11 Filmes considerados cult mas que não tiveram sucesso de bilheteria

Arte
há 3 anos

Lançado em 2019, o último filme da série Vingadores tornou-se o maior sucesso de bilheteria de todos os tempos, tendo arrecadado quase 2,8 bilhões de dólares. No entanto, nem todo filme tem essa sorte: às vezes a exibição e a arrecadação de bilheteria são tão baixas que mal dá para pagar os custos de produção. E isso não é algo exclusivo das produções ruins; alguns longas, por melhores que sejam, não alcançam sucesso de bilheteria, mas, com o tempo, acabam tornando-se símbolo de uma geração ou até considerados cult pelos cinéfilos.

Nós, do Incrível.club, adoramos bons filmes. Por isso, decidimos pesquisar quais produções cinematográficas só alcançaram o devido reconhecimento e sucesso tardiamente. Confira!

Um Sonho de Liberdade (1994)

Um Sonho de Liberdade enfrentou dificuldades já desde o início: ele foi lançado quase que imediatamente após Forrest Gump: O Contador de Histórias (a propósito, Tom Hanks foi convidado para atuar como Andy Dufresne, mas acabou rejeitando o papel) e Pulp Fiction: Tempo de Violência, do renomado diretor Quentin Tarantino, que acabaram atraindo toda a atenção dos telespectadores. Fora isso, alguns culpam o próprio título do filme pelo fracasso de bilheteria: o ator Tim Robbins contou em uma entrevista que, mesmo anos depois da estreia, as pessoas vinham parabenizá-lo pela participação no filme, mas não conseguiam sequer lembrar-se do nome correto do longa.

No entanto, os críticos e especialistas em cinema, diferentemente do público, tomaram gosto pela obra já desde seu lançamento, tanto é que o longa recebeu sete indicações ao Oscar. E mesmo não tendo ganhado o prêmio em nenhuma categoria, isso atraiu a atenção do público para o filme, que acabou ganhando bilheteria suficiente para cobrir os custos de produção.

Nos dias de hoje, Um Sonho de Liberdade costuma estar entre as dez melhores posições em muitos dos rankings de melhores filmes. Além do mais, o próprio Stephen King considera esse longa uma das melhores adaptações cinematográficas de suas obras.

Blade Runner 2049 (2017)

Apesar de Blade Runner 2049 ter recebido críticas excelentes dos especialistas, o filme não conseguiu atrair os telespectadores para os cinemas. Talvez a culpa esteja na própria duração de 3 horas do longa, como defende o diretor Denis Villeneuve, ou no fato de que o filme foi divulgado como uma produção bastante dinâmica e cheia de ação, mas que acabou apresentando uma trama pouco agitada e talvez até maçante.

A propósito, a primeira adaptação cinematográfica da obra de Philip Dick, Blade Runner: O Caçador de Androides (1982), na qual Harrison Ford atuou no papel de protagonista, também não foi um sucesso de bilheteria na época. Apesar disso, atualmente o longa é considerado um filme cult e recomendado pelos cinéfilos.

O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford (2007)

O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford é um ótimo exemplo de que nem mesmo a participação das maiores estrelas de Hollywood é capaz de garantir sucesso de bilheteria. Na produção do longa, que é uma adaptação do romance homônimo de Ron Hansen, foram gastos 30 milhões de dólares, enquanto a bilheteria só conseguiu arrecadar metade desse valor. No entanto, diferentemente dos telespectadores, os críticos e especialistas adoraram a produção, e Brad Pitt acabou ganhando a Copa Volpi de Melhor Ator, uma premiação do Festival Internacional de Cinema de Veneza.

Além do mais, a própria crítica desvendou o segredo do fracasso de bilheteria do longa: muitos destacaram que a trama acabou sendo muito longa e pouco dinâmica, às vezes sendo até maçante de assistir.

Vício Inerente (2014)

Vício Inerente, que é uma adaptação cinematográfica do livro homônimo de Thomas Pynchon, tinha tudo para ser um sucesso de bilheteria — contava com Paul Thomas Anderson como diretor, Joaquin Phoenix como protagonista e ainda com Josh Brolin, que demonstrou uma excelente atuação como o detetive Christian “Bigfoot”. No entanto, a trama acabou sendo muito complexa e os telespectadores facilmente se perdiam no meio da história. No fim, dos 20 milhões de dólares gastos na produção do longa, apenas 14 milhões foram recuperados em bilheteria.

Em 2016, contudo, a crítica reconheceu Vício Inerente como um dos melhores filmes do século XXI, colocando-o na 75ª posição na lista das 100 melhores produções cinematográficas.

Mãe! (2017)

Apesar de ter tido uma boa arrecadação de bilheteria mundial, responsável por um lucro de 14 milhões de dólares, nos Estados Unidos Mãe! teve pouco sucesso, arrecadando pouco mais do que metade dos gastos de produção.

Em uma das críticas a essa produção de Darren Aronofsky, destaca-se o seguinte: “O fim do filme lembra uma das pinturas de Bosch: muita ação e pouco sentido”. No geral, não houve um consenso entre os críticos — enquanto alguns elogiaram a narrativa e a atuação brilhante dos atores, outros não foram tão otimistas, como destaca esta crítica: “Hesito em chamar o longa Mãe! de o pior filme do ano. Acredito que ’pior filme do século’ seja mais apropriado”. No mais, praticamente todos os especialistas em cinema destacaram o trabalho de Jennifer Lawrence como, no mínimo, muito bom.

