10 Erros de limpeza que podem fazer mal à sua saúde (arrumar a cama logo cedo é um deles!)

Dicas
há 4 anos

Limpar a casa não é das coisas mais prazerosas do universo. Mas quase todo mundo concorda que viver no meio da bagunça e da sujeira é pior ainda. No entanto, quando cuidamos do nosso cantinho, às vezes fazemos coisas de um jeito que achamos certo e, na verdade, estamos colocando em risco nossa saúde e a de nossos familiares.

Por distração ou por falta de conhecimento (afinal, ninguém sabe tudo e estamos no mundo para aprender), tomamos certas atitudes domésticas às vezes até bem perigosas. Fazer faxina com tudo fechado, por exemplo, pode atacar o seu pulmão. Misturar produtos de limpeza pode criar uma bomba caseira. E o álcool gel não é tão eficiente quanto se pensa para deixar a casa livre dos germes.

Mas o Incrivel.club também traz boas notícias para os preguiçosos: deixar a cama desarrumada pela manhã é bom para se livrar dos ácaros! Conheça alguns dos 10 erros mais comuns e a forma de fazer a faxina do jeito certo. E, no final, feche a tampa!

10. Esfregar uma superfície cheia de mofo

É preciso ter muito cuidado com o mofo, também conhecido como bolor. Algumas espécies desses fungos podem ser prejudiciais à saúde, causando micoses e lesões na pele, problemas respiratórios, dores musculares, alergias, provocando ou agravando crises de asma e de bronquite.

Esfregar uma mancha feia de bolor causada pela umidade pode ser tentador, mas não é a maneira correta de resolver o problema. Com toda essa fricção, os esporos dos fungos podem se alastrar pelo ambiente e continuar causando danos à saúde da família.

Faça do jeito certo

A especialista em limpeza Ralitsa Prodanova, da empresa britânica Fantastic Services, recomenda o uso de luvas de borracha, máscara e óculos protetores para combater o bolor. Usando uma garrafa com borrifador, você deve aplicar água sanitária na região tomada pelo mofo, deixar o produto agir por meia hora e então passar um pano úmido e lavar a área afetada.

9. Limpar a casa com tudo fechado e sem proteção

Produtos de limpeza potentes podem ser ótimos aliados para deixar a casa brilhando. Mas uma exposição constante a substâncias tóxicas como cloro, benzeno ou branqueadores pode gerar problemas respiratórios como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e a bronquite crônica, males que também atacam os fumantes.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Francês de Saúde e Pesquisa Médica constatou que enfermeiros que usam desinfetantes com frequência, para limpar objetos e o ambiente de trabalho, têm entre 24% e 32% mais risco de desenvolver DPOC. Outra pesquisa, da Universidade de Bergen, na Noruega, concluiu que mulheres que trabalham com limpeza têm o declínio das funções pulmonares comparável com o de quem fuma 20 cigarros por dia.

Faça do jeito certo

Relitsa Prodanova recomenda abrir todas as janelas e portas na hora de limpar a casa. Assim, os vapores dos elementos tóxicos contidos nos produtos de limpeza dissipam-se mais rapidamente no ar. Além disso, é recomendável usar máscaras para o nariz e para a boca, óculos protetores e luvas de borracha ao lidar com esses produtos.

8. Arrumar a cama logo após o despertar

Esta dica vai agradar quem tem preguicinha de arrumar a cama logo cedo. Os ácaros — famosos bichinhos que causam alergias, rinite e asma — adoram camas arrumadas. Isso porque, durante o sono, nossa transpiração deixa os lençóis e o colchão úmidos. Se você arruma a cama assim quem desperta, deixa tudo exatamente do jeito que os ácaros adoram para se proliferar, uma vez que eles precisam de umidade para sobreviver.

Uma pesquisa da Universidade de Kingston, na Inglaterra, comprovou a tese de que a cama arrumada pode colaborar para a infestação de ácaros. A mesma pesquisa contabilizou que temos cerca de 1,5 milhão de ácaros em nossas camas. Portanto, não é nada fácil livrar-se totalmente deles.

Faça do jeito certo

“Às vezes, simplesmente deixar a cama desarrumada durante o dia pode ajudar a remover a umidade dos lençóis e do colchão, de forma que os ácaros fiquem desidratados e morram”, indica o cientista Stephen Pretlove, que esteve à frente da pesquisa britânica. Relitsa Prodanova recomenda o mesmo procedimento e sugere que a roupa de cama seja lavada semanalmente em água quente. Passar o aspirador sobre o colchão com frequência também evita a infestação por ácaros.

