15 Detalhes importantes de filmes, que podem passar despercebidos, mas fazem muito sentido

Arte
há 2 anos

Em uma tela grande de cinema até os mínimos detalhes tornam-se perceptíveis, daí a necessidade de um trabalho minucioso na realização de filmes. Antes de partir para a gravação, o diretor e sua equipe estudam cuidadosamente todos os detalhes do roteiro e, se necessário, analisam arquivos históricos para reproduzir, da maneira mais fiel possível, a realidade que buscam retratar.

Nós do Incrível.club encontramos detalhes interessantes em filmes famosos e gostaríamos de compartilhá-los para mostrar que a equipe deu o seu melhor e pensou em tudo. Como bônus, mostramos que os diretores de desenhos animados também se preocupam com a credibilidade das cenas.

Carol: casaco vintage de pele de vison

O filme se passa nos anos 50. Podemos afirmar que 80% do figurino da personagem principal — uma socialite sofisticada — foi criado especialmente para a produção, pois encontraram poucas peças bem conservadas que resistiriam a atenção minuciosa, quando destacadas em primeiro plano.

Conforme o roteiro, na primeira aparição, a protagonista Carol veste um casaco de vison. No entanto, encontrar um em condições apropriadas foi impossível, e a figurinista costurou a peça utilizando apenas as partes intactas de pele, retiradas de casacos antigos. Para chegar à silhueta correta tomou como base um molde autêntico da época. O look foi finalizado com um lenço coral e chapéu da mesma cor.

Titanic: a cena com um pião foi inspirada em uma foto real

No decorrer da sequência em que Jack sobe até o deck da primeira classe à procura de Rose, ele vê um pai observando o filho brincando com um pião. A cena é diretamente inspirada em uma fotografia famosa, tirada a bordo do Titanic pelo padre Francis Browne. Nela, está o garoto de seis anos, Robert Douglas Spedden, um dos sobreviventes do naufrágio.

Cleópatra: o adorno de cabeça e o manto da rainha eram folheados a ouro

Ao ser lançado, esse sucesso de Hollywood foi considerado um dos projetos mais caros até o momento. Quase 200.000 dólares foram gastos só com a reprodução das peças do figurino luxuoso da rainha egípcia. No entanto, isso não foi nada, considerando que a caracterização fiel da personagem exigiu a confecção de 65 diferentes trajes.

Entre as peças mais memoráveis estão o adorno de cabeça, todo feito em ouro e o manto que remete as asas de uma Fênix. Ambos foram confeccionados cuidadosamente com tiras finas de couro dourado e adornadas com milhares de miçangas e lantejoulas. O conjunto foi a única peça que apareceu no filme duas vezes. Em 2012, o manto foi arrematado em um leilão por 59.365 dólares.

Downton Abbey: um vestido com segredo

A série se passa em 1927, portanto, o figurino foi criado peça por peça, a partir de retalhos de tecido garimpados em mercados de antiguidades e de modelos restaurados.

Durante um encontro com a princesa, Mary Talbot usa um vestido azul-marinho de cintura baixa estampado com igrejas, sebes, árvores e campos. Segundo a ideia do figurinista, essa estampa simboliza Downton Abbey, personificada por Mary Talbot. Esse vestido foi refeito a partir de um traje original de 1920: a peça autêntica foi descosturada e só depois de toda a parte superior estar estampada, é que foi novamente costurada.

Boardwalk Empire: O Império do Contrabando. A calçada de madeira da orla foi construída

Para filmar essa série, a Atlantic City de 1920 foi fielmente reproduzida no Brooklyn, em Nova York. O orçamento do primeiro episódio foi de 18 milhões de dólares, dos quais cinco foram gastos para recriar um quarteirão da cidade e para a construção de um calçadão de 91,5 metros de comprimento. O diretor Martin Scorsese foi muito criterioso nesse sentido e exigiu que as tábuas da calçada tivessem o mesmo tamanho que tinham na Atlantic City da época.

O Farol: para o filme, foi construído um farol de verdade

A história se passa em uma ilha rochosa onde vivem um faroleiro e seu assistente. A produção tentou por muito tempo encontrar um farol funcionando na Nova Escócia, Canadá, mas não tiveram sucesso. Finalmente, decidiram fazer uma construção de 21 metros. O resultado superou todas as expectativas — na província marítima de Cape Forchu, ergueram um verdadeiro farol com lente de acrílico e vidro, capaz de emitir uma luz forte.

Mad Men: Inventando Verdades. As frutas foram cuidadosamente selecionadas

Os acontecimentos de Mad Men: Inventando Verdades se dão em 1960. Segundo os participantes do projeto, um dia, o criador da série, Matthew Weiner, compareceu ao set e exigiu a substituição de todas as maçãs, que, segundo ele, eram muito grandes, brilhantes e tinham um formato perfeito. Ele explicou, que no início dos anos 1960, as frutas eram muito menores, porque ​​em seu cultivo não eram usadas tecnologias e nem os produtos químicos atuais.

