8 Razões pelas quais nem sempre uma criança brilhante na escola se destaca na vida adulta

Crianças
há 1 ano

Todo pai e toda mãe se orgulha das conquistas obtidas pelos filhos. É inevitável sentir-se bem quando a criança é capaz de tirar notas boas e ser elogiada pelos professores. Alguns pais costumam fazer até “propaganda” disso. Já outros acham que ser um aluno brilhante é mera obrigação para toda e qualquer criança. Nesses casos, chegam a ser insistentes quando o aluno perde o interesse em alguma disciplina.

Mas será que é mesmo tão importante e decisivo tirar as melhores notas e estudar o tempo todo?

Incrível.club preparou uma lista com os motivos pelos quais nem sempre ser um aluno brilhante significa ter um futuro brilhante na vida adulta. E revelamos também por que exigir que a criança tire sempre notas perfeitas pode levar a consequências bem desagradáveis.

1. Saúde comprometida

Se a criança tem tempo para tirar boas notas, praticar esportes e curtir um tempo com os colegas, está tudo bem. Mas, no mundo real, muitas crianças acabam encarando um forte estresse. Raramente o “trabalho” dos pequenos é limitado apenas à escola. Frequentemente, os pais acrescentam aulas de música, inglês e outras atividades extracurriculares, além do dever de casa.

Em uma tentativa de fazer do próprio herdeiro um gênio, os pais não levam em conta as possibilidades do organismo infantil. Em muitos casos, não prestam atenção à atividade física, a menos que a criança revele interesse por ela. Aparentemente, essa é a razão pela qual cada vez mais crianças no mundo estão acima do peso, passando seu tempo livre na frente do computador para se desconectarem da realidade. No entanto, a saúde física e mental da criança é tão importante quanto a inteligência: precisam ser desenvolvidas e protegidas para criar um indivíduo equilibrado.

2. Dificuldade em priorizar o mais importante

O que é mais importante: tirar as melhores notas em todas as disciplinas ou não ser um aluno tão excelente, porém preparado para uma conferência importante, que pode ser determinante no ingresso em uma universidade? A resposta parece ser óbvia. Mas não para aqueles habituados a sempre ter as melhores notas da turma.

No ensino médio, esses alunos continuam considerando mais importante ter a aprovação dos pais e dos professores do que escolher algo que os fará ter sucesso na vida adulta.

Ser um estudante brilhante é ótimo. Mas é mais importante que a criança e o jovem saibam como lidar com os diferentes aspectos da vida real, determinando o que será bom para eles mesmos. Isso tem muito mais valor do que decorar a lição do dia.

3. Dificuldade em motivar-se

Há quem acredite que os alunos extremamente brilhantes são aqueles mais motivados. Mas isso nem sempre é verdade. Muitos deles, desde muito cedo e por conta da pressão exercida pelos pais, criam a habilidade de sempre tirar ótimas notas e fazer os deveres a tempo. No ensino médio, essas crianças e jovens continuam com as boas notas, mas evitam outras atividades que requerem autocontrole. Em alguns casos, se sentem motivadas apenas pelo medo do castigo ou de decepcionarem os pais, querendo sempre estudar ao máximo.

Uma pessoa adulta precisa ser capaz de se elogiar e servir como apoio a si mesma. Aqueles que, durante a infância, se acostumaram a só produzir sofrendo pressões externas correm o risco de, em vez de uma pessoa brilhante, se tornarem fracassados.

4. Não desenvolve habilidades sociais

Nos filmes para o público adolescente, os alunos de destaque costumam sofrer bullying, tendo dificuldades de se defender. Esse estereótipo, infelizmente, nem sempre está longe da verdade. O conhecimento não substitui a comunicação. Você pode dizer tudo o que quiser, que seu filho é especial e mais inteligente que os colegas mal-educados. Ou ainda acreditar que, quando ele entrar na universidade, tudo irá melhorar. Mas as habilidades sociais não surgem do nada. Assim como outras, elas precisam ser desenvolvidas. Do contrário, o aluno extremamente brilhante irá ter inveja daquele aluno mediano, porém sociável, que se comunica com todos sem dificuldades e que agrada os professores com suas notas satisfatórias.

