento dos preços aos seus respectivos produtos, prestar consultas, realizar o inventário. Por isso, não é uma boa ideia distraí-lo com bate-papo.

  • Outros caixas estavam abertos, e eu precisava contar as moedas do meu. Eram muitas. Coloquei um aviso dizendo que o meu caixa não estava disponível. Mesmo assim, um cliente se aproximou e perguntou: “Perdão, não está funcionando?” Com essa distração, perdi a conta e precisei começar tudo do zero. © Анна Ерилина / “Яндекс.Дзен”
  • Trabalhávamos no sábado, e quatro caixas estavam abertos. Uma mulher, então, se aproximou e ficou parada ao meu lado, olhando para os produtos na cesta. Ela parecia estar indecisa: tirava as tintas, colocava os pincéis, pegava uns brinquedos de criança. Comecei a passar as mercadorias dela. Foram umas 20 unidades. Me pediu para dizer o preço de cada item separadamente. Tudo bem, escaneei todos. Anunciei o total da compra, e aí começou: “Menina, pode cancelar, não vou comprar. Só queria saber o preço mesmo”. Respirei fundo. Temos aparelhos espalhados pela loja inteira para os clientes verificarem os preços por conta própria se não os encontrarem nas etiquetas. Tive de pedir para minha supervisora cancelar produto por produto enquanto havia uma fila enorme esperando. © masato / Pikabu
  • “Há pouco tempo comprei umas sandálias com vocês, onde ficam mesmo?” — “Não vendemos sandálias, senhora”. — “Lembro bem que comprei aqui” — “Não é possível, nunca vendemos nenhuma sandália nesta loja”. — “Menina, tinha sim! Quando vão trazer mais?” Ou ainda assim: “Comprei uns sapatos, mas gostaria de fazer a devolução”. — “Não vendemos sapatos”. — “Como assim? Vendem sim, aqui a nota fiscal!” — “Senhora, na nota tem o nome de outra loja, que fica no final do corredor”. A mulher ficou histérica dizendo que não queríamos aceitar a devolução e apenas roubar o dinheiro dela. Por sorte, o segurança se dispôs a levá-la ao local correto. © NataLu13 / Pikabu

4. Não usam os sacos de plástico da forma correta

Algumas pessoas optam por usar sacos pequenos de plástico para escolher grãos nos mercados. Por vezes, no entanto, colocam uma quantidade muito grande do produto e não pegam sacos adicionais para dar maior suporte. O que acontece? O saco rasga e tudo cai no chão, mas alguém precisa pagar por isso — o cliente ou o funcionário. Além disso, é preciso limpar o local, o que atrasa todo o processo de atendimento.

  • Muitos clientes pegam produtos por quilo — açúcar, farinha, grãos — e os colocam em apenas um saco de plástico. No caixa, posso acidentalmente rasgá-los com as unhas e, pronto, temos um grande problema. Outros clientes, ainda, empacotam todos os produtos separadamente, incluindo os que não precisam ser empacotados, como pastas de dente, leite, ovos — o que também não é nada conveniente. É um tira e põe só. Por quê, gente?! © LUKI / YouTube

5. Exigem as amostras grátis e os testers

Produtos para teste não são presentes para os visitantes, mas apenas uma forma de ajudar os clientes a decidir qual produto cosmético levar. São oferecidos gratuitamente a todos. No entanto, cada loja tem suas regras: geralmente, as amostras grátis são oferecidas após uma compra a partir de determinado valor; e os testers de cremes e perfumes são disponibilizados no salão antes da compra para que o consumidor possa fazer a escolha da base correta ou de qualquer outro produto.

