12 Lembranças afetivas que fazem os “usuários do MSN” viajarem no tempo

Gente
há 1 ano

Só quem chegou por essas bandas na época quando elas não eram, nem de longe, “banda larga”, sabe como muitos de nós fomos guerreiros ao desbravar a vida conectada à internet! Antes da fibra ótica, arquivos na nuvem e smartphones, a geração que testemunhou a chegada da tecnologia nas residências e do advento das redes sociais, como o MSN e o Orkut, passou por muitos perrengues. Abaixo, relembre esse tempo bom conosco!

1. Conectar-se à internet dependia de um discador que fazia um som irritante, mas indicava estarmos perto de entrar na rede. Detalhe: só depois da meia-noite, para pagar menos

Para conseguir acessar a rede mundial de computadores era preciso assinar o serviço de um provedor. A conexão era feita por uma ligação telefônica — a famosa conexão discada. Em geral, os pais só permitiam o acesso depois da meia-noite ou aos fins de semana. Isso porque fora desses períodos, a cada quatro minutos de conexão era cobrado do assinante o valor de uma ligação telefônica.

2. Desligar a internet quando precisava fazer uma ligação. A conexão dependia do telefone fixo. Não tinha como fazer as duas coisas simultaneamente

O telefone fixo era a nossa única forma de se comunicar com o mundo, mesmo que estivéssemos usando a internet. Assim, quando sua mãe ou o irmão mais velho precisava usar o telefone fixo, era preciso desconectar-se. Ah, e um detalhe: só era possível conectar um computador por vez. Portanto, nas casas de famílias numerosas, era preciso criar um rodízio para todos poderem “navegar” na rede.

3. E-mail para viralizar conteúdos. Antes de existirem os grupos de Whatsapp, eram as caixas de entrada que recebiam os vídeos engraçados e as mensagens de autoajuda das nossas tias!

Antes de existirem as redes sociais e os grupos de WhatsApp, só havia um jeito de enviar as mensagens de “Bom dia, família”, ou aquele vídeo motivacional para começar a semana: o e-mail! Ah, e essas produções geralmente eram uma apresentação de PowerPoint, pois ainda não havia tanto conteúdo em vídeo — o YouTube, por exemplo, só chegou ao Brasil em 2007.

4. Usar o status do MSN para aquela “indireta”. Passávamos horas em busca da frase perfeita para mandar o recado ao crush (expressão que nem era usada na época)

O MSN não era uma rede social, mas foi o primeiro portal em que conseguimos falar um pouco mais sobre o que estávamos sentindo a cada momento, as mensagens do MSN, por si só eram um verdadeiro “barato”. No status, era possível colocar o humor do dia ou mostrar aos amigos a música que estava ouvindo, em tempo real. Por isso, era comum usar as letras das canções e enviar um recado ao ficante ou às amigas.

5. Chamar a atenção de um amigo no MSN era uma forma de fazê-lo parar tudo o que estivesse fazendo para saber da última fofoca

Essa função era engraçada e, de certa forma, muito útil. Quando alguém acreditava estar sendo ignorado pelo amigo do outro lado, podia usar o recurso de chamar a atenção. Era possível escolher entre tremer a tela ou batidas virtuais no vidro do monitor. Além disso, os sons das notificações ficavam mais altos. O jeito era atender logo o chamado, não é?

6. Conversar com áudio e vídeo era um evento! Só tinha esse privilégio quem contava com um kit multimídia completo e, mesmo assim, com baixíssima qualidade!

Antes mesmo da chegada do Skype, o MSN revolucionou nossa forma de conversar pela internet, por meio das videoconferências. A qualidade do som era muito baixa, a conversa travava e a imagem tinha uma resolução nada boa. Ainda assim, era um recurso impressionante — para quem podia ter um kit multimídia com webcam, fone de ouvido e microfone!

7. Selfies só diante do espelho. Aliás, esse termo nem existia. Era só uma foto no espelho mesmo!

Quando as câmeras digitais domésticas chegaram, as pessoas se encantaram pela possibilidade de fotografar mais, sem precisar comprar ou revelar filmes, como era até então. As fotos em frente ao espelho já atraíam muitos fotógrafos, desde o século passado. Com essa facilidade, para virar “uma febre”, foi só questão de tempo... O problema é que a resolução era baixa, o flash atrapalhava e o enquadramento nunca ficava muito bom!

8. E por falar em fotos, transferir os cliques para o computador era um trabalhão!

Nada de Bluetooth, Wifi ou NFC... A mesa do computador, na hora de transferir as fotos da câmera, era tomada por muitos cabos e fios, cartão de memória e CDs para instalação de aplicativos e gravação das fotos. Em muitos casos, o computador e a câmera não eram compatíveis e ficávamos meses sem conseguir acessar as fotos.

9. MP3 ou plataformas de música? Nos anos 2000, era preciso “queimar” CDs se você quisesse criar uma playlist exclusiva para presentear o “pretê” — como chamávamos nossos crushs!

No início dos anos 2000, o formato MP3 ainda engatinhava... A maioria dos tocadores de música eram pouco acessíveis e, então, o jeito era se socorrer baixando músicas e gravando a seleção em CDs para ouvir no carro ou no Disc player. Em geral, essa era uma forma eficiente de agradar o paquera, ou dar um presente exclusivo a um amigo.

10. Ficar orgulhoso por ter de criar uma segunda conta no Orkut, depois de atingir a marca de 999 amigos

Uma das mais queridas e memoráveis rede sociais de todos os tempos, o Orkut foi uma revolução na forma de se expressar e fazer amizade. Ao contrário das plataformas atuais, que permitem milhões de amigos e seguidores, o vovô Orkut só comportava 999 amigos por perfil. Então, quando acabava a “cota” de conexões, era um orgulho só!

11. Quebrar a cabeça para conseguir formar palavras e desenhos com os caracteres especiais do Windows, para o status das redes sociais. Texto normalzinho era para os fracos!

Era tão legal ter um “Quem sou eu?” personalizado na página inicial do Orkut que muitos sites especializados montavam tutoriais para ensinar a fazê-lo. Quanto mais elaborado fosse o desenho, mais destaque tinha um status. E muitas pessoas passavam horas nessa tarefa, até chegar ao resultado desejado.

12. Entrar em salas de bate-papo para conhecer pessoas legais e puxar conversa com um “quer tc?” — que, nessa epóca, significava “quer teclar?”

A maneira clássica de começar uma conversa era com a pergunta: “Quer tc?”, uma abreviação da expressão “teclar”, já que o papo todo era digitado. As salas de bate-papo eram os recursos para conhecer gente — seja para amizade ou para um possível namoro. Era preciso entrar em um site e escolher uma sala virtual. Às vezes, havia centenas de pessoas de todo o país, falando — ou melhor — teclando, ao mesmo tempo.

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