6 Conselhos sobre criação que muitos pais não esperam ouvir

Crianças
há 1 ano

O psicólogo canadense Gordon Neufeld, autor do livro Pais Ocupados, Filhos Distantes, um dos maiores best sellers sobre relações familiares, afirma que a dificuldade de aprendizagem, atividade sexual precoce, uso de drogas, entre outras, são consequências da perda de apego emocional dos filhos em relação aos pais. Ele assegura que são as pessoas que não perderam essa ligação emocional com seus pais tornam-se adultos bem-sucedidos e independentes na vida.

Incrível.club detalha, a seguir a teoria do dr. Neufeld e mostra como você pode aplica-la na criação de seu filho.

O problema das gerações

Em seu livro, Neufeld afirma que ter um vínculo emocional não significa controlar os filhos, tomar decisões por eles, nem educar futuros adultos sem força de vontade. O principal problema do nosso tempo é que estamos tentando cedo demais tornar nossos filhos independentes, como se estivéssemos deixando-os de lado. Acontece que as crianças precisam de um ponto de referência, tanto na infância quanto na adolescência.

Orientação para seus iguais

Perdendo seus pais como ponto de referência, a criança começa a procurar um ídolo entre as celebridades ou a imitar o comportamento de seus pares. O problema surge porque muitas vezes essas referências também são crianças, incapazes de contribuir para o crescimento natural. Como resultado, temos gerações de adultos criados por crianças que não absorveram a experiência e o conhecimento das gerações anteriores. Esses adultos, por sua vez, constroem novas famílias, dando à luz novos filhos, agravando ainda mais essa situação.

Níveis de apego

No total, encontramos 6 níveis de apego:

  • Sentimentos.
  • Imitação.
  • Pertencimento.
  • Amor.
  • Sensação de ser importante para o outro.
  • Sensação de que te conhecem.

Se é importante para um bebê ouvir a voz e sentir o cheiro dos genitores, os filhos mais velhos querem ser importantes para os pais, perceber que a família os aceita como são. É claro que muito depende da educação, mas educar e influenciar uma criança é mais fácil se ela estiver ligada aos pais e os considerar uma autoridade. Juntamente com o desenvolvimento do bebê, desde seu nascimento até sua transformação, sua necessidade de apego é revelada de diferentes maneiras.

Se em algum momento os pais perdem o relacionamento com os filhos, os problemas começam. A criança se comporta mal, se tranca na sua concha, organiza rebeliões, foge de casa e dos outros. A família, por sua vez, aplica métodos de educação pela força, com ameaças ou cruza os braços diante de sua própria impotência, sem entender que, em algum nível, a criança simplesmente não tem sua atenção ou confiança. Aliás, a vida sexual precoce também ocorre porque os adolescentes tendem a se firmar entre seus pares, buscando elogios e como receber os cuidados que não recebem em sua família.

Como “recuperar” uma criança

Criar um vínculo emocional com um bebê é muito mais fácil do que recuperá-lo quando já é adolescente. Mas é possível conseguir isso por meio, por exemplo, organizando viagens em família ou fazendo as refeições mais importantes do dia juntos. Outro ponto importante: deixe a criança sentir que você está ali para ajudá-la e guiá-la, que está feliz com sua existência como ela é, e não porque é o orgulho da família ou a primeira em suas qualificações. Fazer uma criança se sentir culpada ou indigna para fins educacionais é claramente inaceitável.

O apego emocional não prejudica sua independência

O apego emocional não significa que haja falta de autonomia. Pelo contrário, uma criança que se concentra em seus pais e sente seu apoio e amor entra com confiança na vida, toma decisões e se sente segura. Por ter visto um bom exemplo, ela aprendeu com a experiência dos mais velhos e não com a de seus pares que não sabem mais sobre a vida do que ela própria. Além disso, percebendo que não vão deixar de amá-la independentemente do que aconteça, a criança tomará decisões com base em suas necessidades e desejos, e não nas ambições de seus pais.

E você, pai. Cria seus filhos com base na referência de algum autor específico? Nas tradições familiares? Em crenças religiosas? Conte pra nós!

Imagem de capa NBC

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