  • Certa vez vendia os últimos perfumes da loja, pois iríamos fechar. As pessoas podiam usar os produtos de teste antes de fazer uma compra sem problemas. Uma mulher, então, escolheu diversos frascos, pagou e perguntou: “Estes frascos são seus últimos?” “Sim”, respondi. E daí ela soltou: “Ah, então vou levar os de teste também, vocês não vão precisar mais mesmo”, e começou a colocá-los na sacola. Depois pediu desculpas após eu ter explicado o porquê não daria a ela aqueles produtos de graça. © torbova / Pikabu

6. Estragam os produtos

O vendedor é responsável pelos danos materiais caso algum produto seja danificado por acidente. Ou seja, o cliente não tem o dever de pagar e o funcionário do mercado não pode forçá-lo de forma alguma. Por isso, frequentemente funcionários têm os seus salários reduzidos por conta de tais incidentes. No entanto, há uma categoria de consumidores, que causa danos ao estabelecimento de propósito.

  • Eu e minha mulher entramos na padaria para comprar pão. Havia alguns tipos diferentes na vitrine para que os próprios clientes pudessem pegar com luvas de plástico descartáveis. Minha mulher colocou as luvas e escolheu o que desejava. Enquanto esperávamos na fila, notei que uma senhora se aproximou da vitrine e começou a tocar nos pães sem luva — para saber se estavam quentes e frescos ou não. Minha esposa não aguentou e começou a discutir com ela, mas a senhora deu de ombros e foi embora. © Fvost / Pikabu

  • Fui ao mercado comprar legumes. Vi uma mulher pegando pepinos, mas não de uma forma normal: ela os quebrava ao meio. Se gostasse, colocava na cesta; se não, os colocava de volta quebrados. Minha curiosidade chegou ao limite e perguntei: “Moça, por que está fazendo isso?” A resposta me deixou no chão: “Para cheirá-los. Consigo determinar se estão bons ou não pelo cheiro”. Fiquei em choque: “Então, se não estiverem aceitáveis, você não vai pagar por eles?” Ela respondeu alguma besteira e logo foi embora. Encontrei um funcionário rapidamente e expliquei a situação. © DarkRou / Pikabu
  • Havia uma senhora no mercado escolhendo iogurte. Quando olhei para o lado, vi a seguinte cena: ela abriu o lacre, enfiou o dedo no produto e o levou à boca. Não conseguia acreditar. Logo em seguida, repetiu o processo com o dedo já lambido. Aparentemente, ela não devia ter gostado, pois fechou cuidadosamente o lacre e colocou o produto de volta na prateleira. Minhas emoções estavam à flor da pele e resolvi abordá-la: “Senhora, me desculpe, mas por que você colocou o iogurte de volta no lugar? Você o abriu”. Ela me olhou de cima a baixo e retrucou: “Não é gostoso, filho, não recomendo”, e saiu andando. Precisei insistir: “Senhora! E daí que você não gostou do sabor?! Você enfiou o seu dedo no produto!” Ela ficou surpresa e soltou: “Ué! E qual outra forma de saber se vou gostar ou não?” Agora tento evitar comprar qualquer coisa que não esteja hermeticamente selada. © Zod4iy / Pikabu

7. Culpam os funcionários por qualquer coisa

Muitas pessoas se queixam para os atendentes do caixa sobre vários assuntos que nem sempre dizem respeito ao trabalho deles. Por exemplo, quando o preço na etiqueta não corresponde ao valor cobrado no caixa: clientes voltam furiosos “esfregando” a nota fiscal na cara dos funcionários. Ou, também, quando dizem para um atendente ir limpar o chão, que está sujo. Cada funcionário tem suas responsabilidades, mas não são encarregados de resolver absolutamente tudo.

