Ela escreveu um depoimento sobre como foi criada pelos pais e emocionou muita gente

Crianças
há 1 ano

Uma jovem, que usa o apelido de MissLoyality, compartilha em seu blog diferentes histórias de sua vida. Ao lembrar de sua infância, a garota se deu conta de que seus pais puderam desenvolver nela, de maneira simples e fácil, algumas qualidades pessoais muito valiosas. Tentou, então, resumir no blog alguns segredos e comportamentos de educação de sua mãe e seu pai que poderão ajudar outras pessoas na criação de filhos fortes, que amam a família e a vida.

Incrível.club acredita que as histórias de família podem ser mais úteis do que os conselhos sem as experiências reais envolvidas. Com a permissão da autora, compartilhamos com nossos leitores alguns segredos de criação de uma família promissora.

Motivar ao invés de obrigar

Qualquer pai ou mãe precisa de ajuda com as tarefas do lar, mas isso pode ser insuportavelmente chato para as crianças, como limpar os sapatos ou guardar brinquedos espalhados. O pai de MissLoyality encontrou uma forma genial de envolver as crianças nas tarefas do lar.

Por exemplo, ele fazia para sua pequena filha uma pergunta: “Você já viu como a água evapora com o sol?” A menina, que ainda não havia visto esse ’milagre’, exigiu provas, é claro. Seu pai começou a regar o pátio, e, logo, propôs a ela: “Precisamos esperar um pouco... enquanto isso, por que não vemos quem varre mais rápido e melhor?” Ela, então, tentava impressionar o pai, e a chata tarefa se tornada divertida. Seu pai mostrou, após a tarefa, que a brincadeira foi mesmo um êxito: a água evaporou e a menina viu o resultado, satisfeita. De forma inteligente, ele conseguia até entusiasmar suas filhas na missão de limpar e organizar a casa. Elas eram incentivadas o tempo todo a contribuir.

  • O que os pais devem fazer? Deve-se sempre buscar a forma que isso seja divertido, despertando o sentimento saudável de competitividade e de motivação. Use frases como “Quem será que termina isso primeiro?” ou “Quero ver você juntar as coisas o mais rápido possível!” O desafio é a chave para isso.

E se a criança não é muito curiosa?

Questionada por sus seguidores sobre formas de motivação, MissLoyality deu o seguinte exemplo. Seu pai às vezes dizia: “Vamos fazer uma surpresa para sua mãe? Podemos organizar e limpar a sala. Ela chegará em 2 horas!” As meninas ficavam entusiasmadas e colocavam a mão na massa. Assim, a atividade doméstica virava prazerosa também pela recompensa, que era a satisfação da mãe ao ver tudo pronto quando ela chegasse do trabalho.

personalidade da irmã maior requeria reconhecimento e aprovação. Ela se sentia realmente muito motivada por elogios, como “Quem fez este molho? Está maravilhoso!”, ou “Eu gostaria de cozinhar tão bem como você, filha!” Já a menor era mais curiosa e ativa, e a maior assumia facilmente o papel de sua ’mentora’. Por tanto, os pais conseguiam entusiasmar as meninas em atividades em conjunto, mas sempre instigando a mais velha a ensinar a menor a fazer as atividades solicitadas corretamente, como colocar roupas para lavar ou estender a cama.

Os pais também adotavam formas sutis de elogiar as pequenas. Por exemplo, o pai desafiava uma das filhas para ver quem liparia mais rápido um tapete, ele com a vassoura e ela com o aspirador. Por fim, afirmava que a maneira como a pequena havia escolhido para a tarefa, o aspirador, era a melhor. Isso reforça a autoestima e o desejo de fazer tudo de forma autônoma e segura.

Além disso, eles smepre diziam que elas eram grandes e capazes de fazer qualquer tarefa. As meninas ficavam alegres em perceberem que já estavam realizando tarefas que, antes, eram realizadas apenas por adultos, o que proporcionava a elas confiança e força de vontade.

  • O que os pais devem fazer? Nunca se esqueçam de avaliar positivamente qualquer trabalho dos seus filhos. É difícil para uma criança compreender o significado de ’dever’, mas a compreensão do propósito de suas ações a motiva. Como resultado, elas devem pensar coisas como: “estou ficando grande”, “posso fazer coisas que as pessoas adultas fazem”, “sou responsável”.

Não tirar liberdade da criança, apenas corrigir seus erros sem escândalos

MissLoyality contou uma história que possivelmente,também já tenha acontecido com você. A mãe permitiu que ela e sua irmã maior fossem sozinhas comprar uma roupa para ir à escola. As irmãs voltaram para casa com a compra: uma saia curta e uma blusa de gola alta verde, bastante chamativa. A mãe pediu que devolvessem as coisas, explicando que a roupa não era apropriada para a escola e que a qualidade era duvidosa. Mas a vendedora se negou a fazer a troca. No dia seguinte, foram novamente à loja com sua mãe. Ela explicou tranquilamente para a vendedora a situação, e conseguiu recuperar o dinheiro. “Ela conseguiu convencer a vendedora com seus argumentos e, de forma bastante segura, solicitou a devolução do dinheiro”, conta a moça.

  • O que os pais devem fazer? As crianças sempre querem ser um pouco mais maduras e querem ter liberdade de escolha, seja qual for o assunto. Mas, às vezes, a ingenuidade e a falta de experiência podem levar a erros. Os pais devem dar aos filhos a oportunidade de serem mais responsáveis, mas, ao mesmo tempo, acopanhá-los e apoiá-los. No caso descrito, a mãe explicou os problemas da roupa comprada e mostrou às meninas como era possível corrigir o erro: exigindo o reembolso do dinheiro. Quando as irmãs não conseguiram trocá-la, ela mesma tomou a frente da situação, e as meninas aprenderam que devem lutar por seus direitos.