A Bruxa: foi inteiramente gravado sob luz natural ou à luz de velas

O filme conta a história de uma família que vive em uma fazenda isolada à beira de um bosque, na Nova Inglaterra de 1630. O diretor, buscando obter o máximo de precisão histórica, insistiu para que todas as cenas fossem gravadas apenas à luz do dia ou sob a luz de velas. Além disso, todas as roupas foram confeccionadas como na época, usando apenas lã ou linho.

The Young Pope: construíram uma réplica da Capela Sistina no estúdio

Devido à proibição das filmagens no Vaticano, o cenógrafo da série The Young Pope (O Jovem Papa), em dois meses construiu uma réplica da Capela Sistina no set. Por insistência do diretor, para dar maior realismo, as paredes foram cobertas com teias de aranha. Como o cenário tinha apenas cinco metros de altura (com exceção da parede com o afresco do “Juízo Final”, de Michelangelo), toda parte superior foi gerada durante a pós-produção, por um estúdio de computação gráfica, em Londres.

A Vila: construíram uma vila secreta para as filmagens

O filme foi rodado em absoluto sigilo, em um terreno onde a equipe de cenografia construiu uma vila. Metade das edificações eram completas e possuíam os espaços internos. Os equipamentos de filmagem e demais itens ficavam guardados em um depósito especialmente construído, nas proximidades. Tudo foi demolido um mês antes da estreia e o terreno deixado exatamente como era.

A Bela e a Fera: o tom do vestido foi selecionado após inúmeros testes de vídeo

Para criar o vestido amarelo de baile da protagonista Bela, inúmeros testes de vídeo foram realizados. Na câmera, sob as luzes, um amarelo ficava muito opaco, outro muito brilhante ou com a textura errada... e assim por diante. A suavidade do vestido foi obtida com ajuda de muitos metros de organza de seda. Além disso, no tecido foi aplicado ouro de verdade, pois, no filme, a Madame de Garderobe espalha lantejoulas cintilantes no vestido de Bela.

Midsommar — O Mal Não Espera a Noite. Todos os símbolos rúnicos predizem os eventos futuros

Considerado um dos filmes de terror mais interessantes dos últimos anos, por trás de uma alegre imagem de verão se esconde um horror arrepiante e cheio de símbolos ocultos. Por exemplo, podemos ver por toda parte, runas escritas em pedras, tapeçarias ou bordadas nas roupas. Cada símbolo não é acidentalcontém pistas sobre o futuro destino dos protagonistas, bem como do desenvolvimento da trama.

Por exemplo, antes de dançar, a protagonista veste um traje com as runas Raido Dagaz bordadas. A primeira significa viagem, mas de cabeça para baixo (e é assim que vemos no filme) profetiza a morte. A Dagaz é uma das runas sagradas simétricas, mas na roupa da garota está bordada como se tivesse caída de lado, e isso é um mau sinal.

Uma Linda Mulher: joias de verdade

Um dos detalhes importantes dessa história de Cinderela dos tempos atuais é o colar de rubi com diamantes. O personagem de Richard Gere diz que a joia é alugada, e é a pura verdade: o colar é real, cedido para a gravação do filme pela joalheria francesa, Fred. Edward (Richard Gere) afirma que o valor da peça é de 250.000 dólares, mas naquela época o colar já era avaliado acima dos 440.000 dólares e, com o passar dos anos, se valorizou ainda mais.

Professora Sem Classe: as botas gastas

Segundo o enredo, a personagem de Cameron Diaz terminou seu noivado com um rico pretendente e está em busca de um novo amor. O cineasta mostra a situação da protagonista através das botas que ela usa. A sola vermelha indica ser de uma grife cara, a Christian Louboutin. Mas já estão muito gastas, o que significa que foram compradas há muito tempo e que a protagonista não tem mais dinheiro suficiente para comprar modelos novos.

Cruella: penteado no estilo de Maria Antonieta

O filme está cheio de referências ao desenho clássico de 1961, 101 Dálmatas e, além disso, possui muitos detalhes que guardam significados. Como na cena em que a protagonista chega em um caminhão de lixo para um evento exclusivo, organizado pela Baronesa, usando um penteado no estilo de Maria Antonieta. Trata-se de um recado de Cruella para dona da festa. Indica que a protagonista conhece o segredo da anfitriã. Afinal, foi em um baile ao estilo do século XVIII realizado pela Baronesa que, ao entrar por acaso a ainda pequena, Cruella o descobriu.

Bônus: o prato principal do desenho animado Ratatouille foi desenvolvido por um chef famoso

O principal desafio dos criadores era fazer com que a comida, na versão animada, parecesse apetitosa. O prato, que o protagonista prepara para um crítico de gastronomia, foi desenvolvido pelo renomado chef Thomas Keller.

Segundo o roteiro, é um ratatouille — prato francês provençal tradicional, geralmente servido como acompanhamento. O chef percebeu que este era o ápice da história e sob a inspiração de um ratatouille, adaptou um prato turco semelhante, chamado confit byaldi, feito de vegetais e carne refogada. Keller cortou cada vegetal em fatias finas como papel e montou o prato.

E você? Presta muita atenção aos detalhes quando assiste a filmes? Conte para a gente nos comentários!

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