11 Verdades difíceis de “digerir” sobre a vida que algumas pessoas ainda não conseguem encarar

Dicas
há 4 anos

Pessoas felizes não veem a vida sob o prisma da “perfeição”. Elas aceitam o mundo como ele realmente é, incluindo as injustiças e os aborrecimentos. Já aqueles que preferem ignorar as infelicidades podem se ver correndo uma espécie de maratona interminável, repetindo os mesmos erros. A vida nos mostra constantemente que é impossível ter absolutamente tudo que queremos e que aceitar nossas imperfeições e as dos outros é o primeiro passo para ser plenamente feliz.

Nós, do Incrível.club, tentamos encarar a realidade sem medo, por mais cruel que ela seja. E há questões simples que podem nos ajudar a olhar para a vida com um pouco mais de sinceridade.

Em vez de tentar entender o sentido da vida, busque encontrar sua vocação

Muita gente ainda perde bastante tempo tentando explicar o sentido do universo — a exceção são filósofos profissionais, que fazem isso como profissão.

A verdade é que nada parece ter sentido quando não temos um objetivo ou uma atividade que nos dê prazer. Por isso é muito importante encontrar nossa vocação. É a partir dela que iremos aproveitar nosso dia a dia, tornando os questionamentos metafísicos menos relevantes. Mas deitar no sofá para assistir televisão não conta como vocação, hein?

Não compartilhe seus problemas com qualquer pessoa

Alguns de nós compartilham os próprios problemas quase que involuntariamente: “diminuíram meu salário”, “minhas costas estão doendo”, “meu chefe é um mala”... Tais temas são considerados normais para conversas do dia a dia, mas essas queixas não só incomodam os outros, como também têm um efeito negativo no nosso psicológico.

Antes de manifestar sua insatisfação com as injustiças do mundo, pense no propósito que pretende alcançar: você quer pedir ajuda ou simplesmente desabafar? Se não estiver procurando por ajuda, especificamente, não compartilhe seus problemas com qualquer pessoa somente para “tirar o peso dos ombros”. Isso pode ter influência tanto em suas relações interpessoais quanto na sua saúde mental. Se está pensando em simplesmente “desabafar por desabafar”, pense duas vezes.

O tédio é um mal difícil de se livrar

Uma ação que é repetida diversas vezes vai se tornar, inexoravelmente, algo entediante. O problema é que a vida prevê a repetição de diversos processos diariamente: acordar, tomar banho, escovar os dentes, trabalhar, comer, dormir, etc. Você pode viajar, começar aulas de hipismo, aprender chinês, mas, a cada ano que passa, haverá menos coisas que irão te surpreender. É inevitável. E, por isso, as crises de tédio se tornam mais frequentes com o passar do tempo, o que é totalmente normal.

O poeta Joseph Brodsky recomendava o seguinte para lidar com o tédio: “quando o tédio bater, entregue-se a ele; mergulhe até o fundo. Há uma regra geral para lidar com coisas desagradáveis: quanto mais cedo você chegar ao fundo do poço, mais rápido poderá emergir para a superfície”.

Sempre haverá alguém mais esperto, mais bonito e mais novo que você

Isso pode não ser fácil de aceitar, mas é necessário, para que possamos avaliar objetivamente nossa relevância para os outros. Se você se acha especial, possivelmente se decepcionará com as pessoas em algum momento (e provavelmente mais de uma vez).

Como a confiança excessiva em si mesmo pode atrapalhar sua vida? Isso pode ser refletido na forma como você se relaciona amorosamente, por exemplo, ao acreditar que a outra pessoa mudará seus hábitos por estar com alguém “especial” — ainda neste post, trataremos mais a fundo da dificuldade de mudar uma pessoa. Outro exemplo é quando um funcionário confia tanto em seu potencial e relevância para a empresa que não acredita que possa ser substituído, o que pode levar a decisões irreparáveis para sua carreira.

Em termos gerais, não estamos dizendo que ter confiança em si mesmo seja algo contraprodutivo, mas que ter a humildade de se colocar no mesmo patamar que as outras pessoas trará frutos muito mais duradouros.

As piores dores vêm das pessoas mais próximas

Lidar com críticas de pessoas desconhecidas (ou pouco conhecidas) é mais fácil do que aceitar aquelas vindas de familiares e amigos próximos. Pessoas próximas conhecem os nossos pontos fracos e podem acertar os lugares que doem mais, nem sempre por acaso. Como forma de autoproteção, podemos tentar reduzir nossas expectativas. Precisamos entender que todas as pessoas, sem exceção, são passíveis de erro e têm necessidades e vontades próprias, que não necessariamente combinam com as nossas.