7. Misturar produtos de limpeza

Quem acha que um “coquetel” de produtos pode ser eficiente para deixar a casa imaculada pode estar se expondo a vários riscos. A mistura de água sanitária com produtos à base de amônia, por exemplo, cria uma reação química que libera vapores de cloro gasoso, cloramina e outros gases que podem causar danos ao pulmão ou perda da visão e do olfato, além de serem explosivos.

A água sanitária, por sinal, tão útil para a limpeza pesada, também não deve ser misturada ao álcool (causa danos ao pulmão, ao sistema nervoso, aos olhos e ao fígado) ou ao vinagre (causa queimaduras nos olhos e afeta o pulmão). Ao mesclar vinagre e bicarbonato, o que parece ser inofensivo, você também pode estar criando um artefato explosivo dentro de casa.

Faça do jeito certo

A regra é simples e uma só: nunca misture produtos de limpeza. Não se sabe que reações químicas podem acontecer e, por prevenção, é melhor evitar experiências. Ao comprar um produto, também tenha o cuidado de ler atentamente as instruções de uso no rótulo e conhecer os procedimentos de segurança para evitar acidentes.

6. Passar álcool gel em mesas, bancadas e outras superfícies

Dá aquela sensação de brilho e limpeza passar um bom pano com álcool gel sobre a fórmica da mesa antes da refeição, não dá? Pois é, apenas dá, mas a verdade não é essa. O álcool gel é apropriado para a limpeza das mãos, por sua textura, mas não funciona bem para a limpeza da casa, como explica a divisão de Vigilância Sanitária de Produtos da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.

Ao passar o produto sobre a superfície, o álcool logo evapora e uma camada de gel permanece sobre a mesa, a bancada ou o vidro. Sobre essa camada “grudenta” vão se acumular sujeira e bactérias. Ou seja, sua mesa pode ficar pior do que já estava.

Faça do jeito certo

álcool líquido 70% tem função bactericida mais eficaz do que o gel e deve ser aplicado com um pano limpo umedecido com água. Mas cuidado com ele, que é abrasivo e pode corroer materiais como plástico, couro e madeira. É também inimigo das mãos, pois resseca a pele. Como é inflamável, também pode causar incêndios e, claro, deve ser mantido longe das crianças, como qualquer produto de limpeza.

5. Deixar louça de molho na pia para lavar tudo junto

Sabe a mãe chata que vive repetindo: “Usou o prato, lavou?” Nesse caso, ela tem toda a razão. Pratos, copos, talheres e outros utensílios com restos de alimentos são um parque de diversões para bactérias e podem transformar sua cozinha num lugar mais sujo que o banheiro, causando infecções intestinais, gastroenterite, hepatite e até tuberculose.

De fato, a pia da cozinha é capaz de acumular mais bactérias que o vaso sanitário, como alerta a Universidade do Arizona (EUA). Fato corroborado por uma pesquisa da Universidade de Barcelona (Espanha), que inspecionou lares e chegou à conclusão de que a pia pode conter 100 mil vezes mais germes do que o banheiro.

Faça do jeito certo

Lembre-se da mãe chata e nunca deixe acumular louça. E não só a louça, mas a própria pia merece ser lavada diariamente. Você pode usar um detergente leve e água morna para limpar torneiras, ralo, bordas e bancada. Por fim, despeje água quente no ralo, para evitar o mau cheiro.

Uma vez por semana, é recomendável lavar a pia com uma mistura de 60 ml de suco de limão e uma colher de chá de bicarbonato, que deve agir sobre a superfície durante 10 minutos e ser lavada com água quente. Para higienizar o ralo, basta meia xícara de bicarbonato com 60 ml de suco de limão e, em seguida, um copo de vinagre branco.

4. Não dar atenção à esponja de cozinha

O hábito de usar a esponja de lavar louças até ela se desfazer não é nada saudável. Um artigo com conteúdo homologado pela Escola de Medicina e Saúde Pública Bahiana alerta para a quantidade de bactérias que uma simples esponja de cozinha pode ter: 10 milhões. Elas podem causar os mesmos estragos à saúde que a pia com louça acumulada.

Outro cuidado importante é não manter uma lixeirinha sobre a pia, pelos mesmos motivos: proliferação de bactérias. O “prático” paninho úmido que às vezes deixamos sobre a pia é outro playground para os vermes. Prefira um pequeno rodo para secar a bancada.

