10 Mulheres que superaram dificuldades e se tornaram inspirações para muitas de nós

Gente
há 1 ano

Ao escolher uma carreira, muitas vezes, é comum enfrentarmos alguns desafios como preconceito, pouco espaço em determinadas áreas ou dificuldade em conciliar maternidade e trabalho. A seguir, reunimos mulheres brasileiras que enfrentaram perrengues nas mais diversas profissões, mas conseguiram o sucesso e são verdadeiras inspirações por acreditar em suas próprias ideias e paixões. Confira!

1. Nathalia Arcuri

Formada em jornalismo, Nathalia Arcuri começou a carreira no SBT. Em 2009, foi contratada pela Record, destacou-se e saiu da emissora com salário de R$ 13 mil. Com três anos de empresa e após ouvir a história de sua faxineira que havia se endividado, teve a ideia de criar um reality show que ensinasse ao público como se livrar de dívidas. Ela fez a proposta ao chefe da emissora, mas ela não foi levada a sério, por não ter formação em economia.

Para ter credibilidade na área, ela estudou educação financeira e cursos de psicologia. “Eu tinha medo de sair da TV, devido ao salário, mas decidi que ia fazer com que o maior número de pessoas tivesse a liberdade financeira que eu estava experimentando”. Assim, ela criou a marca Me Poupe!, que alcançou faturamento de R$ 80 milhões em 2021.

2. Manuela Xavier

Psicóloga, doutora em psicanálise, professora, escritora e criadora de conteúdo digital, Manuela Xavier usa redes sociais, cursos e podcast para despertar a potência feminina. Ela tem mais de 400 mil seguidores na rede social e aborda temas diretamente ligados ao universo feminino. ’’Sou feliz fazendo o trabalho que faço na internet, porque é como se eu pudesse tirar as vendas dos olhos das mulheres’’, conta.

3. Djamila Ribeiro

Escritora, professora, filósofa e editora, Djamila Ribeiro se tornou uma das vozes mais atuantes no combate ao racismo e hoje ocupa um lugar na Academia Paulista de Letras, que antes pertenceu a Lygia Fagundes Telles. Ela também é colunista do jornal Folha de São Paulo. Seu livro Pequeno Manual Antirracista foi o mais vendido no Brasil, em 2020. Aos 13 anos, perdeu a avó, sua grande referência, e em poucos anos também perdeu sua mãe e, em seguida, seu pai.

Pouco tempo depois, estudou Jornalismo até engravidar, precisando abandonar a faculdade para se dedicar à família. Ao retomar os estudos, sob protesto da família, deixou a filha de 3 anos em uma escolinha de tempo integral para estudar em Guarulhos, que fica a três horas de distância de Santos, onde morava. Ainda, se graduou em Filosofia pela Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com mestrado em Filosofia Política. Ao lado de Margareth Menezes, Djamila foi nomeada embaixadora do filme Pantera Negra: Wakanda para Sempre. Em 2009, entrou na lista das 100 mulheres mais influentes do mundo, da BBC.

4. Elisama Santos

Escritora, psicanalista, educadora parental e consultora em Educação Não Violenta, Elisama Santos é baiana, de Feira de Santana, e mãe de dois filhos. Ela começou a se interessar por educação parental
no fim da gestação de seu filho mais velho. Foi então que ela deixou a carreira de advogada e se especializou em infância.

’’Lancei uma página em 2015 e conquistei mais de 130 mil seguidores. Quem me conhecia encarou a mudança de área como uma loucura. Estava em ótima fase da carreira, mas não me sentia bem advogando. Já não era mais minha cara. Acreditava ter outra missão, que era justamente falar do que eu já estava falando no Facebook. Aquela era a minha forma de contribuir para um mundo melhor. Hoje colho os resultados dessa decisão’’, disse em entrevista.

5. Veronica Oliveira

Criadora do canal Faxina Boa, que tem mais de 300 mil seguidores, Veronica já foi faxineira, mas se tornou palestrante e escritora. Sua missão é, por meio da educação, falar sobre a importância dos trabalhadores domésticos e prestadores de serviços. A faxina entrou na vida de Veronica por acaso, em 2015, ao se ver desempregada e com dois filhos para criar.

Ela lidou com o preconceito de amigos que diziam que ela era muito bonita para ser faxineira. Um de seus vídeos, sobre a forma como os trabalhadores domésticos são tratados, ultrapassou três milhões de visualizações. Ela não se enxerga como influenciadora, mas como inspiradora digital. ’’Recebo milhares de mensagens e vejo essa nova geração de trabalhadoras domésticas sentindo orgulho do que fazem. Compensa tudo!’’, disse.

