Saiba mais sobre a vida de 8 transexuais famosos no mundo todo

Gente
há 1 ano

Quando Caitlyn Jenner, estrela de reality shows e ex-campeã olímpica, deu sua última entrevista como Bruce Jenner e anunciou corajosamente que estava fazendo sua transição, muita gente se surpreendeu. As pessoas famosas que falam abertamente sobre o que sentiram antes, durante e depois do processo de transexualidade fazem com que muitos anônimos se sintam inspirados para assumirem a identidade de gênero com a qual se identificam, independentemente do gênero biológico. São relatos que mostram como é importante que as pessoas amem a si mesmas da forma que são e se sintam seguras para compartilhar com o mundo suas sensações.

O Incrível.club pesquisou o que há por trás de algumas das mais famosas histórias de transição de gênero, e trazemos tudo para você.

1. Laverne Cox

Estrela do seriado Orange Is the New Black, do Netflix, é uma das celebridades transexuais mais comentadas dos EUA. Em uma entrevista ao The Guardian, Laverne disse que, quando era criança, no Estado americano do Alabama, sofreu com um cruel abuso homofóbico, que fez com que ela tentasse o suicídio aos 11 anos. O amor pela dança e pela atuação salvou a vida de Laverne, dando a ela força para seguir em frente. A atriz apareceu na capa da revista Time, estimulando outras pessoas com histórias parecidas a falar sobre os próprios sentimentos. “Hoje, cada vez mais pessoas trans querem falar e dizer ’Eu sou assim’”, afirmou Laverne.

Muitos fãs de Orange Is the New Black pensam que foi Laverne Cox quem interpretou o personagem Sophia Burset antes da transição, mas na realidade era seu irmão gêmeo, M. Lamar. Na entrevista, Laverne disse que Jodie Foster, a diretora do programa, provavelmente não achava que ela seria masculina o bastante para interpretar um homem.

2. Caitlyn Jenner

Outra celebridade que teve a transição de gênero amplamente discutida na mídia foi Caitlyn Jenner, que nasceu Bruce, estrelou programas de TV, ganhou medalha olímpica e teve duas filhas: Kylie e Kendall Jenner. Quando era criança, Jenner lutava com a disforia de gênero, uma condição muito estressante causada pelo conflito entre o gênero biológico e aquele com que ela se identifica. Tentando encontrar uma saída e tornar-se mais forte, ela recorreu aos esportes: “fui o menino mais rápido da escola, e foi por isso que treinei tão intensamente durante vários anos. Isso tinha muito a ver com quem eu era na realidade”, afirmou Caitlyn.

Apesar dos rumores envolvendo a transformação na aparência de Caitlyn, ela precisou de tempo para revelar ao mundo aquilo com que lidava durante a vida inteira. Numa entrevista emocionante concedida à rede de TV ABC News quando ainda era Bruce Jenner, ela disse: “Sou eu. Sou uma pessoa, é isso que eu sou. (...) Meu cérebro é muito mais feminino que masculino. É difícil para algumas pessoas entenderem, mas minha alma é assim”. Caitlyn conta a história completa de sua transformação no livro The Secrets of My Life, publicado em abril de 2017.

3. Irmãs Wachowski

Lana e Lilly Wachowski são reconhecidas diretoras de cinema... e também por serem ambas transexuais. Lana Wachowski, nascida Laurence Wachowski, foi a primeira a falar sobre sua identidade de gênero, em 2012. “Durante anos, eu nem sequer podia dizer as palavras ’transgênero’ ou ’transexual’. Quando comecei a admitir minha condição, me dei conta de que eventualmente teria que contar aos meus pais, ao meu irmão e às minhas irmãs. Isso me assustava tanto que eu passava dias sem conseguir dormir”, contou Lana numa entrevista.

No foto: Larry e Andy Wachowski antes da transição.

O então irmão de Lana, agora conhecido como Lilly Wachowski, se assumiu publicamente como mulher trans em 2016. O caminho de Lilly rumo à harmonia pessoa também não foi fácil. Foi só graças ao apoio dado pela irmã que ela conseguiu seguir em frente. “Em muitos sentidos, eu estava seguindo os passos dela”, afirmou Lilly em uma de suas entrevistas posteriores à transição.

4. Fallon Fox

Fallon Fox é uma grande personalidade do MMA. Como a primeira lutadora abertamente transgênero na indústria, ela precisou lutar contra preconceitos e boatos diariamente. Foram justamente os preconceitos que impediram Fallon de se assumir no início da carreira, uma vez que atletas trans ainda provocam reações desagradáveis em algumas pessoas. Contudo, ela precisou abordar o assunto abertamente em 2013, quando compreendeu que certas pessoas que atuavam nos meios de comunicação sabiam que ela era trans e poderiam revelar o segredo.

