A raiva pode ajudar a engordar, diz estudo

Saúde
há 4 anos

Se você precisava de um motivo a mais para não ficar de mau humor, um especialista em nutrição explica como a raiva pode se tornar um inimigo a mais na hora de perder peso. Não importa quanto exercício faça, se continuar “comendo” sua coragem (literal e figurativamente), você nunca alcançará seu peso ideal.

Incrível.club pesquisou um pouco mais sobre a relação entre o excesso de peso e os sentimentos na hora de se alimentar e apresenta aqui suas descobertas.

Quem fica com raiva, engorda

Aquele que fica com raiva engorda (El que se enoja engorda) é o título do livro, ainda sem tradução para o português, do nutricionista mexicano Juan Manuel Romero Villa. Na obra, ele afirma que a raiva pode ser a razão do excesso de peso e explora a relação entre as emoções e os alimentos consumidos, enfatizando que o excesso de peso vai além do físico, pois também serve como uma carapaça para enfrentar situações como dor, angústia, etc.

O que a raiva tem a ver com engordar? Em termos práticos, quando se está irritado, o organismo começa a secretar adrenalina e cortisol. Este último é um hormônio liberado em resposta ao estresse e é responsável por aumentar os níveis de açúcar no sangue. Normalmente é produzido quando se faz exercício, mas se sua origem for a raiva, a glicose gerada não pode ser usada pelas células e acaba sendo depositada no corpo na forma de gordura.

livro é o resultado de mais de uma década de trabalho do autor, somando pesquisas acadêmicas, experiências com seus pacientes e até consigo mesmo. Ele detectou que muitos de seus pacientes com sobrepeso tinham a raiva como um sentimento em comum, evidenciando a relação entre a obesidade e o mau uso dessa emoção.

De fato, o excesso de peso e a obesidade podem ter causas endógenas (internas), como a síndrome metabólica e problemas hormonais ou da tireoide, ou exógenas (externas), como maus hábitos alimentares e falta de exercício. Dessa forma, a raiva é um elemento a mais que contribui para o excesso de peso, mas não o único.

O peso das emoções

As emoções negativas, como a raiva, a tristeza ou a ansiedade, afetam a maneira como a pessoa se alimenta e, em muitos casos, tornam-se as causas do sobrepeso e da obesidade. Essas emoções são canalizadas por meio dos alimentos, que se tornam uma proteção inconsciente contra as dificuldades emocionais.

A nutricionista Sigrid Pimentel Martín afirma que “as emoções são energia que se transformam em excesso de peso, indigestão e em um sistema imunológico fraco”, então aprender a identificá-las e gerenciá-las terá um efeito muito positivo para o indivíduo, melhorando seu humor e sua relação com a comida.

Trata-se de assumir o controle sobre as próprias emoções e encontrar formas mais positivas de canalizá-las. Um jeito seria se exercitar, mas você também pode buscar algum hobby, como pintar, desenhar, escrever ou simplesmente fazer uma caminhada quando perceber que precisa relaxar um pouco.

Preste atenção ao jeito que você come

Estar ciente de seus hábitos alimentares é a chave para melhorá-los, assim você também poderá detectar quais são os fatores que o levam a comer alimentos pouco saudáveis em maior quantidade. Um bom conselho é esperar 5 minutos antes de ceder a uma vontade. Logo, em vez de comer automaticamente, dedique algum tempo para refletir sobre como você se sente e se pode realmente evitar comer tal alimento.

Comer é um ato tão usual que muitas vezes as pessoas não prestam atenção suficiente nisso, por esse motivo é conveniente evitar distrações, como televisão ou celular. Ou seja, na hora da refeição o alimento deve ser o protagonista.

Para melhorar os hábitos alimentares a longo prazo, é preciso adotar um exercício introspectivo, conectando-se com suas emoções e percebendo como elas se tornam gatilhos de certos comportamentos diante do alimento. Essa é uma ótima maneira de atacar o problema pela raiz.

Agora que conheceu um pouco mais sobre a relação entre as emoções e o sobrepeso, talvez deva pensar se não anda muito zangado ultimamente. Acha que esse é o seu caso? Deixe sua opinião nos comentários.

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