Estudantes criam ketchup nutritivo e mostram que o Nordeste orgulha o povo

Gente
há 4 anos

É difícil pensar em uma combinação melhor para a batata frita, nuggets, hambúrguer, e todos os outros lanchinhos, que um maravilhoso ketchup. Aquele molho concentrado e levemente adocicado é a famosa “cereja do bolo” nos pratos salgados. Agora tente imaginar um ketchup que tem o mesmo sabor, mas que não possui corantes, aditivos químicos, e é feito com frutas e legumes naturais. Um verdadeiro “milagre”, não é mesmo?

Incrível.club encontrou o Natchup, um projeto desenvolvido na Universidade Federal do Ceará (UFC). Neste estudo, eles substituíram os ingredientes tradicionais por abóbora, beterraba e acerola.

O começo do projeto

O projeto veio diretamente do Departamento de Engenharia de Alimentos da Universidade, através da professora Lucicléia Barros. Ela conta que tudo começou em 2016, quando os alunos Thiago Tajra, Bárbara Denise e Carolinne Filizola desejavam criar um produto que não tivesse defensivos agrícolas — que são produtos físicos, químicos, ou biológicos usados na agricultura para o controle de seres vivos que afetam a plantação.

Os alunos queriam um molho semelhante ao ketchup, muito aclamado entre os brasileiros, mas rico em vitamina C. Em seguida, pensaram em utilizar a acerola, que é antioxidante e rica em vitamina C. Depois utilizaram a abóbora para que o produto tivesse a consistência e a fibra necessária. Por último, acrescentaram a beterraba para dar cor, e por ser mais um elemento antioxidante.

A ideia tornou-se um projeto de pesquisa, financiado pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). Até chegar a sua formulação atual, o Natchup precisou passar por muitas versões, totalizando 21 variantes. Depois que os estudantes se graduaram, o projeto deu continuidade através de outros alunos e professores da UFC.

A acerola pode ser cultivada de forma orgânica, e isso significa que o sódio e o açúcar que geralmente estão presentes no ketchup tradicional, despencam para menos que a metade. Um produto que dá a liberdade de consumi-lo sem culpa. E, o melhor de tudo: é gostoso.

Mas o ketchup tradicional faz mal à saúde?

Um alimento salgado não quer dizer que seja totalmente livre de açúcar. Isso porque ele vem “disfarçado”. Um tomate, obviamente, é nutritivo, rico em vitaminas, magnésio, cálcio etc.. O problema do ketchup tradicional são os demais elementos contidos nele, como vinagre, sal, aditivos químicos, conservantes, aromatizantes etc..

O ketchup pode prejudicar o estômago, principalmente para quem tem problemas como úlcera. Um dos resultados mais comuns de seu uso repetido é o aumento de gordura no fígado, além de elevar os triglicérides.

O reconhecimento internacional

Durante um evento realizado em Paris, o Natchup recebeu o selo Innovation Sial 2018, oferecido pelo Salão Internacional de Alimentação (Sial). O produto será negociado pela empresa Frutã no período de 5 anos, em uma parceria acordada com a Universidade.

Agora, além de o produto ser comercializado aqui no Brasil, percorrerá caminhos internacionais, como Portugal, Bélgica, Alemanha, França, Espanha, etc. E o Natchup já está disponível online e em alguns supermercados.

Ação social

O projeto é saudável e também sustentável. A intenção é que o Natchup percorra o caminho do núcleo de pesquisa em direção ao consumo aberto. Por isso, uma parcela do que for arrecadado com as vendas será distribuída entre a UFC e algumas entidades sociais como, por exemplo, Lar Torres de Melo.

E você, o que achou do projeto? Ficou com vontade de provar esse tal Natchup? Deixe um comentário nos contando. 😊

Imagem de capa natchup_/ Instagram

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