Juíza agiliza processos e é exemplo por conseguir zerar a fila de adoção em cidade catarinense

Crianças
há 1 ano

O número de crianças brasileiras que estão na fila esperando serem adotadas, desejando fazer parte de uma família amorosa e acolhedora, ainda é muito grande. Os últimos dados divulgados, contam com 8,7 mil crianças para 43,6 mil famílias cadastradas, aguardando sua vez. Uma conta que os responsáveis pelo processo tentam, a todo custo, zerar.

Mas a juíza Lívia Borges Zwetsch, gaúcha de Porto Alegre, que trabalha na cidade catarinense de Santa Rosa do Sul, decidiu fazer a sua parte e hoje a Casa Lar da cidade não tem nenhuma criança aguardando adoção.

No Incrível.club você vai ver essa história que prova que “uma andorinha só faz verão”, sim! Mostrando que se cada um fizer a sua parte, o mundo se torna um lugar melhor para se viver e que, com boa vontade, podemos ajudar diversas pessoas.

Conselho Nacional de Justica atualizou a versão do Cadastro Nacional de Adoção que vai facilitar, e muito, a adoção de pelo menos 9 mil crianças e adolescentes, que aguardam uma família em todo o Brasil. Esse projeto integra os dados das pessoas que desejam adotar e as crianças que estão disponíveis, como fotos, vídeos e desenhos.

Apesar de termos hoje mais pais querendo adotar do que crianças disponíveis, ainda esbarramos no preconceito de pessoas que desejam um perfil específico de criança. Uma grande parte dos pais que esperam na fila é composta por aqueles que exigem bebês (abaixo de 1 ano) de pele branca, sendo que a realidade nos abrigos é complexa, já que 87,42% de crianças têm mais de 5 anos e 67% são negras ou pardas.

A juíza, da pequena cidade agrícola catarinense, não mede esforços para fazer o seu trabalho com dedicação e maestria. Por isso, ela resolveu que era de extrema importância dar prioridade máxima aos processos de adoção que estavam parados nas gavetas. Assim, com a ajuda de órgãos como o Ministério Público e os responsáveis pelo atendimento à infância e juventude, ela conseguiu zerar a fila.

Dra. Lívia lida com crianças afastadas do de seus pais por maus tratos, mas conta que na maioria dos casos basta orientar os progenitores. É necessário acompanhá-los por um tempo e logo as crianças estão de volta à família de origem, que é a primeira opção antes de colocar a criança na fila para que seja adotada definitivamente por outra família.

Mas existem casos que a adoção se torna a melhor opção para a criança. Para isso, ela fica por um tempo na Casa Lar, até que todos os pré-requisitos sejam preenchidos pela família adotante. Nesse caso, ela também agilizou os processos que se arrastavam há anos de crianças e futuros pais que conseguiram, enfim, se tornar uma família feliz.

A juíza sempre que pode, visita a Casa e nessas visitas procura levar as crianças para atividades fora do abrigo. Lívia conta que é uma forma de trazer alegria e diversão para os pequenos. Ela sempre ganha cartinhas de agradecimento feitas pelas crianças que passam por ela: “Tenho um carinho enorme por cada uma. São crianças muito dóceis e carinhosas, é muito fácil ficar encantada”.

A magistrada conta ainda que a informatização do sistema tem tornado o cruzamento de dados mais ágil, e o perfil dos pais em busca de filhos também tem deixado de ser como antes, que priorizava apenas bebês. Hoje, alguns pais procuram adotar sem preconceitos ou rótulos. Muitas vezes chegam buscando uma criança pequena e levam 3 irmãos já grandes, mostrando que se entregaram sem medo à paternidade.

Gostou da iniciativa da juíza? Conhece pessoas que tomaram atitudes como a dela? Conte para nós.

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