10 Mitos sobre os eclipses, em distintas partes do mundo, que muitos ainda acreditam

Histórias
há 4 anos

Recentemente um eclipse solar pôde ser visto em sua totalidade no Chile e na Argentina, à tarde e que deixou o sol escondido por alguns minutos. Muitas pessoas ficaram com vontade de ver o acontecimento astronômico. Em 16 de julho aconteceu outro eclipse, mas da Lua, em quase todo o mundo. Antes que esses fenômenos se tornassem um acontecimento, muitos povos antigos os interpretavam como algo completamente diferente.

Incrível.club elaborou uma lista de mitos sobre eclipses e o significado que muitos povos lhes deram.

O que é um eclipse

O eclipse é um fenômeno de luz no qual um corpo celeste é bloqueado por outro. Pode se apresentar de duas maneiras: solar ou lunar. Ambos ocorrem quando os astros se alinham com a Terra em determinados momentos. No dia 2 de julho, a Argentina e o Chile puderam testemunhar um eclipse solar, algo que surpreendeu muitos, já que nunca haviam visto um antes. Além disso, muitos viajaram para áreas onde o eclipse seria observado melhor.

Mitos sobre os eclipses que alguns povos do passado acreditavam

1. Chile

O estudo da Lua, do Sol e dos corpos celestes sempre fascinou o ser humano. No entanto, os primeiros habitantes da Terra tinham percepções erradas sobre os eclipses. O Chile não estava longe disso. “Para nossos primeiros antepassados, era um fenômeno em que a fonte vital de energia desaparecia, sem saber se seu abandono seria transitório ou definitivo. Para os povos antigos, as divindades viviam no céu, e um eclipse poderia significar a manifestação da fúria divina”, conta Mario Hamuy, Prêmio Nacional de Ciências Exatas do Chile, em seu livro El Sol Negro.

2. México

De acordo com uma pesquisa do Dr. Roberto Castro, no México, acreditava-se que as mulheres grávidas estavam em perigo quando expostas a eclipses solares ou lunares. Os maias temiam que os bebês nascessem com malformações se fossem “devorados pela escuridão”.

Outro mito que os maias acreditavam era que um eclipse tinha poder sobre a vida das pessoas, como o aparecimento da tzitzimime, mulheres que voavam e comiam homens e impediam o nascimento do sol durante o acontecimento astronômico.

Um evento importante é aquele que ocorreu em 13 de março de 1325, batizado como a data simbólica do combate entre o Sol e a Lua, representado na batalha de Huitzilopochtli e Coyolxauhqui. “A lenda de Coyolxauhqui e seu desmembramento por Huitzilopochtli são a explicação do fenômeno das fases da lua, que morre para dar lugar ao nascimento do Sol”, ressalta a pesquisa.

3. Vietnã

Outras culturas, como a vietnamita, acreditavam que o eclipse era um demônio que consumia o Sol e a Lua. Mas essa história tem algo mais particular, já que supera outros mitos conhecidos, porque aquele “demônio” que eles temiam tanto era um sapo gigante, conhecido como Raju, que provocava os eclipses.

4. China

Na China, ao contrário dos primeiros exemplos, acreditava-se que um eclipse era um cachorro preto (Tiangou) que comia o Sol. No momento em que ocorria, as pessoas começavam a gritar e ficavam chocadas a ponto de começarem a bater panelas e tambores para afastar a imagem mitológica.

Há outra história que diz que os astrônomos de mais de 4.000 anos atrás não puderam prever um eclipse, porque estavam bêbados e foram mortos. Isso levou alguém a escrever um poema em homenagem a sua história, que diz: “Aqui jazem os corpos de Ho e Hi, cujo destino, embora triste, era visível; eles foram enforcados, porque não conseguiram prever o eclipse”.

5. Estados Unidos

Nesse país, a visão do fato era um pouco mais romântica, já que a tribo Tlingit considerava que a Lua e o Sol eram um casal. Portanto, quando ocorria o eclipse, significava que eles precisavam de um “momento sombrio”, diz este artigo sobre o assunto.

6. A Índia

Como no Vietnã, na Índia também acreditava-se que um sapo comia o Sol, mas o desfecho é muito interessante. A história diz que Raju fingiu ser um deus para roubar a imortalidade, mas o Sol e a Lua descobriram e o delataram diante de Vixnu, o deus do hinduísmo. No entanto, de acordo com a história, Raju pegou um pouco da vida eterna, mas antes de terminar de engoli-la, Vixnu cortou a sua cabeça e o ladrão recebeu um castigo eterno.

7. Egito

O Egito é um caso particular, já que até agora não encontraram referências a eclipses durante o tempo em que a civilização egípcia adorava o Sol. Mas há documentação que apoiava o calendário do Cairo no qual foram feitas previsões com descrições de fenômenos astronômicos. Outra teoria diz que, nos dias de eclipse, a serpente gigante Apep (rainha da morte) destruía o barco no qual navegava Ra, o Deus Sol.

8. Peru

Embora não haja provas escritas sobre o que os incas faziam diante dos eclipses do Sol ou da Lua, eles eram muito supersticiosos. Na verdade, acreditavam que um eclipse tinha sérias consequências. Mas há outra versão, idêntica à dos americanos, que diz que, possivelmente, os incas também acreditavam que a Lua e o Sol tinham uma relação e a celebravam até não poder mais.

9. Escandinávia

Aparentemente, durante os eclipses, os vikings faziam muito barulho para espantar Sköll e Hati, irmãos que estavam encarregados de perseguir os cavalos Arvak e Alsvid e o deus Máni, assim como o Sol e a Lua. E isso provocava coisas bizarras! De acordo comLondon Evening Post de 1748, uma mulher idosa ficou tão assustada com o eclipse que entrou em um quarto, cortou o braço e morreu sangrando.

10. Jamaica

Segundo a história, em 1504, Cristóvão Colombo e parte de sua tripulação ficaram presos na Jamaica. O fato causou grande desespero, porque eles não eram bem-vindos e tiveram que ficar lá por meses até voltarem para casa.

Um ano antes, em 1503, havia começado uma tensão entre as tribos jamaicanas e Colombo, que, precisando de comida, ameaçava os habitantes com a possibilidade de esconder a Lua se não a recebesse. O navegador não mentiu para eles, porque em seus navios estavam as ferramentas para prever a chegada do eclipse. É por isso que, quando o eclipse lunar estava prestes a aparecer, Colombo os ameaçou novamente, dizendo que se eles não o alimentassem, “a Lua seria tingida de sangue e o Sol não apareceria mais”. Os índios não tinham escolha a não ser alimentá-lo, pois estavam aterrorizados com a possibilidade disso acontecer.

Você conhece outro mito cultural sobre os eclipses? Como tem sido sua experiência com eles e o que você acha do fenômeno? Compartilhe seus comentários!

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