Tudo o que você precisa saber sobre a insuficiência cardíaca

Saúde
há 5 anos

Até certa idade, não costumamos prestar atenção à saúde do coração, achando que a juventude por si só é uma garantia de que o órgão irá funcionar normalmente. Porém a insuficiência cardíaca é uma doença que pode surgir tanto na casa dos 20 anos quanto na dos 60. Por ano, mais de 26 milhões de pessoas sofrem com o problema. Menos mal que alguns pacientes compartilharam as próprias histórias para alertar a respeito dos riscos da doença.

O Incrível.club traz neste post formas de evitar a insuficiência cardíaca e detectar a tempo seus sintomas, tanto em si mesmo quanto em outras pessoas.

1. O que é insuficiência cardíaca?

A insuficiência cardíaca é uma doença que faz com que o coração continue batendo, mas tendo sua eficiência consideravelmente diminuída. O resultado disso é a redução da circulação sanguínea e o comprometimento da distribuição de oxigênio e nutrientes ao organismo.

Caso não seja tratada, a doença começa a afetar cada vez mais o coração (mudando até o formato do órgão). De forma geral, a insuficiência cardíaca não tem cura, mas é possível controlar seus sintomas.

2. Como se manifiesta na prática

Os principais sintomas da insuficiência cardíaca são:

  • Falta de ar, que aparece tanto com esforço físico quanto durante o repouso. Alguns pacientes têm falta de ar mesmo deitados ou dormindo.
  • Fadiga, que não desaparece nem mesmo de um bom descanso, muito mais forte durante a prática de esportes, ao subir escadas, etc.
  • Inchaço nas pernas, que costuma ser leve pela manhã e vai aumentando gradualmente até o fim do dia.
"Tenho 31 anos, sou do Canadá e tenho 1,75 m de altura, pesando uns 72,5 kg. Meu médico pediu exames para detectar eventuais problemas cardíacos, pois tenho sintomas precoces de insuficiência cardíaca. Acordo no meio da noite sem fôlego. Não consigo fazer esforço físico, nem mesmo os simples como subir alguns degraus. Quando faço algo assim, fico com muita falta de ar.

Sintomas menos comuns:

  • Longos ataques de tosse, que podem aumentar à noite. Respiração com “assobios”
  • Edema no abdômen
  • Falta de apetite
  • Ganho ou perda de peso
  • Vertigens, perda dos sentidos
  • Alterações no ritmo cardíaco normal.

Caso tenha percebido ao menos um desses sintomas e a situação estiver piorando, é melhor procurar imediatamente um médico. Talvez você até tenha um problema menos grave que a insuficiência cardíaca, mas pelo menos saberá o que está enfrentando.

3. Causas

As chances de sofrer com insuficiência cardíaca aumentam consideravelmente depois dos 65 anos. Mas o problema pode ocorrer antes por vários motivos, quando o músculo cardíaco e o sistema circulatório são afetados por:

  • Doença arterial coronariana
  • Pressão arterial alta e alterações no ritmo cardíaco.
“Sou fumante desde os 14 anos, e só hoje fiquei sabendo que tenho pressão alta, que surgiu justamente pelo tabagismo. Aos poucos, isso afetou meu coração, e hoje tenho insuficiência cardíaca congestiva. Fumar mata mais rápido do que você pensa. Fui diagnosticado com insuficiência aos 24 anos. Depois, veio a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) aos 28, e talvez um câncer de pulmão aos 30. As pessoas não aprendem a lição até ser tarde demais para parar de fumar. Os danos ao cérebro, ao coração, às artérias e aos pulmões são irreversíveis. Então pare, por favor. PS: Hoje é meu primeiro dia”.
  • Ataque cardíaco
  • Miocardiopatía
  • Doenças infecciosas, abuso de álcool e drogas.
“Parei de beber depois de passar um verão inteiro bêbado. Fui demitido. Odiava o trabalho, mas lamentei os oito anos que perdi ali. Depois, passei a trabalhar num lugar minúsculo para pagar as contas. Era horrível, mas eu precisava do dinheiro. Achei que estava com um resfriado forte. Era difícil ir do carro até o local de trabalho para bater o ponto, então pedi a um colega que avisasse ao gerente que eu precisaria ir embora. Fui ao médico, e ele disse que era pneumonia. Porém, era fim de semana, e não fizeram radiografia. Nos dias seguintes, tive problemas para respirar e fiquei sem dormir porque era impossível deitar. Voltei ao médico e, dessa vez, fizeram a radiografia. As enfermeiras não conseguiram medir meu pulso, pois meu coração batia rápido demais. De uma hora para outra, eu estava dentro de uma ambulância, e ninguém me dizia o que estava acontecendo, porque acharam que eu entraria em pânico. Minha pressão arterial estava em 260/150, e a equipe ficou surpresa por eu ter conseguido chegar ao hospital sozinho. Passei os seis dias seguintes internado, ligado a toda máquina que você puder imaginar. Após isso, me deram alta e voltei a trabalhar após duas semanas. Outras três semanas depois, no trabalho, literalmente caí de fraqueza enquanto conversava com um amigo. No dia seguinte, fui ao pronto-socorro e disseram que eu tinha tido um ataque cardíaco. Só quero que todos que pensam em parar de beber lembrem da minha história. O álcool não vale o risco. Eu apenas tive sorte”.
  • Cardiopatia congênita
  • Problemas de tireoide, rins, diabetes, obesidade, etc.
“Acabo de voltar do hospital, e descobri que tenho insuficiência cardíaca crônica. Preciso mudar meu estilo de vida. Sou homem, tenho 27 anos e peso cerca de 200 quilos. Não preciso de conselhos nesse momento, mas sei que precisarei deles no futuro. Preciso dar duro para perder uns 113 quilos, e vai ser muito difícil. Passei quatro dias internado e li muito sobre o assunto. Terei de perder peso gradualmente, pois meu coração só funciona em 15% da capacidade (enquanto o normal é 60%)”.

4. Como proteger a si mesmo e aos seus entes queridos

  • Durma o suficiente e tente evitar o estresse
  • Mantenha hábitos alimentares saudáveis (menos gordura, sal e doces), procure manter seu peso normal e faça exercícios regularmente
  • Reduza o álcool e o cigarro. O ideal é parar totalmente com eles.
  • Inclua mais vegetais, frutas, nozes, grãos, batatas e legumes em sua alimentação diária. Ao mesmo tempo, diminua o consumo de produtos de origem animal. Dietas à base de vegetais podem ser eficazes para prevenir e tratar a insuficiência cardíaca.

  • Obviamente, é preciso ainda levar os sintomas mais a sério e tentar identificar se eles estão presentes em parentes que eventualmente tenham sofrido ataques cardíacos ou apresentado problemas nos vasos sanguíneos. Mostrar esse post a essas pessoas é uma ótima ideia.

Ainda que você sofra de insuficiência cardíaca congênita, não é preciso se desesperar

“Meu pai sofria de DPOC e insuficiência cardíaca congênita. Ele tem 62 anos e 1,65m de altura. Há três anos, pesava 122 quilos, não conseguia sequer ir até a esquina e voltar. Mas ele perdeu 68 quilos, e está com 54. Corre quase 10 km por dia e nada cinco vezes por semana. Ele é meu herói!”

Com o tratamento correto, dieta adequada e exercícios específicos, os sintomas do problema podem diminuir consideravelmente.

Como você cuida do coração? Tem algum hábito que pode prejudicar o órgão? Comente!

Imagem de capa Depositphotos

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