10 Atletas brasileiros que tiveram de se superar para vencer

Histórias
há 1 ano

Ser campeão no esporte de alto rendimento não é tarefa fácil para nenhum ser humano. Mas, para alguns atletas, o caminho para chegar ao topo de suas modalidades tem certos obstáculos adicionais. Que tornam suas vitórias ainda mais impressionantes.

Incrível.club conta abaixo a história de 10 atletas brasileiros que precisaram construir uma história de superação para entrar para a história do nosso esporte. Conheça cada um deles e se apaixone também por suas trajetórias.

1. Dani Piedade (handebol)

Em setembro de 2012, quando tinha apenas 33 anos, a atleta da seleção brasileira sofreu um AVC enquanto fazia o aquecimento para uma partida. Dani ficou dez dias internada e teve sequelas na fala durante mais de um mês. O que poderia ser o fim da carreira iniciou uma bela história: um ano e dois meses depois, Dani ajudava a seleção a conquistar seu primeiro título mundial.

2. Ronaldo (futebol)

A carreira do Fenômeno foi marcada por graves lesões, mas sua maior história de superação começou em abril de 2000, quando rompeu tendão e ligamentos do joelho direito em uma partida pela Inter de Milão. Não era sua primeira lesão nos joelhos, mas a mais grave. Contrariando expectativas, Ronaldo disputou a Copa do Mundo de 2002, foi artilheiro e decisivo para o quinto título da seleção.

3. Maya Gabeira (surfe)

Não é exagero dizer que uma das melhores surfistas de ondas grandes quase morreu em 2013, quando ficou desacordada por nove minutos ao tentar dropar uma gigante de 24 metros e cair. Teve de receber massagem cardíaca no atendimento e, apesar de apenas uma frutura no tornozelo, levou dois anos para voltar ao surfe. Cinco anos depois, em 2018, conseguiu com sucesso encarar uma onda de 21 metros e entrou para o Guinness Book pela maior onda já surfada por uma mulher.

4. Nelson Piquet (automobilismo)

Na segunda corrida da temporada de 1987 da Fórmula 1, o piloto brasileiro sofreu um grave acidente em Ímola, o mesmo circuito onde Ayrton Senna morreria sete anos depois. Então na equipe Williams, Piquet travou uma feroz disputa pelo título com o companheiro de equipe, o inglês Nigel Mansell, mesmo sofrendo as sequelas da batida em San Marino. “Eu perdi a noção da distância para a freada, mas não contei para os médicos ou eles me proibiriam de correr”, conta Piquet. No fim do ano, venceu a batalha e acabou conquistando seu terceiro e último título mundial.

5. Aida dos Santos (atletismo)

Não é difícil imaginar a dificuldade que teve uma atleta negra, de origem pobre e moradora de uma favela de Niterói para se destacar no esporte brasileiro nos anos 1960. Aida dos Santos viajou para os Jogos Olímpicos de 1964, em Tóquio, desacreditada pelos dirigentes brasileiros, sem equipamentos adequados e ainda se lesionou nas eliminatórias do salto em altura. Superou todas as adversidades para ficar em quarto lugar, perto da medalha, e cravar o recorde brasileiro que duraria 32 anos.

6. Diego Hypolito (ginástica artística)

O ginasta era o atual bicampeão mundial do solo quando chegou a Pequim para os Jogos Olímpicos de 2008. Favorito, na final caiu sentado e ficou sem medalha. Sua queda virou piada, Hypolito foi acusado de amarelar. Em 2012, uma nova chance. Já não tão favorito, vinha de um bronze no Mundial do ano anterior. Novamente caiu e não foi sequer à final. Mais críticas, mais piadas. Quatro anos depois, chegou ao Rio, para a Olimpíada de 2016, veterano e sem favoritismo. Surpreendeu com uma excelente apresentação que lhe valeu a medalha de prata, deixando para trás todo o sofrimento esportivo e também pessoal, já que revelou anos mais tarde ter sofrido abuso na infância.

7. Rafaela Silva (judô)

Nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, Rafaela Silva foi desclassificada por ter feito um movimento ilegal nas oitavas de final, contra a húngara Hedvig Karakas. Então vice-campeã mundial, a judoca carioca que cresceu na Cidade de Deus teve suas redes sociais inundadas de xingamentos racistas. Tinha 20 anos. Enfrentou a depressão, pensou em largar o esporte, ficou três meses sem treinar. Mas resistiu e, no ano seguinte, conquistou o título mundial da categoria até 57 quilos. Em 2016, no Rio, a redenção: pendurou no peito a medalha de ouro olímpica.

8. Daniel Dias (natação)

O atleta de Campinas nasceu com má-formação congênita dos braços e da perna direita. Sua limitação física não o impediu de levar uma vida o mais próxima possível do normal. Na infância, brincava com as outras crianças — tanto que vivia quebrando as próteses praticando esportes. Já adulto, tornou-se o maior nadador paralímpico de todos os tempos: conquistou um total de 24 medalhas em três edições dos Jogos — e, aos 30 anos, sonha em fechar a conta em Tóquio, em 2020.

9. Jaqueline (vôlei)

No jogo de estreia dos Jogos Pan-Americanos de 2011, a ponta Jaqueline sofreu uma lesão incomum no vôlei: em uma trombada, acabou tendo uma concussão cerebral e fratura em duas vértebras. O diagnóstico foi de pelo menos dois meses sem jogar, um alívio para o que poderia ser muito pior. E Jaqueline voltou a tempo de conquistar em 2012 sua segunda medalha de ouro olímpica e o bronze no Campeonato Mundial de 2013.

10. Washington (futebol)

O atacante tinha 27 anos e jogava na Turquia quando foi diagnosticado com um grave problema no coração. Depois de ter a carreira colocada em xeque, ficou um bom tempo afastado para se tratar e conseguiu retornar aos gramados com sucesso. Foi artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2004 e ainda quebrou o recorde de maior número de gols em uma só edição da competição: 34. Coração Valente, como foi apelidado, hoje trabalha como treinador.

E aí, qual destas você achou a maior história de superação? Conte pra gente, deixe seu comentário!

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A história da Dani Piedade, gente. De todos e todas da lista, na verdade.

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