Faça do jeito certo

Ideal mesmo é ter uma esponja para copos, outra para pratos e mais uma para a limpeza do fogão. Antes de usar, jogue água quente na esponja e depois também. Ao terminar a tarefa, esprema bem a esponja para retirar a maior quantidade de água possível. Troque a esponja semanalmente.

3. Só limpar o aspirador de pó quando ele está cheio

Vamos aspirando o pó da casa, aspirando... Até o aparelho ficar cheio até não poder mais. Aí então esvaziamos o saco coletor e achamos que está tudo indo às mil maravilhas. O aspirador, no entanto, é outro lugar particularmente propício para a proliferação de bactérias, inclusive a temida Escherichia coli, que pode provocar infecções no sistema digestivo, no trato urinário, na pele e em outras partes do corpo.

Faça do jeito certo

O ideal é limpar o saco de pó, diretamente na lata de lixo, a cada uso do aspirador. As peças móveis do aparelho também merecem atenção, pois muita sujeira costuma ficar acumulada nos canos e na mangueira flexível. Eles devem ser lavados por fora com esponja, água e sabão.

Para realizar a lavagem interna, o melhor método é usar uma mangueira de jardim, com jato forte, para desfazer acúmulos mais difíceis (como emaranhados de cabelos) que podem obstruir a passagem de ar. O saco coletor, se for de pano, deve ser lavado com água e sabão a cada 15 dias.

2. Não prestar atenção à borracha da porta da geladeira

As borrachas das portas da geladeira e do freezer são uma grande invenção, pois ajudam o aparelho a manter-se bem fechado. Mas você já fez uma vistoria para ver em que estado se encontra a sua borracha? Pois é, abrimos e fechamos a geladeira várias vezes ao dia e nem sempre prestamos atenção a esse detalhe.

A parte interna da sanfona da borracha é um abrigo delicioso para bactérias e mofo. O bolor inclusive se espalha para fora e para dentro da geladeira a cada abertura e fechamento e seus esporos podem contaminar o ar que você respira e os alimentos que guarda lá dentro. Daí para uma infecção intestinal, por exemplo, é um pulo.

Faça do jeito certo

O ideal é limpar a geladeira toda (não só a borracha) a cada 15 ou 20 dias. O detergente de louças é um bom aliado na limpeza cotidiana e pode evitar que bichos mais estranhos comecem a viver ali. Caso o mofo já tenha aparecido ou haja manchas mais feias na borracha, é hora de partir para o ataque. Borrifar vinagre branco na região, deixá-lo agir por 15 minutos e depois lavar com água e sabão é uma boa técnica.

Porém, se a borracha já estiver tomada por manchas mais escuras e persistentes de bolor, é hora da estratégia pesada. Misture 1/4 de colher de água sanitária em um litro de água morna e passe com uma esponja macia sobre a área afetada, depois limpe tudo com um pano umedecido e, por fim, seque. Só use água sanitária em casos extremos de contaminação por mofo, pois ela pode ressecar a borracha e diminuir sua vida útil.

1. Não fechar a tampa do vaso sanitário ao dar descarga

Uma descarga na privada é um pequeno festival para bactérias da urina e das fezes. Portanto, não adianta o banheiro estar um brilho só. Dar descarga com a tampa aberta equivale a passar, por todo o banheiro, um belo de um spray de germes e bactérias, que vão adorar o passeio aéreo até sua toalha ou sua escova de dentes.

Para quem acha exagero, pesquisadores da Universidade do Arizona (EUA) garantem que uma descarga é capaz de levar as bactérias para um raio de 2 metros além do vaso sanitário. Uma compilação de estudos comentada pelo American Journal of Infection Control (Jornal Americano de Controle de Infecções) revela dados alarmantes.

A Escherichia coli, que causa vômitos e diarreias, fica no ar até 6 horas depois da descarga. A salmonella, uma bactéria ainda mais poderosa e que causa septcemia, infecção aguda que pode levar à morte, sobrevive no vaso sanitário por até 50 dias e também dá seus passeios pelo ar com ajuda da descarga. A bactéria Clostridium difficile, que já não tem um nome bonito, paira no ar do banheiro por cerca de 90 minutos a cada descarga. Ela causa febre, diarreia, dor de barriga e pode levar a infecções mais graves também.

Faça do jeito certo

Feche a tampa ao dar adeus ao número 1 e, principalmente, ao número 2.

Gostou das nossas dicas? Elas foram úteis para deixar sua casa mais limpa e saudável? Se tiver mais sugestões de limpeza para compartilhar, conte tudo nos comentários!

Comentários

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Depois que vi uma matéria na tv alertando dos riscos,sempre baixo a tampa do vaso ao dar descarga.

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