Especialista explica como evitar o abuso de álcool e drogas entre jovens

Crianças
há 1 ano

Dados alarmantes do IBGE mostram que 50,3% dos adolescentes entre 13 e 15 anos de idade já experimentaram alguma bebida alcoólica e 7,3% já usaram alguma droga ilícita. Preocupada com essa estatística, a professora da Universidade Federal de São Paulo, Zila Sanchez pesquisou os efeitos e as consequências de tais substâncias e faz campanhas de conscientização para pais e adolescentes pelo Brasil.

No Incrivel.club você vai conhecer os estudos dessa professora que luta por uma forma de deixar os jovens longe dessas substâncias. Confira as dicas dessa especialista.

Zila é professora da Escola Paulista de Medicina e realizou pesquisas com mais de 6 mil jovens nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Ceará, além do Distrito Federal. Nesse estudo ela verificou que a rejeição ao uso de drogas e bebidas alcoólicas está diretamente ligado à atenção e às cobranças dos pais em relação aos adolescentes, público que respondeu às perguntas feitas em um questionário elaborado por ela.

De acordo com Zila, a pesquisa feita de forma anônima mostrou que os entrevistados foram avaliados primeiramente sobre os tipos de substâncias usadas: apesar da resposta de 81,54% dos participantes que disseram nem ao menos ter experimentado nenhum tipo de droga, foram diagnosticados 16,65% que se declararam usuários frequentes e 1,81% que respondeu usar mais de um tipo de substância.

Num questionário anexado, a estudiosa verificou os perfis parentais, relacionando o monitoramento dos adolescentes às exigências de regras e à interatividade dos pais, considerando o nível de diálogo e atenção às dificuldades dos filhos em casa e na escola. Zila chegou à conclusão de que pais mais exigentes têm filhos que tendem mais para a abstinência. Em contrapartida, os filhos que têm pais negligentes são os que mais se identificaram como bebedores constantes ou usuários de várias substâncias ao mesmo tempo.

A atenção e o cuidado dos pais e responsáveis são parte imprescindível para que os filhos entendam os problemas de saúde que essas substâncias podem causar em seus corpos ainda em formação. Mas a especialista alerta para os efeitos contrários, como uma palestra de prevenção mal feita, que pode, ao invés de mostrar os males das drogas, instigar a curiosidade dos jovens sobre o assunto.

Zila ainda diagnosticou em seus estudos que não se pode afirmar categoricamente que o uso de álcool seja uma porta de entrada para drogas ilícitas. De qualquer maneira, não há um usuário de drogas que não tenha feito uso abusivo de álcool ou inalantes, por exemplo.

conclusão que se tira de todo esse estudo é que a atenção da família para as dificuldades, questionamentos e conflitos da vida da criança ou adolescente devem ser acompanhadas sempre pelo pais ou responsáveis. Zila explica que é errôneo achar que o uso de álcool por adolescentes faz parte do amadurecimento deles em direção à vida adulta, essa ideia não condiz com a realidade. Conversar com os pequenos sobre autonomia, independência e resistência à pressão dos colegas é importante para que eles possam fazer escolhas saudáveis, preservando a saúde e focando no futuro.

E você? Já conhecia essas estatísticas? Conversa com seu filho sobre drogas? Conte pra gente a sua história, opinião ou alguma experiência pessoal sobre o assunto ?

Imagem de capa Zila Sanchez/instagram

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