Respeitar a si mesmo não é algo “opcional”

É simples: se o seu tempo e energia não forem importantes para você, eles serão usados em benefício dos outros. Quem já viajou de avião sabe que, de acordo com as regras de segurança, é preciso colocar a máscara de oxigênio em si mesmo antes de socorrer os outros. Às vezes, temos boas intenções ao ajudar. Mas é preciso ter cuidado para não se decepcionar esperando uma retribuição que nunca vem.

Só não pense que as pessoas são ingratas. O foco aqui é se valorizar e não deixar de fazer algo que ama porque está dedicando todo o seu tempo aos outros. Devemos amar e ajudar o próximo como a nós mesmos, mas nunca mais que a nós mesmos.

Saúde não dura para sempre

“A alma nunca envelhece”. Esse é um ótimo lema para a vida. Mas é preciso admitir que aos 40 anos de idade não teremos a mesma saúde que aos 20 (as dores na coluna vão te lembrar disso). Quanto mais cedo você aceitar essa realidade e começar a se precaver, melhor se sentirá no futuro.

Os maus hábitos contribuem para que as doenças se manifestem mais rapidamente. Os médicos dizem que a predisposição genética a doenças é como uma arma carregada, mas o estilo de vida é o que efetivamente puxa ou não o gatilho. Por isso, não deixe de caminhar, comer legumes em vez de fast food e ir ao médico com certa frequência. Essas são as escolhas que devemos fazer desde cedo. Mas achar que a juventude e a saúde são recursos inesgotáveis só lhe trará frustrações, infelizmente.

A velhice é solitária e precisamos nos preparar para isso

Essa “preparação” deve ser não apenas física (veja o parágrafo sobre saúde), mas também financeira e psicológica. Lamentavelmente, os laços sociais enfraquecem com a idade. Os filhos e os netos certamente vão ajudar, mas não necessariamente estarão presentes — e, por isso, não evitarão a solidão. Em outras palavras, na velhice passaremos a maior parte do tempo sozinhos.

Mas envelhecer não é assim tão assustador como parece. Hoje em dia, as pessoas mais velhas têm muito mais oportunidades: podem continuar trabalhando ou explorar diversos hobbies. Tudo vai depender de como você lidará com o envelhecimento: se aceitar a nova posição que passar a ocupar na sociedade, será muito mais fácil se acostumar com as mudanças na vida e no corpo.

Seu relacionamento sempre pode acabar

Infelizmente, promessas de amor eterno raramente são cumpridas. Sociólogos sugerem que a maioria das pessoas possui uma predisposição a trocar de parceiro. Os sentimentos não duram para sempre e devemos ter isso em mente quando estamos em um relacionamento. Não é uma boa ideia viver em prol de outra pessoa, abdicando das necessidades próprias e dos amigos. Às vezes, a codependência é tão grande que se o relacionamento vier a terminar, será preciso reconstruir a vida do zero e reaprender a viver sozinho. Mas nem todos estão preparados para isso.

Quando estiver em um relacionamento, não ame pelos dois

Um relacionamento deve ser uma via de mão dupla. Se você sentir que está dando mais do que recebe, provavelmente é isso mesmo que está acontecendo. Isso pode acontecer porque seu parceiro ou parceira não ama você da forma como você gostaria, ou porque não te ama, mas gosta de receber o seu carinho. O primeiro caso é mais fácil: basta um pouco de comunicação e não ter medo de falar sobre o que você gostaria que mudasse. Mas se a pessoa continuar a agir da mesma forma, sem considerar os seus desejos e necessidades, talvez seja a hora de se questionar sobre se esse relacionamento está sendo sadio para você.

É muito difícil mudar o outro

Muitos acreditam que devemos nos esforçar para “melhorar” ou “mudar” nosso relacionamento, buscando, na verdade, mudar o outro, com acordos ou ultimatos. Mas isso, muito provavelmente, levará a frustrações e brigas. Em vez de tentar obter algo do seu parceiro ou parceira, psicólogos aconselham a simplesmente dar à pessoa amada aquilo que ela realmente quer. Assim, podemos focar não no que será bom para o relacionamento, mas sim no que será bom para nós mesmos. E isso vale para ambas as partes.

E aí, você acha que a verdade “nua e crua” ajuda a ver o mundo com outros olhos? Ou você prefere nem pensar nisso?

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