Mulher com síndrome do ovário policístico aprende a amar seus pelos corporais

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há 4 anos

Neste post, queremos falar sobre Leah Jorgensen, que passou boa parte da vida removendo seus pelos corporais. Ela sofre de síndrome do ovário policístico, que afeta os níveis dos hormônios femininos. Mulheres com essa condição produzem hormônios masculinos em maiores quantidades. Entre outros problemas, tal desequilíbrio causa crescimento intenso dos pelos no rosto e no corpo.

Nós, do Incrível.club, nos sentimos muito inspirados por esta história, e chegamos a uma conclusão importante: não podemos deixar que padrões alheios definam a nossa própria noção de beleza.

Quando criança, eu sofria bullying e era chamada de “homem”

O corpo de Leah Jorgensen começou a mudar durante a adolescência, por conta de um distúrbio hormonal. A partir daí, ela passou a sentir-se oprimida pelos olhares alheios, e começou a usar apenas roupas que escondessem o motivo de sua “vergonha”. Suas pernas, suas costas, os braços, os ombros, os seios, a barriga e o rosto ficaram cobertos com pelos escuros e espessos.

Por um longo tempo, meu objetivo diário era apenas passar o dia sem que ninguém percebesse o quanto eu era peluda

Leah admite: “Como eu tinha pelos demais, era difícil escondê-los. Desenvolvi um quadro terrível de ansiedade, e isso realmente afetou minha saúde mental”.

A jovem usava duas estratégias — depilar ou esconder — mas ambas eram muito cansativas. Ela passava horas no processo de remoção dos pelos ou transpirando em excesso por conta das roupas fechadas que vestia. Leah tinha certeza que a única coisa que esperava por ela era uma existência miserável e solitária, levando em consideração que até mesmo seu médico demonstrou surpresa quando eles se conheceram.

Um acidente que mudou sua vida

No final de 2015, Leah foi atropelada por um carro e levada de ambulância a um hospital. Para salvar a vida da jovem, os paramédicos começaram a cortar suas roupas. Ela ficou aterrorizada só com a ideia de enxergar repulsa nos olhos dos profissionais que a atenderam. Porém, para sua surpresa, a reação de todos foi diferente: “Percebi que ninguém se importava com a minha aparência...”

Ela passou por uma cirurgia e por uma fase de recuperação no hospital. De lá, Leah saiu com uma atitude totalmente nova em relação aos próprios problemas: todas aquelas sensações negativas que ela tinha não eram em relação aos seus pelos corporais, e sim por conta do que as outras pessoas achavam dela.

Não quero mais fugir disso

A autoaceitação foi o primeiro (e mais difícil) passo a ser dado rumo à mudança. Quer saber o que aconteceu com Leah quando ela venceu seus desafios? Fizemos uma pequena lista de suas conquistas:

  • aposentou as lâminas de barbear;
  • parou de usar as roupas compridas e fechadas com as quais se escondia;
  • bravamente, vestiu um biquíni pela primeira vez;
  • pediu demissão de um emprego no ramo de seguros, e voltou à faculdade;
  • arrumou um novo trabalho, passando a atuar com crianças autistas;
  • começou a namorar um homem que se apaixonou por ela (e por suas diferenças);
  • criou um canal no YouTube e passou a inspirar outras pessoas.

Lembre-se — você não está só

Hoje, tudo o que Leah quer é ser ouvida. “Espero que, ao compartilhar minha história, eu dê coragem para outras pessoas”. Afinal de contas, cada um de nós é único, e não há nada de errado nisso.

Em sua opinião, a história que acabamos de contar tem o poder de inspirar outras pessoas? Deixe seu comentário e compartilhe esse post com as pessoas que precisam de uma boa dose de coragem para enfrentar os desafios da vida!

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