  • Trabalho em uma loja de pisos. Um consumidor encomendou um revestimento, que demorou cerca de dois meses para ficar pronto. Ao fim do processo, o cliente não atendia o telefone e não apareceu na loja. Após alguns meses, ele finalmente deu às caras, mas com uma reclamação e um pedido estranho. Descobrimos que ele comprou o mesmo revestimento e a mesma cola, que havíamos planejado para ele, em um de nossos concorrentes. Mas, após finalizar o trabalho, ele acabou não usando dois potes de cola e perguntou se não queríamos comprá-la dele. Rejeitamos a oferta, é claro, e ele ainda se ofendeu. © Volkulak / Pikabu
  • Uma mulher comprou um conjunto de móveis para sala: mesa, cadeiras e um balcão. Por conta de uma oferta temporária, o preço com desconto saiu por R$ 20 mil. Os materiais eram de boa qualidade. Após certo tempo, realizamos mudanças em nosso arsenal, incluindo os preços de muitos produtos. A cliente, então, entrou em contato conosco e pediu — quase implorou — para ter a devolução dizendo que os móveis não combinaram com o ambiente. Nosso especialista foi à casa dela fazer a verificação e, de fato, o estado dos móveis estava praticamente impecável. Aceitamos. O preço daquele conjunto, no entanto, não estava mais com o desconto e custava o valor original de R$ 30 mil. Quando finalizamos o processo e entregamos o dinheiro à mulher, ela ficou surpresa e perguntou: “E os outros 10 mil?” Nosso representante não entendeu: “Como assim, senhora?” Ela agiu como se nada tivesse acontecido: “O preço no site de vocês está diferente, então precisam me dar o valor indicado”. Acho que dá para entender o que respondemos em seguida. © dade / Pikabu

8. Não usam o bastão para separar as compras

Os atendentes de caixa geralmente passam os itens na máquina automaticamente, considerando que cada cliente tome conta e separe suas compras com o bastão para não misturá-las com itens de outras pessoas na fila.

  • No trabalho, olhamos sempre para o monitor e não necessariamente para os clientes: precisamos estar concentrados. Você, consumidor, se encarrega do dinheiro e dos produtos. Nada mais. Se os produtos não forem devidamente separados, podemos passar as compras de outra pessoa por engano. E, ainda, muitos clientes sequer prestam atenção no que está sendo passado pelo caixa e depois reclamam que estamos tentando “passar a perna” neles. © LUKI / YouTube

9. Lembram que esqueceram de pegar alguma coisa depois de começarem a passar os produtos no caixa

Há uma categoria especial de cliente que irrita não só os funcionários, mas também outros clientes. São aqueles que “esqueceram de pegar alguma coisa” quando já estão pagando as compras. Em vez de entrar novamente para comprar aquilo que esqueceram, eles saem correndo em direção ao item desejado, deixando todas as outras pessoas esperando na fila. Se voltassem depois de minutos, não haveria nenhum problema, mas, geralmente, não é esse o caso.

10. Fazem perguntas retóricas

Muitos vendedores passam por obstáculos na comunicação com alguns clientes porque muitos deles nem sempre percebem a irrelevância e estranheza de suas dúvidas.

  • Acho que vou dar uns tabefes na próxima pessoa que me perguntar “Você trabalha aqui?”, quando estou de uniforme da cabeça aos pés e com um crachá com meu nome. © letsjusbe / Twitter
  • Consegui um emprego durante o verão para vender sorvetes em um shopping. Na nossa vitrine, os clientes podiam ver todos os tipos de sorvete, mas, certa vez, uma cliente se aproximou da janela e perguntou: “Vocês têm sorvete?”, enquanto podia ver toda a variedade de sorvetes logo à frente. Eu: “Sim, estão aqui, pode escolher”. Mulher: “Estão gelados?” Eu: “Bom, sim”. Ela: “Ai, então não, obrigada”. E foi embora. © PogreMuse / Pikabu
  • Cliente: “Isto custa R$ 100, mas mostra que há um desconto de 50%. Então, por quanto vai sair?” © steph_iie / Twitter
  • Vendíamos joias em uma exposição itinerante. Em cada cidade, há uma mentalidade diferente, mas certas pessoas não deixam de surpreender. Uma senhora passou um bom tempo olhando as peças e escolheu um bracelete — à frente do qual havia uma placa indicando que era a seção de semijoias. Enquanto abria a bolsa para pagar, nossa funcionária disse: “A senhora não irá se arrepender, é uma ótima semijoia!” A mulher arregalou os olhos: “SEMIJOIA?! Ah, não, achei que era pura”. Desistiu e foi embora. © “Подслушано” / Vk
  • Trabalho como vendedora. Quando perguntaram “Moça, preciso provar uns shorts, mas estou sem cueca. O que eu faço?”, não soube o que responder. © “Палата № 6” / Vk

