9 Características mostram que muitos seres vivos são mais parecidos com humanos do que podíamos pensar

Gente
há 1 ano

“Somos animais racionais”. Essa era uma frase típica nas aulas de Biologia, quando falávamos sobre a diferença entre os humanos e outros animais. Contudo, você já parou para pensar o que nos torna parecidos com outros seres da natureza? Tivemos essa curiosidade e fomos pesquisar. Encontramos comportamentos tipicamente humanos e características que nos aproximam muito de outros seres vivos, como cães, aves, peixes e até plantas. Quer saber mais? Siga com a gente!

1. Demonstração de sentimentos

Quem tem um cãozinho em casa, provavelmente já percebeu expressões e comportamentos que mostraram empolgação e tristeza, mas dá para acreditar que as galinhas e os perus também têm sentimentos? Por exemplo, as galinhas gostam de ser abraçadas e adoram a vida social. Elas também são ótimas em criar e armazenar memórias, relembrando os rostos das pessoas.

2. Comportamento monogâmico

Ainda que muitos não acreditem que é possível — ou sequer desejem — passar a vida toda ao lado de uma mesma pessoa, o reino animal está repleto de exemplos de que há quem “encare” esse estilo de vida de forma instintiva. É o caso de algumas aves, como os periquitos e os cisnes, que dividem a vida com o mesmo parceiro. Mas eles não estão sozinhos no time dos monogâmicos — o leque é amplo.

Desde os lobos cinza e alguns peixes, até mesmo os cupins, são fiéis ao companheiro. As corujas são um destaque. Elas têm um conceito de família parecido com o nosso: o casal trabalha junto para cuidar e alimentar os filhotes. E olha que elas são símbolo de sabedoria. Será o “empurrãozinho” da mãe natureza para quem está em dúvida sobre subir ao altar?

3. Comunicação complexa

Quem já ficou observando uma trilha de formigas pela casa deve ter tido a sensação de que, em alguns momentos, elas param para conversar entre si. E talvez isso não seja apenas uma impressão. Pesquisas já mostraram, por exemplo, que as abelhas têm uma linguagem própria e passam mensagens às outras companheiras de colmeia por meio da dança.

Os cães da pradaria, com sua aparência fofa de bichinho de pelúcia, são outro exemplo de sofisticação na comunicação. Ao perceber a presença de um predador, eles não apenas comunicam isso à matilha, mas descrevem a velocidade, a cor, a forma e o tamanho da ameaça.

4. Manifestação por símbolos e sinais

Gorilas e chimpanzés, apesar de terem muito em comum com os seres humanos, não deixam de nos surpreender. Parece ficção, mas muitas pessoas já tiveram até o privilégio de visitar uma exposição de pinturas criadas por um chimpanzé, que pinta telas com um toque de arte contemporânea.

Contudo, sem contar essa particularidade bem específica, os primatas são capazes de desenvolver a própria forma de comunicação e se expressar por meio de gestos bem parecidos com os dos humanos. Tanto que já houve um gorila que aprendeu a língua de sinais. Uma pesquisa americana mostrou que os chimpanzés têm uma linguagem refinada, com quase 400 combinações vocais únicas, capazes de formatar uma comunicação codificada entre a espécie.

5. Traços de personalidade tipicamente humanos

Muitos de nós já ouviram dizer que os cãezinhos ficam parecidos com os donos. Isso agora pode ter o aval da ciência, pois um estudo mostrou que a cumplicidade entre os tutores e os pets pode levar a uma espécie de mimetismo por parte dos doguinhos. No entanto, as semelhanças não param por aí.

O mesmo estudo encontrou, nos pets, indícios de traços de personalidade que seriam considerados tipicamente humanos. Isso quer dizer que os peludos podem ter Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), serem superdotados, com inteligência acima da média e, até mesmo, sofrer de estresseansiedade. Mais humano, impossível!

6. Formas sofisticadas para resolução de problemas

Muito se fala sobre o polegar opositor e sua vantagem — quase exclusivamente humana — para manusear objetos e conquistar a coordenação motora fina. No entanto, não ter dedos parece não ser impedimento para alguns animais, que conseguem formas bem sofisticadas para a resolução de seus problemas mais rotineiros. É o caso dos corvos caledônios.

Eles desfrutam de uma inteligência surpreendente, apesar de não terem a estrutura cerebral como a nossa. Em vez de neocórtex (aquele responsável pela cognição), eles têm apenas um aglomerado denso de neurônios, que permite proezas. Eles constroem as próprias ferramentas para pegar alimentos, por exemplo.

7. Órgãos com estruturas parecidas

Muitas estruturas corporais de diversos seres vivos são parecidas, sobre isso não há o que discordar. Mas a visão é, em geral, muito diferente entre as espécies. Assim, abelhas, cavalos e humanos têm anatomia ocular diferenciada, por exemplo. No entanto, a ciência já encontrou animais bem diferentes de nós, com a estrutura dos olhos semelhantes à nossa.

É o caso do tubarão e do golfinho. No primeiro, a estrutura ocular é tão semelhante à nossa que suas córneas, às vezes, podem ser usadas em cirurgias de substituição de córneas em humanos. Impressionante, não é mesmo?

8. Mesmo número de cromossomos

Muitos se lembram das aulas de Biologia, quando aprendemos que os seres humanos têm, em suas células, 23 pares de cromossomos, certo? E quem aprendeu direitinho sabe que eles carregam o nosso DNA. Por isso, podíamos imaginar que, para cada espécie, essa formação seria diferente, já que temos características tão específicas. No entanto, não é bem assim.

Além dos seres humanos, há animais e seres bem diferentes que contam com o mesmo número de cromossomos em suas células. Um deles é o Muntjac Chinês, esse cervo tão fofinho da foto acima. O Nilgai, que é um antílope asiático e o Parhyale um tipo de crustáceo usado em pesquisas científicas, todos eles também têm 23 pares de cromossomos no núcleo celular.

9. Compatibilidade de DNA

E já que o assunto é cromossomos — e eles são constituídos pelo nosso DNA — vamos fazer algumas comparações impressionantes. Por mais inexplicável que pareça, em nós, seres humanos, metade do DNA é idêntico ao de uma banana. Além da fruta, ainda compartilhamos semelhanças nesse aspecto com as galinhas (65%), as lesmas (70%) e outro vegetal, o narciso, com 30% de compatibilidade.

E a comparação não termina aí. Já ficou comprovado que temos 90% da nossa carga genética igualzinha à dos ratos e 60% idêntica à da mosca da fruta, com muitos processos biológicos semelhantes aos nossos. Por isso, essas duas espécies são muito estudadas como modelo para o entendimento de doenças humanas.

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