13 Livros que vão ficar gravados na sua memória (todos escritos por um vencedor do Prêmio Nobel)

Dicas
há 4 anos

O Prêmio Nobel de Literatura é concedido anualmente aos autores por suas conquistas nesse campo. Anteriormente, era entregue, na maioria dos casos, a obras literárias de pacificadores, mas ao longo dos anos, o prêmio mudou seu foco para experimentalismos e depois para a diversidade literária.

No Incrível.club nos propusemos o objetivo de explorar os trabalhos de 107 premiados e descobrir os 13 livros que nos comoveram mais profundamente.

1.

O fim do homem soviético

Svetlana Aleksiévich
O livro foi publicado em 2013 e é dedicado ao fenômeno do homem soviético. A autora os chama de Homo sovieticus e explora o trauma causado pelo colapso do socialismo. O livro contém memórias de testemunhas da época que contam suas histórias. Svetlana Aleksiévich mostra a era que ficou para trás.

2.

Retrato de grupo com senhora

Heinrich Böll
As principais questões das obras de Heinrich Böll são a falta de sentido da guerra e a influência do regime nazista no destino do povo. A protagonista do livro Retrato de grupo com senhora é a alemã Leni Pfeiffer. Seu romance com um prisioneiro de guerra soviético ajuda e, ao mesmo tempo, arruína sua vida. É narrado pelo entrevistador das pessoas que conheceram Pfeiffer. Suas histórias não apenas revelam a imagem dessa mulher, como também refletem a vida da sociedade alemã da época.

3.

A canção de Solomon

Toni Morrison
Toni Morrison ganhou o Prêmio Nobel em 1993 por "reviver um aspecto importante da realidade americana em seus romances cheios de sonhos e poesia". Seu livro A canção de Solomon tem como trama central a vida de um jovem, Macon 'Milkman' Dead III, um afro-americano de Michigan. O livro reflete seu confronto com a sociedade e descreve a busca do protagonista para encontrar joias de família e independência material, que o leva a suas origens.

4.

As intermitências da morte

José Saramago
O que aconteceria se as pessoas parassem de morrer? Foi o que José Saramago imaginou em seu livro As intermitências da morte. Em um país, a morte decide interromper seu trabalho. A partir de agora, o destino das pessoas é viver para sempre. Mas então, a euforia se transforma em desespero e todos começam a procurar maneiras de acabar com a situação. Quando o país está à beira do caos, a morte entra no jogo e muda as regras.

5.

Who do you think you are?

Alice Munro
Os críticos comparam Alice Munro com Chekhov e chamam-na de uma boa psicóloga. Who do you think you are? é um romance de episódios, todas as histórias estão interligadas e falam de Flo e sua filha adotiva, Rosa. A autora enfatiza que cada personagem é responsável por suas decisões e constrói seu próprio destino.

6.

Descascando a cebola

Günter Grass
Descascando a cebola é um livro autobiográfico de Günter Grass. As memórias cobrem o período de 1º de setembro de 1939, quando começou a Segunda Guerra Mundial, até 1959, quando seu famoso romance O Tambor foi publicado. Falando de sua vida, o autor mencionou vários meses de serviço na SS que quase lhe custaram sua reputação. O comitê chegou a levantar a questão de lhe retirar o Prêmio Nobel de Literatura, mas foi observado que ele nunca escondeu esse fato e que ele condenou aqueles que defendiam seu passado nazista.

7.

O sonho mexicano ou o pensamento interrompido

Jean-Marie Gustave Le Clézio
Jean-Marie Le Clézio explora os valores culturais indígenas do México em uma jornada pela dimensão mágica da cosmogonia dos povos pré-hispânicos, por meio do reconhecimento de danças, rituais, cerimônias tribais e comemorações, bem como contando com códices pré-hispânico.

8.

O gigante enterrado

Kazuo Ishiguro
Kazuo Ishiguro recebeu o Prêmio Nobel em 2017 por ter “aberto o abismo sob nosso ilusório senso de conexão com o mundo”. O gigante enterrado é seu último trabalho. Trata-se de um romance fantasioso, inspirado na história da Inglaterra medieval. Axel e Beatrice, um casal de idosos, decidem deixar sua pequena cidade e iniciar uma jornada perigosa para encontrar seu filho, que não veem há muitos anos. O autor conta uma história sobre memória, esquecimento, vingança e guerra, amor e perdão. Uma história sobre todas as pessoas estarem realmente sós.

9.

Tudo o que tenho levo comigo

Herta Müller
Herta Müller recebeu o Prêmio Nobel em 2009 por “descrever a vida dos sem-teto com grande concentração poética e honestidade na prosa”. Herta está familiarizada com essa questão: teve que enfrentar a deportação dos pais, a perda de trabalho devido à recusa em cooperar com os serviços especiais, a censura em relação aos seus trabalhos. Tudo o que tenho levo comigo é um livro de memórias, a história de um jovem alemão, Leo, que foi deportado da Romênia e enviado para um campo soviético, onde deve ajudar a restaurar o país das consequências do fascismo.

10.

Sem destino

Imre Kertész
Em 2002, Imre Kertész recebeu o Prêmio Nobel “por sua obra, na qual a fragilidade da pessoa se opõe ao despotismo bárbaro da história”. Em 1944–1945, ele foi preso em Auschwitz e Buchenwald, que formaram a base de seus romances. Sem destino, conta a história de um jovem que é enviado para um campo de concentração. Lá ele vê todo o horror da degradação humana, mas quer sobreviver, apesar do remorso de sua consciência.

11.

O grito silencioso

Kenzaburo Oé
Kenzaburo Oé recebeu seu primeiro prêmio literário aos 23 anos. Aos 59, ele ganhou o Prêmio Nobel. No romance O Grito Silencioso, os acontecimentos se dão simultaneamente no mesmo local, com um intervalo de 100 anos. É a história de dois irmãos, Mitsusaburo e Takashi, imbuídos da mentalidade japonesa, que é visível não só no estilo e nas formulações, como também nas ações e motivações dos personagens.

12.

A colmeia

Camilo José Cela
Camilo José Cela recebeu o Prêmio Nobel em 1989 “por sua prosa expressiva e poderosa, que descreve as fraquezas humanas de maneira compassiva e comovente”. A ação do romance A colmeia se dá na década de 1940, em Madri. No livro aparecem cerca de 160 personagens, que são quase de igual importância. Quando eles se encontram, desaparecem na colmeia barulhenta da cidade grande.

13.

Shosha

Isaac Bashevis Singer
A maioria das obras desse autor é escrita em iídiche e a tradução, muitas vezes, é diferente do original. O romance Shosha é comparado ao Lolita, de Nabokov. Descreve a vida da alta sociedade judaica na Varsóvia antes da guerra. É a história de um jovem que, quando criança, brincava com uma garota chamada Shosha. Ao crescer e se tornar um escritor, ele se encontra novamente com a menina e se apaixona por ela.

Conte-nos sobre o último livro que você leu. Por que ficou gravado na sua memória?

Comentários

Receber notificações
Sorte sua! Este tópico está vazio, o que significa que você poderá ser o primeiro a comentar. Vá em frente!

Artigos relacionados