11. Aparecem minutos antes do fechamento da loja

As lojas são obrigadas a atender todos os clientes que tenham chegado antes do fechamento. Há dois tipos de pessoas: aquelas que sabem que precisam se apressar; e aquelas que andam como se estivessem desfilando sem nenhuma pressa, mesmo que falte apenas alguns minutos para o shopping fechar. Por causa do último grupo, muitos vendedores terminam o expediente atrasados.

  • Trabalho como vendedora. Eu já fico com raiva das pessoas que aparecem 10 minutos antes da loja fechar, mas ainda mais quando não se apressam: andam calmamente procurando o que querem como se tivessem o dia inteiro pela frente. Esses clientes nem imaginam as maldições que recebem dos vendedores e como são odiados naquele momento. Todos os feitiços que algum dia já apareceram em filmes de terror são lançados durante esses desumanos 10 minutos. Nós também queremos ir para casa na hora certa. © “Подслушано” / Vk
  • Eu costumava trabalhar até o fechamento. Horário: 21h58. Horário de fechamento do shopping: 22h00. Mãe e filha entraram na loja e começaram a provar várias peças. Todas as outras lojas já estavam com as luzes apagadas. E se pelo menos tivessem levado alguma coisa... Mas não compraram nada e foram embora. Por isso, tive uma ideia: passarei a avisar os clientes que as luzes se apagam automaticamente às 22h05 — e, quando der o horário, meu dedo irá “sem querer” tocar no interruptor. © NataLu13 / Pikabu

12. São apenas indiferentes

Alguns clientes tratam os funcionários apenas como prestadores de serviços: não os olham nos olhos e sequer tentam ser educados.

  • Há uma loja de eletrodomésticos ao lado da minha casa. Certa vez foi contratado um vendedor bastante incomum: sorria o tempo inteiro e estava sempre de bom humor, além de ser muito simpático com os clientes. Eu não ligava. Pegava o meu troco quieta, apenas agradecendo no final da compra. Assim como a maioria das outras pessoas. Hoje ele não trabalha mais lá, mas lembro que a cada dia que passava ele ficava mais sério e menos sorridente. © “Подслушано” / Vk

13. Não dizem nada quando notam que o caixa deu troco a mais por engano

Às vezes o funcionário pode cometer algum erro de cálculo e dar troco a mais por acidente. Em tais situações, os clientes agem de formas diferentes: pessoas conscientes avisam e devolvem a diferença para o caixa; outras, no entanto, ignoram e levam o dinheiro para casa. A responsabilidade por essa deficiência cai nos ombros — e na carteira — do vendedor.

  • Trabalhava como caixa em um supermercado. Enquanto fazíamos o fechamento do dia, notamos que faltavam R$ 60 e algumas moedas. Recalculamos várias vezes, mas nada de encontrar o dinheiro. Meu salário nessa época era de R$ 900. O gerente não gostou da situação e disse para esperarmos alguns dias, que talvez o dinheiro aparecesse. Voltei para casa chateada e, no dia seguinte, meu gerente ligou: “Olha, achamos seus R$ 60! “Como assim?”, perguntei. Ele explicou: “Bom, você deu o troco errado para uma cliente. Na hora, ela ficou feliz por receber dinheiro a mais, mas depois disse que não conseguia dormir pensando nisso e resolveu devolver. Dei a ela uma caixa de bombom de presente”. © val2590my / Pikabu

14. Não vigiam seus filhos

Muitos pais — enquanto fazem compras — não vigiam o comportamento de seus filhos, o que é compreensível, pois estão focados em outra coisa. No entanto, por conta disso, crianças se perdem em supermercados; batem nas vitrines das lojas; abrem produtos sem permissão e, muitas vezes, atrapalham outros clientes. Os verdadeiros responsáveis por isso, contudo, são os papais e as mamães.