Dicas de segurança

MissLoyality lembra como sua mãe lhe explicou várias vezes o que fazer se alguém tentasse agredi-la, como no caso de uma tentativa de sequestro, por exemplo. Em uma situação assim, é claro, o agressor será maior e mais forte. Então, ela deveria usar qualquer meio para chamar outras pessoas na rua, como pegando galhos de árvore ou pedras para jogar em janelas ou carros. As pessoas, muitas vezes, têm medo de intervir em uma situação de agressão, ou simplesmente não se metem em assuntos dos outros; mas, quando se trata de sua propriedade, certamente farão algo ou chamarão a polícia. O dano material sempre poderá ser reparado, mas a vida humana, infelizmente, não.

  • O que os pais devem fazer? Na escola, muitas vezes, ensina-se como agir em casos de perigo, como por exemplo em um incêndio. Mas também é importante alertar para a segurança pessoal.

Em que casos se deve prever as consequências mais graves?

Quando a MissLoyalty tinha 6 anos, aconteceu algo muito desagradável. Ela foi visitar seus vizinhos e decidiu dar voltas com uma menina menor que ela, de apenas 3 anos. Em um determinado momento, elas caíram; MissLoyality não sofreu nenhum machucado, mas a menina havia cortado o lábio. Os adultos levaram a pequena menina de 6 anos de volta aos seus pais, e reclamaram que ela havia sido a responsável pelo fato de a filha deles se machucar. A mãe de MissLoyality imediatamente esclareceu que aquilo aconteceu sob responsabilidade deles e porque eles permitiram que as meninas saíssem sozinhas.

A narradora enfatiza que seus pais nunca discutiam com ela ou a castigavam na frente dos demais, mas, em casa, explicavam o que ela havia feito de errado e que era importante prever as consequências possíveis de suas ações.

  • O que os pais devem fazer? Todos devem assumir as responsabilidades por suas ações. A mãe da nossa narradora costumava lembrar sempre isso a ela, e a ensinou a evitar possíveis lesões ou outros erros: sempre, antes de falar ou fazer qualquer coisa, ela deveria pensar nas mais terríveis consequências de suas ações. Se não há consequências negativas, então ela poderia seguir adiante. Do contrário, não deveria desafiar o destino.

Como lidar com palavrões

Os pais de MissLoyality também contaram sobre um caso acontecido na infância, com sua irmã menor. Tratava-se de uma situação clássica: a menina havia escutado, en algum lugar, um palavrão, e havia começado a repeti-lo, sem entender realmente o que ela significava. Seus pais encontraram uma maneira de evitar que ela seguisse pronunciando esse palavrão. Muitas vezes, em voz, alta, repetiam, na frente da filha, palavras com combinações de letras e terminações similares com o palavrão: ’bruta’, ’gruta’, ’fruta’, ’astuta’, entre outras. Alguns dias mais tarde, a menina acabou confundindo e esqueceu a palavra original.

  • O que os pais devem fazer? Muitas vezes, a proibição em dizer uma palavra não causa qualquer efeito na criança mais velha, porque o que é proibido causa ainda mais curiosidade. Quando ela for grande, é claro, o método anterior não é tão efetivo. Mas, no caso das crianças pequenas, pode-se facilmente usá-lo.

Mais do que falar, é importante dar exemplos

Mesm com todo aprendizado, MissLoyality garante que sua infância foi tão perfeita e os ensinamentos de seus pais foram tão bem sucedidos, que eles poderiam tranquilamente participar de eventos sobre teorias da educação relações ideais.

Seus pais tinham divergências sobre diversos assuntos, mas não discutiam na frente das meninas. Elas nunca se sentiram capazes de falar mal do pai para a mãe e vice-versa. Também nunca pensaram em falar mal deles para seus amigos ou colegas de aula. Hoje, ela sabe que o pai acabava falando palavrões para a mãe, mas, na infância, ela só lembra de uma única situação, em um momento estressante na estrada.

Além disso, os pais da jovem apoiavam a autoridade um do outro. Por exemplo, se as meninas se aproximavam da mãe para pedir permissão para algo, ela sempre dizia: “Sim, mas, também, pergunte ao seu pai”. E o pai concordavam. Ou, se a resposta da mãe fosse negativa, também discordava. Os pais ajudavam suas filhas a enfrentar dificuldades e cumpriam suas promessas. Não existiam os problemas ’pouco sérios’ das pequenas que justificassem o fato de eles não darem atenção. Mesmo o trabalho de fazer uma trança na boneca muitas vezes recebia o apoio dos pais.

  • O que os pais devem fazer? Os adultos e as crianças são seres diferentes. Pesquisadores confirmam que o entorno familiar onde nasce uma pessoa influencia em sua personalidade. Todos têm divergências, em algum momento, mas a criança não deve ver discussões e escutar gritos dos adultos, pois ela naturalizará essa maneira de resolver problemas. Procure criar um ambiente acolhedor para seu filho, e, no futuro, ele será muito grato por isso!

Você também lembra de ensinamentos que seus pais ou avós ensinavam? Como isso impactou sua vida e sua forma de encarar o mundo?

Ilustradora Natalia Breeva exclusivo para Incrível.club

Comentários

Receber notificações
Sorte sua! Este tópico está vazio, o que significa que você poderá ser o primeiro a comentar. Vá em frente!

Artigos relacionados