Os efeitos do álcool no cérebro e por que você vai querer parar de beber

Saúde
há 1 ano

Infelizmente, precisamos informar que cientistas britânicos realizaram um estudo sobre o efeito do álcool no cérebro e os resultados não são nada otimistas para aqueles que gostam de beber. Até mesmo duas pequenas e regulares doses de álcool podem causar danos nas áreas cerebrais responsáveis pelo processamento de informação.

Mas é importante saber que o álcool possui outros efeitos negativos. Hoje, o Incrível.club vai mostrar quais os riscos relacionados com o consumo regular de bebidas alcoólicas e como elas influenciam nos processos que acontecem no nosso cérebro.

Como o álcool afeta o cérebro?

Quando o álcool entra no corpo, um dos efeitos é que as células do cérebro morrem. Curiosamente, no momento de sua morte uma pessoa experimenta uma sensação de euforia, um aumento de energia que leva à excitação.

O dano ao cérebro e ao corpo costuma vir do álcool etílico, presente nas bebidas alcoólicas. É uma substância solúvel em água que se acumula em volumes críticos nos órgãos onde o sangue é mais abundante. O cérebro é um desses órgãos.

Normalmente, o cérebro se protege de substâncias venenosas, mas o álcool etílico consegue superar essa proteção e é por isso que até mesmo uma taça de vinho pode ser prejudicial ao cérebro.

Que áreas do cérebro costumam ser mais afetadas?

O córtex cerebral é a área responsável por todos os processos do pensamento, processamento de informação e consciência. O dano causado pelo álcool a essa parte do cérebro leva uma pessoa a pensar com mais dificuldade e desenvolver problemas na fala.

Os problemas na forma de caminhar e na retenção de objetos surgem em função dos transtornos no cérebro, que é responsável pelo controle das atividades e da coordenação motora.

Quando o álcool afeta o bulbo raquidiano (parte do cérebro que regula a respiração e a circulação), existe um alto risco de bloqueio na respiração. Mas, na maioria das vezes, o envenenamento dessa área causa sonolência, por isso que muitas pessoas sentem vontade de tirar um cochilo após beber.

Detalhes sobre a ressaca

O Dr. Joel Saper, fundador do Instituto Neurológico Michigan, EUA, chama a ressaca de ’furacão metabólico’. Durante esse momento o corpo sofre uma série de mudanças biológicas. Os sintomas principais da ressaca são dor de cabeça, enjoo, diarreia, cansaço e muita sede.

A causa do mal-estar está no fato de que o fígado transforma o álcool em acetaldeído, uma substância mais tóxica do que o etanol.

Além disso, quando uma pessoa consome bebidas alcoólicas, o álcool afeta os neurotransmissores do cérebro, fazendo com que eles sejam produzidos em grandes quantidades. Entre eles se encontra, por exemplo, a dopamina, que dá uma sensação de euforia após uma dose de álcool. Na manhã seguinte, quando o efeito passar, a pessoa fica em um estado completamente oposto.

Como entender que chegou a hora de diminuir a frequência do consumo de álcool

Queremos te ajudar a decidir se a quantidade que você consome é segura para o seu cérebro ou se vale a pena diminuí-la. Para isso, sugerimos que você olhe para esses 5 pontos que mostram a verdade sobre a influência do álcool nas habilidades mentais.

1. Falhas de memória

Adi Jaffe, professor e especialista em transtornos mentais e vícios da Califórnia (EUA), atribui as falhas de memória ao fluxo sanguíneo insuficiente nas regiões cerebrais responsáveis pela memorização de informação, por exemplo o hipocampo. Contrariamente à crença popular, as falhas temporais na memória acontecem não apenas entre alcoólatras.

A amnésia pode acontecer até mesmo depois de um copo de alguma bebida alcoólica. Claro que quanto mais álcool uma pessoa ingerir maior a probabilidade de que ela não se lembre do que aconteceu.

