A emocionante história da jovem argentina que salvou muitas vidas

Gente
há 1 ano

A morte da pequena Justina Lo Cane em novembro de 2017 emocionou grande parte da população argentina. A menina tinha 12 anos e esperava um transplante de coração que, infelizmente, acabou não conseguindo. E, graças à luta da menina e de sua família, a Lei Justina foi aprovada meses depois por unanimidade, a qual poderia ter salvado sua vida, facilitando o transplante de coração que ela precisava.

No Incrível.club, contaremos a história de Justina e vamos relatar as importantes conquistas graças a ela a sua família.

Em que consiste a Lei Justina?

A lei foi aprovada no dia 4 de julho e estabelece que todas as pessoas com mais de 18 anos são doadoras de órgãos e tecidos, a menos que declarem expressamente o contrário. A norma foi aprovada graças à luta da menina e de sua família.

Outro ponto dessa lei que deve ser implementada é a criação dos Serviços de Suprimentos Intra-hospitalares. Desta forma, todos os dias haverá um médico responsável pela realização de transplante em todos os hospitais que necessitem, o que acelerará muito o processo em que o tempo é algo extremamente vital.

Quem foi Justina Lo Cane?

Justina Lo Cane, como dissemos, era uma garota de 12 anos e que morreu esperando por um transplante de coração. A menina tinha uma doença cardíaca transgênica que foi diagnosticada aos 18 meses. Por muitos anos, graças à medicação que tomava, Justina foi capaz de levar uma vida normal. Mas, em julho de 2017, precisou ser internada, devido à necessidade de receber com urgência um transplante de coração. Ela esperou por um órgão compatível com seu organismo, sendo a primeira na lista de transplantes, mas não aguentou mais e morreu.

No momento em que Justina foi informada de que precisava de um transplante do coração para viver, pediu a sua família para promover uma iniciativa para aumentar a conscientização sobre a importância da doação de órgãos. Juntos, criaram a campanha “Multiplique por Sete”, que viralizou com a hashtag #LaCampañaDeJustina (A Campanha da Justina, na tradução em português).

O trabalho mostrava que um único doador de órgãos pode salvar até 7 vidas. O resultado foi que o total de doações diárias no país vizinho saltou de 80 para 330 nos últimos meses de 2017.

Doação de órgãos em alguns países

A cultura da doação de órgãos está presente em muitos países. No Brasil, a doação de órgãos só é realizada com o consentimento da família ou do companheiro da pessoa, sem a necessidade de serem casados, por isso é importante deixar claro esse desejo à família. A ONG Adote tem uma página em que orienta como se tornar um doador e ainda explica os mitos que ainda envolvem esse procedimento, como o do tráfico de órgãos.

Em muitas partes do mundo, a menos que a pessoa expresse sua negativa por escrito, todos são considerados doadores. É o caso do Chile, da Colômbia, dos Estados Unidos (onde, desde 1984, as pessoas são inscritas em um registro especial), do México (a partir de abril deste ano) e da Espanha, cuja lei correspondente está em vigor desde 1979. Este último é considerado o país líder em doações e transplantes, com uma taxa de 43 doadores de órgãos por um milhão de pessoas. O modelo espanhol foi recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e está sendo aplicado em diferentes partes do mundo, produzindo resultados muito semelhantes aos obtidos nesse país.

Há muitas histórias emocionantes em que a doação de órgãos mudou o destino das pessoas. E você, concorda com essa prática e com essa nova lei?

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