14 Comidas com nomes gringos que provavelmente confundiram muitos brasileiros sobre suas origens

Receitas
há 1 ano

Nós, brasileiros, sempre damos um jeitinho de adaptar receitas internacionais com os ingredientes disponíveis em nosso país. Por exemplo, alguns dizem que a pizza brasileira é melhor que a italiana. Já outros pratos são recriados, é o caso da paleta mexicana, que no Brasil ganhou recheio de leite condensado. Confira, abaixo, receitas que você pode ter pensado serem de outro país, mas na verdade, foram adaptadas e se tornaram genuinamente brasileiras.

Bauru americano

Apesar do nome, o bauru americano tem origem paulista. Esse sanduíche pode variar de ingrediente, dependendo da região que é encontrado em São Paulo. O nome surgiu para homenagear a cidade de Bauru. Basicamente, é composto por pão francês, rosbife, picles, tomate, queijo derretido, sal e orégano. Em dezembro de 2018, o bauru foi declarado Patrimônio Imaterial do Estado de São Paulo.

Bife à parmegiana

Mesmo que o nome indique uma origem italiana, o bife à parmegiana tem origem tupiniquim. Muitos não sabem dizer quem realmente criou essa iguaria, mas há vários relatos de que foi criada em São Paulo — e muito provavelmente por um imigrante italiano. O prato pode ser feito com carne bovina ou peito de frango. Alguns colocam queijo e presunto, outros, somente queijo. E é geralmente acompanhado com arroz e batata-frita.

Beirute

Apesar de o nome fazer referência à capital do Líbano, os libaneses não têm o costume de comer beirute por lá, já que foi uma criação brasileira. Essa versão de sanduíche foi criada em São Paulo, quando funcionários de uma lanchonete perceberam que não havia pão francês, somente pão sírio no estabelecimento cheio de clientes, e decidiram prepará-lo assim mesmo. Os clientes gostaram e o sucesso foi tão grande que decidiram incluir no cardápio.

Arroz à piemontese

Mais um prato que provavelmente confundiu muitos brasileiros, ao acharem que essa delícia era da culinária de Piemonte, região italiana. Os imigrantes italianos também trouxeram essa iguaria, claro, com adaptações, e criaram o arroz à piemontese. Para fazer esse risoto, eles substituíram o arroz arbóreo pelo arroz brasileiro, acrescentando creme de leite e o deixando cremoso.

Cuca alemã

cuca alemã tem referência do país europeu, mas foi adaptada em diversos sabores e jeitos de preparo ao chegar no Sul do Brasil. É basicamente um bolo de tabuleiro, com uma espécie de farinha amanteigada por cima. Os descendentes de alemães costumam realizar anualmente um festival de cucas em Blumenau.

Bruschetta italiana

A verdadeira bruschetta italiana não leva carne, somente queijo, tomates, cebola, azeite e manjericão. A versão brasileira conta com atum ou qualquer outro ingrediente que acharmos que fica interessante, assim como sabemos fazer bem, misturando o que temos de melhor e surpreendendo o paladar.

Estrogonofe

Apesar de ter uma versão russa, esse prato foi completamente adaptado ao paladar dos brasileiros, abusando do creme de leite e podendo ser feito de carne ou frango. E a confusão não para por aqui: tem uma lenda que o estrogonofe na versão russa foi criado por um chefe francês. Bom, a versão brasileira já sabemos, não pode faltar batata palha e aquele arroz branco.

Cuscuz marroquino

No Brasil, temos três tipos de cuscuz mais conhecidos: o nordestino, o paulista e o marroquino — adaptado da receita original, claro. Por aqui, costumamos consumi-lo como uma salada ou em menus vegetarianos. Já em sua receita original, é servido com cordeiro ou frango, ambos com molho. Outro ingrediente predominante em ambas receitas é a uva-passa.

Torta holandesa

Essa sobremesa foi criada por uma brasileira em 1990, em Campinas, São Paulo. Apesar do nome, essa receita não tem nenhum vínculo com a Holanda, já que, por lá, a maioria das sobremesas são preparadas no forno. A torta holandesa consiste basicamente em ovo, açúcar, manteiga, creme de leite e essência baunilha, além de bastante chocolate e biscoitos ao redor.

Palha italiana

Mais um doce originário do Sul do Brasil, feito com brigadeiro e biscoito triturado. A palha italiana tem esse nome porque é uma versão de um doce italiano, chamado salame de chocolate.

Paleta mexicana

Os mexicanos adoram doces e, nas regiões quentes de lá, como no estado de Quintana Roo (onde se localizam Cancún, Playa Del Carmen e Tulum), um picolé de fruta sempre cai bem. Esse picolé (foto abaixo), sem recheio, é conhecido como paleta. E o sabor de tamarindo é um dos favoritos dos mexicanos. No Brasil, esse picolé ganhou versões mais doces e com recheios, assim como é possível ver na foto acima, uma paleta mexicana caseira com bastante leite condensado.

Pão francês

pão francês também não é da França. Conhecido por aqui também como pão de sal, ele é uma versão da baguete francesa, mas adaptado. As famílias reais costumavam viajar para a França e sempre traziam uma baguete para mostrar aos padeiros brasileiros, na tentativa de copiá-los. Podemos dizer que ficou até melhor, não é mesmo?

Arroz à grega

Esse prato de grego só tem o nome. O arroz à grega é feito com cenoura, ervilha, milho, cebolinha e, muitas vezes, acrescentam uva-passa. Bastante servido em ceias de Natal ou Ano-Novo, ele costuma ser preparado em todas as regiões do Brasil.

Fricassê dê frango

Preparado de diversas maneiras, o fricassê existe na França, mas podemos dizer que é originalmente brasileiro, porque a receita não tem nenhuma relação com a receita feita no Brasil, que leva requeijão cremoso, frango, milho e batata palha por cima.

Ficou com água na boca após ver tantas receitas adaptadas ao nosso paladar, não é mesmo? Qual desses pratos é o seu favorito? Aproveite e comente se você acrescentaria alguma outra comida com nome estrangeiro nessa lista 🙂

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