“Falar isso abertamente não foi fácil”, confessou Fallon. “O tamanho da raiva que inicialmente despertei em algumas pessoas... Aquilo foi desencorajador, trágico. Foi esmagador”. Muitos jornalistas e rivais argumentaram que Fallon teria uma injusta vantagem por ter nascido homem. Contudo, ela encontrou forças para seguir adiante graças à determinação e ao apoio dado a ela pela comunidade trans.

5. Chaz Bono

Chaz Bono, nascido Chastity Bono, filho de Sonny Bono e Cher, é talvez o homem trans mais famoso do mundo. Sua transição não foi fácil, e Chaz precisou de quatro décadas para iniciar a transformação de gênero. Numa entrevista à ABC News, Chaz confessou que se sentia confuso com os próprios sentimentos, e em certo momento achou que devia se dizer lésbica.“Eu confundi orientação sexual com identidade de gênero. Tudo o que eu queria era uma resposta óbvia”, disse.

Contudo, ele logo se deu conta de que tudo se tratava de sua própria identidade como homem, e não como mulher, e que aquilo não tinha a ver com orientação sexual. Em 2010, Chaz finalmente decidiu passar pela transição de gênero, mudando inclusive seu nome. “Sou a mesma pessoa. Sou apenas uma versão masculina de mim”, concluiu Chaz.

6. Isis King

Isis King é conhecida como a primeira mulher trans a participar do reality show America’s Next Top Model. Assim como outras celebridades citadas neste post, ela passou por muitos momentos difíceis até se tornar a mulher que é hoje. Isis revelou que recebeu pouco apoio da família em relação à sua identidade de gênero, e acabou tendo que sair de casa. “Eu disse a eles que iria a Nova York para continuar minha carreira na moda, mas na realidade, eu fui fazer a transição”.

Depois de se mudar para Nova York, Isis percebeu que a cidade era muito cara. Mesmo assim fez o possível para aproveitar todas as oportunidades, procurando ajuda onde quer que fosse. Participar do America’s Next Top Model transformou Isis numa estrela, dando a ela a chance de atingir um grande público e de ajudar outras pessoas que enfrentam os mesmos desafios. “É muito difícil lidar com as questões trans. Realmente precisamos estar juntos”, considera Isis.

7. Jake Zyrus (Charice)

Jake Zyrus é conhecido por muita gente como Charice, cantora pop filipina cuja carreira musical se desenvolveu na década de 2000. Em maio de 2008, Charice participou do programa de TV Oprah, no qual interpretou uma canção de Whitney Houston: I Have Nothing.

O álbum de estreia de Charice chegou ao oitavo lugar na lista da Billboard 200, e a cantora conheceu a fama internacional. Mesmo com uma carreira cada vez mais bem sucedida, Jake passava por momentos difíceis na vida pessoal.

Pouco depois do assassinato de seu pai, Jake passou a explorar seu lado masculino e, em 2013, se declarou lésbica. Como explicou Jake, gênero e orientação sexual muitas vezes se misturam nas Filipinas, então a decisão veio numa tentativa de se entender e se aceitar, mas não foi o que ocorreu. Apesar de todas as dificuldades, em 2017 Jake encontrou a força necessária para se assumir como um homem trans.Estou muito feliz por ter passado por todas as lutas, desafios e pelas dores que senti. Quando me declarei um homem trans, fiquei muito orgulhoso. Foi o oposto de tudo que eu tinha sentido antes”, afirmou.

8. Janet Mock

A renomada escritora, editora de revistas e ativista americana revelou que precisou passar por momentos complicados ao crescer como uma pessoa trans. “Eu desejava o tempo todo que meu corpo coincidisse com a visão que eu tinha de mim mesma. Não entendia por que não me atraía pelas mulheres, e essas diferenças foram como grandes obstáculos nos meus primeiros 18 anos”.

Janet luta pelos direitos da comunidade trans, das mulheres, dos negros, dos LGBT em geral e de outras comunidades marginalizadas. Uma das maneiras que ela encontrou para apoiar essas pessoas foi por meio da escrita. “Sei que as histórias têm o poder de curar, inspirar e mostrar que não estamos sozinhos”, disse Janet.

Qual das histórias acima é a mais inspiradora, em sua opinião?

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