6. Alcione

Sua formação inicial é na área educacional. Alcione foi professora de ensino básico e lecionou por dois anos, mas foi demitida por ensinar seus alunos a tocar trompete, o que não era permitido na época. Trocou a sala de aula pela música em definitivo ao sair do Maranhão, onde nasceu, para buscar novos rumos no Rio de Janeiro. Em 2022, a artista completa 50 anos de carreira.

Ela já disse que jamais imaginava chegar onde está e dá um conselho. ’’É preciso ter foco, trabalhar muito, ir em frente, seguir em busca dos seus sonhos. Acho que fiz isso’’. Em toda a carreira, Alcione acumula diversos prêmios, como o da Universidade PUCRS, que homenageia personalidades do meio cultural que tenham transformado a vida artística em defesa da cultura, como forma de humanização e educação, e será a grande homenageada no Prêmio da Música Brasileira 2023.

7. Tatá Werneck

Atriz, comediante e apresentadora, Tatá enfrentou algumas dificuldades, por não se encaixar em alguns padrões estéticos, situações comuns a muitas mulheres. Ao longo do tempo, ela conquistou seu espaço e se tornou a primeira apresentadora a ter seu próprio talk show. Ela tem duas graduações, uma em Publicidade e Propaganda, pela PUC-Rio, e em Artes Cênicas, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Antes da fama, Tatá foi maquiadora e também vendeu cosméticos de porta em porta, para complementar a renda fixa. Na TV, a artista diz que já perdeu trabalhos por ser “feia” e “gorda”, e até ouviu de um produtor que ela não entendia nada de comédia, mas mesmo assim seguiu.

O tempo passou e ele é quem foi pedir trabalho a Tatá. ’’Ninguém pode destruir seus sonhos e definir seu tamanho e seu potencial. O que aos olhos dos outros pode parecer esquisito, pode ser só a sua arte querendo existir num mundo onde o que é diferente está fora dos padrões. E quem pode ser considerado padrão mesmo? Não existe. Somos todos diferentes. E infinitos", disse.

8. Natalia Pasternak

Natalia Pasternak é formada em Ciências Biológicas, pela USP, e tem PhD com pós-doutorado em Microbiologia, também pela USP. Ela atua como pesquisadora na USP e como professora visitante no departamento de Ciência e Sociedade da Columbia University, nos Estados Unidos, e como professora convidada na Fundação Getúlio Vargas, na escola de Administração Pública. Ainda, ela tem um trabalho na área de comunicação, como divulgadora da ciência em diversos veículos.

Ao lado do jornalista Carlos Orsi, publicou dois livros. Em 2019, fundou o Instituto Questão de Ciência (IQC), para promover o pensamento crítico e racional e mostrar os caminhos de iniciativas baseadas em evidências científicas. Defensora de que são necessárias doações para institutos de pesquisa, como já ocorre em outros países, Natalia usou recursos próprios para fundar o IQC.

9. Rebeca Andrade

Natural de Guarulhos, em São Paulo, Rebeca ganhou o título de melhor ginasta do mundo. Também conquistou medalha de ouro no Mundial de Ginástica, na Inglaterra. Ela enfrentou várias barreiras em sua vida, como o fato de ter começado ainda bem cedo no esporte, aos 6 anos. A atleta é filha de Rosa Santos, empregada doméstica e mãe solo de sete filhos.

Para treinar, ela ia a pé até o ginásio de esportes de sua cidade e a caminhada levava duas horas. Com o tempo, a família pôde comprar uma bicicleta, para encurtar o trajeto. ’’Minha mãe não tinha dinheiro e eu não conseguia chegar nos treinos, mais faltava do que ia". A técnica, Keli Kitaura, propôs ficar com Rebeca em sua casa aos fins de semana, como uma forma de garantir a frequência ideal nos treinos. Foi por isso que ela precisou sair da casa da mãe aos 9 anos.

10. Bruna Mascarenhas

A atriz é nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, mas se mudou para São Paulo em busca de novas oportunidades profissionais. Formada em Artes Cênicas pela Faculdade CAL, de Artes Cênicas do Rio de Janeiro, ela trabalhava em um restaurante quando surgiu o teste e a aprovação para o papel de Rita, na série Sintonia, da Netflix.

Foi tudo muito rápido e ela precisou de um treinamento vocal para adaptar o característico sotaque carioca à forma de falar dos moradores das periferias paulistas. Após ser aprovada para o papel, ela gravou uma cena teste e ficou muito insegura. Depois do trabalho, chorou por duvidar que poderia conseguir fazer bem o papel, que foi um dos destaques da série e sua rede social refletiu isso, já que passou de 3 para 700 mil seguidores.

Essas mulheres são realmente inspiradoras, não é? Quem é a mulher mais guerreira que você já conheceu? Deixe seu comentário!

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