  • Tínhamos alguns guarda-chuvas em um canto da loja. Não sei o que passou pela cabeça daquela criança, mas o menino saiu correndo e pulou neles. Quebrou dois, mas, felizmente, não se machucou. A mãe precisou pagar pelos danos. Outra vez, quando atendia uns clientes, uma criança passou para o outro lado do balcão, derrubou o computador e o bloco de folhas da impressora. Outro caso ainda: um pai pediu ao vendedor para ficar de olho no filho dele enquanto ele escolhia uma roupa. Quando ouviu a resposta “Não sou babá”, o homem ficou bastante ofendido. © NataLu13 / Pikabu
  • Decidi comprar umas couves-de-bruxelas por quilo na seção de congelados. É uma opção rápida para solteiros. Ao meu lado, estava uma menina de uns 5 anos: ela olhou para mim, pegou uma bolinha e a colocou na boca. Continuou mexendo nas outras e — como de se esperar —engasgou. Não conseguia mais tirá-la da boca, e então começou algo que parecia uma cena de filme de comédia (ou terror). Puxava a calça do pai com olhar de desespero e, após 10 minutos, já havia uma aglomeração de pessoas em volta dela: seguranças, gerentes, clientes. Por fim, tudo se resolveu. © SuccessfulPerson / Pikabu
  • Ontem, no supermercado, estava na fila do caixa e, ao meu lado, um homem com seu filho. A criança estava bebendo um suco de caixinha. Terminou. O pai, então, pegou a embalagem vazia e disse: “Ainda precisamos pagar por isto”. O menino ficou surpreso e perguntou: “Por quê? Eu já bebi tudo”. O pai suspirou e explicou: “Filho, o que você fez se chama ‘empréstimo’”. © KaizerSoze2014 / Pikabu

Bônus № 1: demissão de cliente

Entrei em uma loja de materiais de construção para comprar algumas coisas. Vi uma mulher entrar e logo se aproximou de mim: “Pode me dizer, por favor, onde encontrar as tintas?” Depois de olhar por mais alguns segundos para mim (pela minha roupa seria difícil me confundir com um vendedor), disse: “Ah, você não trabalha aqui? É cliente também? Me desculpe”, e foi buscar um atendente. Terminei minhas compras e, quando estava na fila do caixa, escutei a última frase dela (falou olhando para mim): “Sim, perguntei a um outro funcionário, mas ele não pôde me ajudar, então vim falar com você”. Passei meus produtos e peguei o dinheiro para pagar. A menina do caixa olhou para mim e, sorrindo, disse: “Parece que você não daria um bom vendedor. Aqui está o seu dinheiro, mas saiba que foi demitido”. Sorri, peguei meu troco e, enquanto me dirigia à saída: “Posso pelo menos pegar minha carteira de trabalho?” Um dos funcionários não conseguiu segurar o riso e complementou: “Melhor falar com o gerente depois”. © 2.718 / Pikabu

Bônus № 2: conta aritmética estranha

Vendia morangos na estrada. Um carro bem chique parou, um senhor saiu do veículo e perguntou: “Quanto custa?” “R$ 10 pelo pote”, respondi. Ele retrucou: “Caro, você faz dois por R$ 20?” Ele pagou e foi embora. © metezhnik / Pikabu

Na sua opinião, as reclamações dos vendedores são compreensíveis? Comente!

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