7 Coisas que você deve saber ao lidar com uma criança com síndrome de Down

Crianças
há 3 anos

Segundo dados da ONU, estima-se uma em cada 1.000 crianças recém-nascidas no mundo apresentem a alteração genética conhecida como síndrome de Down, ou trissomia 21, que basicamente pode ser definida como o surgimento de um cromossomo a mais no organismo.

Em palavras mais claras, as células do nosso corpo são distribuídas em 23 pares, e as crianças que nascem com essa condição têm 3 cromossomos, em vez de 2, no par de número 21. Embora seja um transtorno relativamente comum, ainda envolve muitos mitos. Por outro lado, existem milhares de pessoas que trabalham para mudar a percepção que a sociedade ainda tem em relação às crianças com a síndrome.

O Incrível.club acredita que todas as crianças são igualmente especiais, só que cada um possui diferentes necessidades. Por isso, reunimos alguns aspectos importantes que facilitam a compreensão sobre quem convive com essa condição genética, explicitando que os pequenos que têm a síndrome podem e devem fazer as mesmas atividades desenvolvidas pelas demais crianças. Ao fim do post, um bônus encantador espera por você!

1. Não são doentes. Elas apenas têm um cromossomo a mais no par 21. Quando orientadas e estimuladas do jeito certo, podem alcançar o máximo de seu potencial, independentemente da condição.

2. Elas não são anjos e não têm nada a ver com seres metafísicos. Ao tratá-las dessa maneira, você tira dessas crianças o direito de serem iguais às demais.

3. Elas não estão alegres o tempo todo, nem precisam de abraços constantes, nem ficam agressivas por qualquer coisa. Assim como todas as pessoas, crianças com Down têm sua própria personalidade. É normal que as pessoas ao redor queiram que essas crianças sejam sempre felizes, mas por acaso não é isso que querem os pais de todas as crianças?

4. Não serão crianças para sempre. Como todos os seres humanos, elas passam pela adolescência e chegam à vida adulta. Obviamente, os estímulos corretos e o ambiente familiar influenciam muito no desenvolvimento de suas capacidades e habilidades, que serão úteis na hora de ter uma vida independente.

5. Muitas dessas crianças não gostam de serem chamadas de “especiais”. Elas se incomodam com adjetivos desse tipo, já que a única coisa diferente que querem é uma sociedade sem preconceitos, que as reconheça como indivíduos iguais aos demais. Elas precisam viver num mundo que as integre.

6. Elas podem amar e ser amadas. O melhor que você pode fazer por uma criança com síndrome de Down é entender que sua condição não a impede de realizar sonhos e desenvolver as próprias capacidades. A inclusão é tão simples quanto deixar de lado os mitos e medos, tratando-as como a qualquer outro ser humano. Com isso, você respeita o direito que elas têm a uma vida plena

7. Como acontece com todas as crianças, as crianças com Down também têm suas metas e sonhos. De fato, muitas pessoas com essa condição mundo afora conseguiram se destacar em diferentes áreas, como resultado do estímulo adequando durante o crescimento, e graças ao esforço pessoal e às oportunidades obtidas através da inclusão social. Um caso super bacana é o de um grupo de pessoas com Down que criou e administra uma pizzaria na Argentina

Crianças com síndrome de Down são seres humanos que amam música e que têm uma grande aptidão para ela. Adoram participar de todas as atividades normais de qualquer criança: cantar, rir, pintar... No entanto, podem sentir um pouco de dificuldade, por exemplo, no processo de desenvolvimento da linguagem. Elas possuem algumas características físicas inerentes ao transtorno, como nariz plano, boca e orelhas pequenas, e olhos num formato peculiar. São crianças que precisam que todas as pessoas tomem consciência da importância de deixar para trás a discriminação, informando-se sobre a forma correta de lidar com elas e dando as mesmas oportunidades e o mesmo amor que seria dado a qualquer outra criança.

Bônus

Existem muitas pessoas com síndrome de Down que levam uma vida independente, conquistaram grandes vitórias, constituíram família, arrumaram emprego e desenvolveram seus hobbies, entre outras conquistas. E é claro que é muito interessante descobrir mais sobre esses indivíduos. Talvez as histórias abaixo te surpreendam. E, como você verá, o Brasil tem dado alguns ótimos exemplos de pessoas com Down que se superaram.

Georgia Furlan Traebert

A bela modelo paranaense que também é blogueira, conseguiu quebrar estereótipos ligados à beleza. Além disso, é um exemplo de superação. Ela é uma menina cheia de esperanças, que adora moda e fotografia, assim como muitas outras de sua idade!

Juliana K. Vieira

Essa jovem também brasileira vive uma vida normal ao lado do namorado. Eles alcançaram um controle impressionante da linguagem e uma pronúncia perfeita das palavras. Sua condição genética não os impede de ter uma vida plena e feliz, com todos os contrastes que isso implica.

Pablo Pineda

Pablo Pineda é um reconhecido conferencista, que se destacou como exemplo de superação ao ser o primeiro europeu com síndrome de Down a obter um título universitário em pedagogia. Além disso, ele publicou vários livros e até protagonizou um filme.

«Eu sempre digo que sou Pablo Pineda, e que tenho síndrome de Down. Há uma grande diferença entre “ser” e “ter”. O "ser" lhe massacra. Por outro lado, o "ter" algo denota que isso é só uma característica a mais»

Você tem algum parente ou amigo com síndrome de Down? Que tópicos você acha que poderíamos incluir neste post para garantir uma reflexão sobre inclusão social e a garantia de direitos às crianças com essa condição? Por favor, deixe um comentário com suas respostas e compartilhe o post com todos os seus contatos!

Ilustrador Leonid Khan exclusivo para Incrível.club

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