O que pode causar um ataque cardíaco e como evitar

Saúde
há 3 anos

Uma pesquisa da Northwestern University, nos EUA mostra que as mulheres, ao longo de suas vidas, têm um risco maior de sofrer um derrame cerebral em comparação aos homens, mas são menos propensas a sofrer um ataque cardíaco do que eles. Para mulheres de 45 anos de idade com fatores de risco adicionais (como tabagismo e colesterol elevado), a probabilidade de sofrer qualquer uma dessas condições é de 4,1%, e a presença de dois ou mais disparadores aumenta essa proporção para 30,7%. As causas podem ser diferentes: de um transtorno emocional a um clima frio ou a uma má qualidade do ar.

Incrível.club reuniu alguns fatos que podem causar um ataque cardíaco para que você os evite e, portanto, não sofra suas possíveis consequências negativas.

1. Trastornos emocionais

Pesquisadores da Universidade McMaster, no Canadá, analisaram dados de 12 461 pacientes de 53 países. Os participantes responderam a um questionário no qual indicaram se já haviam experimentado algum distúrbio emocional ou levantado cargas pesadas (fisicamente falando). Assim, determinou-se que as causas fundamentais que podem causar um ataque cardíaco não estão associadas a fatores como idade, maus hábitos, excesso de peso, entre outros.

O autor do trabalho, Andrew Smyth, observou que cargas extremamente emocionais e físicas podem aumentar a pressão arterial e a frequência cardíaca, mudando o caráter da corrente sanguínea pelos vasos e reduzindo o suprimento de sangue para o coração. Como resultado, o fluxo sanguíneo pode ser bloqueado, o que causará um ataque cardíaco. Os pacientes são aconselhados a evitar situações estressantes e não se cansarem muito.

2. Má qualidade do ar

De acordo com uma pesquisa do Intermountain Health Care, em Salt Lake City, EUA, as pessoas enfrentam um risco maior de ter um ataque cardíaco nos dias em que a qualidade do ar é pior do que o normal. Foram estudados dezesseis mil pacientes, que sofreram três tipos diferentes de infartos, para determinar qual deles apresentava maior frequência nos dias em que o ar estava mais fortemente contaminado.

Como resultado, foi detectada uma forte relação entre a má qualidade do ar e o infarto mais perigoso. Os pesquisadores recomendam passar um pouco mais de tempo fora da cidade, na natureza e, se possível, proteger-se das emissões de gases tóxicos.

3. Separação

Uma pesquisa do Instituto Karolinska, na Suécia, mostrou que o divórcio está associado, em maior medida, a um risco maior de sofrer um ataque cardíaco e recaídas subsequentes. Em pacientes divorciados, esse perigo é 18% maior do que naqueles que permanecem casados.

O autor do estudo, Joel Ohm, também observou que homens solteiros ou viúvos são mais propensos a sofrer um ataque cardíaco do que mulheres na mesma situação. É melhor tentar resolver conflitos pelo diálogo e não levar a situação aos limites.

4. Gravidez

Uma análise realizada pela Universidade do Sul da Califórnia (EUA) mostrou que as alterações causadas pela gravidez, incluindo os avanços hormonais e aumento do volume de sangue, podem aumentar o risco de ataque cardíaco, tanto durante o parto, como nas 12 semanas seguintes.

Os infartos durante a gravidez, em geral, são mais fortes e levam a um maior número de complicações. Mas, frequentemente, um tratamento padrão nem sempre é possível; portanto, uma abordagem individual é necessária para cada paciente. Recomenda-se especialmente às mulheres grávidas monitorarem a saúde do coração e procurarem atendimento médico para os menores desconfortos que possam perceber.

5. Ira

Uma pesquisa da Universidade de Sydney, na Austrália, mostrou que o risco de sofrer um ataque cardíaco é 8,5 vezes maior durante as 2 horas após um forte ataque de raiva. O dr. Thomas Buckley, um dos autores do estudo, observou que os fatores que mais frequentemente os provocam são: brigas com membros da família (29%), com outras pessoas (42%), bem como irritação, frustração no trabalho (14%) e enquanto dirige (14%).

A raiva e a ansiedade estão ligadas a um aumento da frequência cardíaca, da pressão sanguínea e de um distúrbio hemorrágico, que acabam levando a ataques. Em tais casos, você pode tomar tranquilizantes para reduzir a carga no coração, mas tudo deve ser com medida.

6. Abuso do álcool

O abuso de álcool aumenta o risco de ataque cardíaco, fibrilação atrial e insuficiência cardíaca congestiva. A essa conclusão chegaram os cientistas da Universidade da Califórnia (EUA), que analisaram informações de um banco de dados de pacientes com idades a partir dos 21 anos, que tiveram um infarto pelo menos uma vez na vida.

O trabalho envolveu 268 mil pessoas que sofriam de alcoolismo. Depois de levar em conta todos os fatores, descobriu-se que o uso indevido de álcool aumenta o risco de sofrer um infarto. É melhor desistir de maus hábitos e manter um estilo de vida saudável.

7. Clima frio

Um estudo de seis anos da Universidade de Manitoba, no Canadá, mostrou que cada diminuição na temperatura em 10º C está ligada a um aumento de 7% no desenvolvimento de um infarto do miocárdio, a forma mais letal de ataque cardíaco. Como resultado, determinou-se que um clima frio pode causar tal condição. Pessoas que sofrem de doenças cardíacas devem evitar mudanças repentinas de temperatura e não devem sair em temperaturas muito baixas.

8. Insônia

Os resultados de um estudo da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia mostraram que o risco de sofrer um ataque cardíaco em pessoas que padecem de insônia é maior em aproximadamente 45% do que naqueles que raramente experimentam dificuldades para dormir.

O Dr. Lars Erik Laugsand, que participou da pesquisa enfatiza que os problemas do sono são bastante frequentes e fáceis de tratar, por isso é importante que as pessoas saibam sobre a relação entre insônia e ataques cardíacos, e consultem um médico se tiverem esses problemas.

Para aqueles que querem adormecer rapidamente recomendam-se tisana valeriana, camomila, humulus e hypericum.

9. Fumar

Cientistas do Centro Médico Sourasky, em Israel, estabeleceram uma relação bastante clara entre o tabagismo e o risco de sofrer parada cardíaca. A análise dos dados mostrou que geralmente as pessoas que fumam mais de 3 vezes por dia têm mais chances de sofrer ataques cardíacos do que os ex-fumantes e os que não fumam.

Um maior risco de ataques se dá entre pessoas com idade até 50 anos, pois os fumantes em idade mais avançada muitas vezes possuem outros fatores que influenciam no aparecimento de doenças coronarianas, por exemplo, um aumento na pressão sanguínea, um alto nível de colesterol e diabetes.

Quanto mais cedo uma pessoa abandonar esse hábito, melhor.

As doenças cardíacas estão entre a maior causa de morte no mundo inteiro. Por isso, não vale a pena brincar com a questão. Diante de qualquer sintoma, procure um médico.

E você, como cuida da saúde do seu coração? Compartilhe sua resposta nos comentários.

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