É fundamental que uma pessoa adulta saiba se relacionar e se comunicar facilmente com as demais. Resista à tentação de isolar seu filho das outras crianças pensando apenas nas notas azuis.

5. Hábito de avaliar a si mesmo e aos demais pelas conquistas externas

As crianças geralmente não gostam dos chamados “CDFs” porque eles tendem a se sentir melhores que os outros. Mas é difícil culpar o colega por isso; algumas crianças, desde cedo, são levadas a pensar que tirar boas notas faz delas pessoas boas, e vice-versa. Mas pensar assim não apenas dificultará a tarefa de fazer amigos, como também pode comprometer sua vida adulta. Afinal de contas, quando alguém é avaliado apenas por suas conquistas, abre espaço para que qualquer fracasso faça com que se sinta um perdedor.

É importante que a criança entenda o valor incondicional de si mesma e dos demais, de modo a compreender que as notas e outras conquistas externas também não determinam sua personalidade nem a personalidade de quem vive ao seu redor.

6. Evitar fracassos

Cedo ou tarde, todo mundo precisa encarar um fracasso. E é melhor quando isso acontece cedo. Assim, a criança aprende a lidar com emoções desagradáveis e seguir em frente. Quando o pequeno se acostuma com a ideia de que tudo é obtido facilmente, é bem provável que, na vida adulta, fugirá ao máximo dos fracassos.

Para as pessoas que estão acostumadas a avaliar as próprias qualidades como sendo natas, o fracasso é um sinal de que não são tão inteligentes nem talentosas. Aqueles que entendem que capacidades podem ser desenvolvidas enxergam um fracasso pontual como uma lição necessária no caminho rumo à melhoria. Em outras palavras, é mais útil que a criança tire uma nota vermelha, melhore-a e tire um ensinamento dessa situação, do que estudar desesperadamente por medo de um desempenho ruim.

7. Não aprende a pensar de forma criativa

Em grande parte, as boas notas são resultado de boa memória e perseverança. Mas a vida adulta não oferece soluções prontas, e não dá notas baseadas em resultados de uma prova.

A criança precisará enfrentar questões éticas complexas, tomar decisões corretas quando há mais de uma opção disponíveis, analisar dados de maneira independente e tirar conclusões baseadas nessas informações.

A imaginação, o pensamento e a lógica são muito mais úteis na vida do que a capacidade de decorar fórmulas e parágrafos. Vale a pena se concentrar no desenvolvimento dessas habilidades, não em tirar notas perfeitas.

8. Não aprender a defender o próprio ponto de vista

Se seu filho estuda muito, faz todas as tarefas com responsabilidade e obedece todas as suas instruções, não fique tão feliz diante de tanta obediência e subordinação.

As crianças podem jogar futebol o dia inteiro, ler livros de história ou materiais de ficção científica. E isso é normal: defender os próprios interesses e tentar evitar aquilo que não gosta de fazer. Quando pequeno não se interessa por nada além de tirar boas notas, tenta atender as expectativas dos adultos e tem medo de questionar, algo está muito errado. A obediência e a fraqueza não são as melhores características para a vida adulta. É melhor dar à criança nem que seja um mínimo de liberdade e também a reponsabilidade de tomar decisões, inclusive no que se refere à educação. Assim, ela desenvolverá um senso de independência que será útil durante toda a vida adulta.

É óbvio que não há nada de errado em ser um aluno brilhante. Mas ter notas medianas também não deve representar um problema. Afinal, o sucesso na vida não é determinado somente por um diploma escolar, como mostram muitos exemplos por aí.

No seu caso, como as notas escolares influenciaram na vida adulta? Deixe seu comentário!

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