Cidade dos Sonhos (2001)

Um dos filmes mais renomados do diretor David Lynch, e talvez até de toda a cinematografia, Cidade dos Sonhos não foi um sucesso de bilheteria quando foi lançado. Sua arrecadação nos Estados Unidos foi inferior à metade dos gastos de produção. No entanto, as causas disso são até compreensíveis — produções cujo roteiro é muito complexo e difícil de entender, até mesmo depois de assistidas pela segunda vez, dificilmente se adequam bem à exibição nos cinemas.

Mas para sermos justos, é necessário destacar que graças à bilheteria mundial, a arrecadação do filme excedeu os custos em 5 milhões de dólares, o que já é um sucesso para uma produção desse tipo.

Guerreiro (2011)

O drama de temática esportiva Guerreiro, estrelado por Tom Hardy, estreou nas telonas em 2011 e não conseguiu arrecadar os 25 milhões de dólares gastos na produção tanto na bilheteria dos EUA quanto na internacional. Provavelmente, isso se deva ao fato de que filmes desse gênero têm maiores chances de sucesso de arrecadação apenas quando contam com grandes estrelas no seu quadro de atores, e Tom Hardy ainda não havia alcançado tamanha fama no momento de sua estreia.

Independentemente disso, os telespectadores gostaram do longa: sua nota no IMDb é 8,2 de 10, sendo maior até do que a nota do clássico Rocky: Um Lutador (1976).

Amantes Eternos (2013)

Um dos principais representantes do cinema independente americano, o diretor Jim Jarmusch consegue gravar filmes de fato inusitados e bastante atraentes. E Amantes Eternos, que conta com a atuação de Tilda Swinton e Tom Hiddleston, certamente não é uma exceção — o próprio diretor descreveu a obra como “uma história de amor cripto-vampiresca”.

Mas apesar da boa avaliação da crítica profissional e dos telespectadores, e da participação de estrelas no elenco, a arrecadação da bilheteria mundial gerou um lucro de apenas 600 mil dólares. No entanto, vendo por um outro lado, o sucesso de bilheteria nunca foi um dos principais objetivos de Jarmusch para essa produção.

Filhos da Esperança (2006)

Vencedor de dois Oscars, o diretor Alfonso Cuarón, que também produziu o longa de sucesso Gravidade (2013), é capaz de criar produções fortes e cativantes. E esse também é o caso de Filhos da Esperança. Ao contar sobre um futuro no qual a humanidade foi acometida pela infertilidade em massa, o filme tornou-se um dos favoritos dos críticos ao redor do mundo. Mas ainda assim não conseguiu sucesso de bilheteria, tendo arrecadado apenas 70 milhões dos 76 milhões de dólares gastos na produção.

Mas o tempo acabou fazendo a devida justiça ao longa — apesar de não ter vencido em nenhuma das três indicações ao Oscar, Filhos da Esperança foi incluído na lista das melhores produções cinematográficas do século XXI.

Donnie Darko (2001)

Donnie Darko, produzido pelo diretor Richard Kelly, que na época tinha apenas 25 anos, acabou sendo um verdadeiro fracasso na bilheteria americana, tendo arrecadado apenas 517 mil dos 4,5 milhões de dólares gastos na produção. Talvez isso se deva ao fato de que apenas 58 cinemas exibiram a produção, o que por si só dificilmente garantiria uma boa arrecadação. Outro motivo pode ter sido a sua data de estreia — 1 de outubro de 2001, pois considerando que há uma cena na qual um avião cai sobre uma casa, o momento pode não ter sido um dos mais oportunos, concorda?

No entanto, depois que o filme foi lançado no formato DVD, o sucesso não demorou a chegar: as vendas tiveram tanto sucesso, que geraram um lucro de 3 milhões de dólares sobre os custos de produção.

A Viagem (2012)

A bilheteria de A Viagem não pode ser considerada fraca, afinal, graças aos telespectadores o filme conseguiu arrecadar cerca de 130 milhões de dólares, enquanto seu próprio orçamento foi estimado entre 100 e 147 milhões de dólares. No entanto, se considerarmos apenas a bilheteria americana, essa produção das irmãs Wachowski conseguiu arrecadar apenas um pouco mais de 27 milhões de dólares. Assim como com outras produções, atribui-se a principal causa disso à duração de quase 3 horas do filme, que com a alta complexidade do roteiro pode deixar o telespectador confuso.

A propósito, apesar de ter sido ovacionado por cerca de 10 minutos pela plateia na estreia oficial, as críticas dos especialistas em cinema e dos telespectadores se mostraram bastante diversas — houve avaliações tanto bastante positivas quanto muito negativas.

Você acha que para um filme poder ser classificado como bom precisa atingir um certo sucesso de bilheteria? Ou acha que isso é relativo e pode acabar sendo injusto com algumas produções? Conte para a gente na seção de comentários.

Comentários

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Mãe! melhor filme do século!!!! se vc não curtiu é pq não entendeu nada e foi testado quanto aos seus conhecimentos bíblicos...

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filmes cults quase nunca fazem sucesso entre o publico comum, pelo menos é o q eu acho

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