2. Dificuldade para lembrar as informações

Até mesmo se você se formou na universidade há muito tempo, não é normal que perca a capacidade de assimilar a informação. Afinal, você ainda vai precisa dela. Pelo menos se aspira a um crescimento profissional. Mas, para poder absorver mais conhecimento, talvez tenha de redefinir a sua relação com o álcool.

Susan Tapert, psiquiatra da Universidade da Califórnia (EUA), com base em um trabalho com viciados em álcool, afirma que os cérebros das pessoas que consomem álcool de maneira regular precisam trabalhar mais para reter as informações como um número de telefone, uma lista de compras ou até mesmo um endereço.

Como é possível ver, até mesmo em situações simples o cérebro periodicamente intoxicado deve realizar um grande esforço em relação à informação. Melhor não comentar assuntos mais complexos, como um MBA ou mesmo um curso de idiomas.

3. Baixa velocidade de processamento

O consumo frequente de álcool provoca mudanças negativas no córtex cerebral. Dado que essa área é a responsável pelo pensamento e pelo processamento de informação, é óbvio que esses processos serão prejudicados. Portanto, todos os sinais que você percebe do mundo externo por meio dos ouvidos, nariz e outros órgãos de percepção serão afetados.

Isso não é nenhuma catástrofe se você tem o hábito de pensar muito tempo antes de responder uma pergunta ou não consegue reagir rapidamente a imprevistos. Os problemas começam quando você começa a reagir devagar a uma buzina no trânsito, por exemplo.

4. Dificuldade de se concentrar

Uma equipe de pesquisadores observou que com frequência, ao entrar no sangue, o álcool aumenta os níveis de norepinefrina, um hormônio de excitação. É ele que causa uma euforia emocional quando você está bebendo álcool. Com o passar do tempo, o nível elevado desse hormônio faz com que a pessoa se comporte de maneira impulsiva, distraída e sem concentração.

Portanto, quando uma pessoa perde o foco em uma conversa ou fica completamente paralisada ao realizar um trabalho, não pense que isso é apenas falta de motivação, ou déficit de atenção; o problema pode estar no consumo de bebida alcoólica.

5. Dificuldade para se expressar

Segundo Anya Topiwala, psiquiatra da Universidade de Oxford (Reino Unido), as pessoas que consomem bebidas alcoólicas com frequência têm muitas possibilidades de desenvolver problemas com o vocabulário ativo. Junto com um grupo de pesquisadores, ela realizou um experimento que consistia em pedir para as pessoas viciadas em álcool que nomeassem o maior número de palavras possível com uma mesma letra.

Como você pode imaginar, o consumo de álcool afetou a tarefa. As pessoas que bebem de 7 a 14 doses de álcool por semana tiveram um resultado 14% menor.

Portanto, se você não consegue se explicar porque faltam palavras, talvez deva diminuir a quantidade de drinks. Ou tentar ler mais para ampliar seu vocabulário.

Boas notícias

Até mesmo as pessoas que bebem muito conseguem eliminar a maioria dos problemas no cérebro após um mês sóbrias. Portanto, se estiver com dificuldades no estudo, você já sabe o que deve fazer.

Além disso, você deve ter escutado algo sobre o máximo consumo diário de álcool recomendado: uma taça para mulheres e duas para homens. Apesar isso, alguns estudos demonstram que essa quantidade é alta demais.

Os resultados desses estudos sugerem que o consumo de mais de 100 g de álcool por semana pode levar a uma redução da expectativa de vida. As pessoas que consomem de 100 a 200 g por semana perdem 6 meses de vida. Pessoas que bebem de 200 a 350 g perdem 2 anos. E 350 g por semana pode tirar de uma pessoa até 5 anos de vida.

Você já enfrentou algum dos problemas mencionados acima? Acha que eles podem estar relacionados ao consumo de álcool? Compartilhe a sua opinião nos comentários!

Imagem de capa Depositphotos

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